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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

17/12 - Gamarra em Lima/ Peru - Megalocal de Confecções

Olá, amigos! Estive um pouco afastado do blog por estes dias em função dos acontecimentos em Blumenau e também porque estive em viagem com muitas atividades.
Neste momento estou em Lima/Peru atuando em uma empresa têxtil e de confecções e numa visita neste último fim de semana, conheci um local chamado "Gamarra", que fica aqui na grande Lima... lembrei então de uma reportagem sobre o local que havia lido no Jornal Valor Econômico e resolvi postá-la abaixo. Podem ter certeza que cada palavra que está descrita é real... é um lugar realmente diferente e muito, mas muito grande mesmo... o local é aparentemente desorganizado, mas com tudo que você pode imaginar em confecções e também em tecidos, fios, etc. Segue o artigo.

Pense rápido numa loja na sua cidade onde você encontra camisetas de times de futebol de vários Estados brasileiros. Não é fácil. Em São Paulo, pode ser difícil achar a camisa do Fluminense ou a do Cruzeiro. No Rio deve haver pouca demanda pela do Grêmio. Em Porto Alegre ou Belo Horizonte, quem vai vender a nova camiseta cor amarelo “marca texto” do Palmeiras? Bem, em Lima, no Peru, é fácil encontrá-las. Basta ir a Gamarra. Não são as camisetas oficias, mas estão todas lá. As dos mais importantes times brasileiros e sul-americanos, de todos as grandes equipes européias, das principais seleções mundiais. Mesmo times europeus pequenos, como o italiano Catania, têm sua camiseta à venda numa das muitas lojas especializadas em esporte de Gamarra. Os modelos das camisas são atualizados, com os patrocinadores corretos das equipes. Em muitos casos, há a camisa principal e a reserva.
Mas o que é Gamarra?
Segundo Diogenes Alva Alvarado, presidente da Coordenadoria de Empresários local, Gamarra é “o maior pólo têxtil e de confecção da América Latina. Quem faz moda tem de vir a Gamarra.” Provavelmente ele não está exagerando.
Esse pólo engloba 34 quarteirões no distrito de La Victoria, uma área pobre ao leste da capital peruana, junto a uma das maiores favelas da cidade. O nome Gamarra vem da principal rua de acesso.
O centro de Gamarra, vários quarteirões de calçadão, cercado por grades, é tomado por prédios de dois a seis andares. São construções envelhecidas, mal cuidadas, com evidentes sinais de que os andares superiores foram sendo acrescentados ao longo do tempo. Alguns anos atrás houve uma anistia para as áreas construídas sem autorização.
No térreo e nos primeiros andares funcionam lojas, principalmente de roupa, mas também de tecidos e insumos para confecção.
Nos andares de cima dos prédios estão as oficinas de confecção, onde se produz quase tudo que está à venda mais abaixo.
Nos quarteirões ao redor desse centro funcionam centenas de lojas de equipamentos para confecções, desde máquinas de costura a bordadeiras automáticas. Há ainda assistência técnica, armazéns, depósitos e, claro, mais pequenas fábricas de roupas.
Os números, fornecidos por Alva, são superlativos. Gamara hospeda cerca de 26 mil empresários e 100 mil trabalhadores. Num dia normal, a região recebe entre 150 mil e 200 mil visitantes. Na alta temporada, entre 400 mil e 500 mil. Há venda de varejo e atacado.
Esses dados podem estar inflados (não há estatísticas oficiais), mas não muito, como a reportagem do Valor pôde verificar em duas visitas a Gamarra, num sábado e numa sexta-feira. No sábado, todo a região central lembrava um dia movimentado na rua 25 de Março, no centro em São Paulo.
O trânsito na região que cerca a área de calçadão de Gamarra é caótico. As ruas são parcialmente tomadas por vendedores ambulantes. Não há metrô em Lima e quase todo o transporte público é feito por velhos micro-ônibus e por pequenas vans, igualmente velhas e fumacentas. Junto à rua Gamarra, principal acesso ao centro-calçadão, centenas de carros - também velhos e fumacentos - se aglomeram, carregando e descarregando pessoas e coisas.
No calçadão cercado, quase não há ambulantes. Uma guarda privada cuida da segurança. Mesmo assim, orientam os visitantes a segurar bem bolsas e pertences e a evitar usar máquinas fotográficas. Por toda parte há cambistas, devidamente identificados com coletes, oferecendo-se para trocar dinheiro, não só para os poucos turistas e os compradores estrangeiros, mas também para muitos peruanos. O Peru é um país quase bimonetário, onde as pessoas podem ter contas bancárias e sacar em dólares. Curiosamente, como medida de controle, os cambistas ambulantes carimbam sua identificação nas notas de sol, a moeda local, que dão aos clientes. Assim, se alguma delas for falsa, é possível saber quem fez a operação.
O empresário Alva Alvarado recebeu o Valor para uma entrevista no seu pequeno escritório, lotado de sacos de produtos de suas lojas e localizado ao final de um corredor labiríntico. Ele fala com orgulho da ressurreição de Gamarra após a crise do final dos anos 90. “Em 1998, Gamarra era uma zona de prostituição e delinqüência. O contrabando e a crise econômica tinham liquidado os negócios.”
A repressão ao contrabando, a melhora do clima dos negócios e o retorno do crédito nesta década ajudaram a retomada. “Mas crescemos sem apoio do governo.”
“Nós começamos empiricamente. Quase todos aqui vieram do interior, da agricultura, não tinham experiência. Eu mesmo vim da Amazônia [peruana] com a roupa do corpo”, disse Alva. “As micro e pequenas empresas se capacitaram em corte, design e controle de qualidade.”
Gamarra recebe entre 150 mil e 200 mil visitantes por dia. Na alta temporada, entre 400 mil e 500 mil. Segundo ele, o faturamento anual oficial (”com recibo”) do complexo Gamarra é de US$ 1,2 bilhão, com crescimento de dois dígitos há alguns anos.
Há um pouco de tudo por lá: de roupa de cama, de bebê, cortinas, confecções populares até grifes internacionais, cujo produção é terceirizada para empresas locais ou simplesmente pirateada. “Muita coisa que se compra nas lojas chiques de Miraflores [o bairro nobre de Lima] são feitas aqui”, disse o empresário.
Ele diz que todo mês de fevereiro, um grupo de empresários locais viaja pelo mundo em busca de modelos, inspiração, produtos e insumos. “Precisa andar na onda da globalização”, explica Alva.
O setor têxtil e de confecções tem ganhado importância na economia peruana e já é o principal entre os setores não tradicionais. As exportações cresceram em médio 12% ao ano nos últimos oito anos e devem chegar a US$ 2 bilhões este ano.
Parte dessas exportações saem de Gamarra. “Temos alguns mercados ganhos, como Equador e Venezuela. Os cubanos estão comprando muito, e as vendas aos EUA estão crescendo. Muitas pessoas que antes iam comprar em Miami, agora vêm a Gamarra”, disse Alva.
Para exportar, é preciso concorrer com a produção chinesa. “Os chineses vão chegar de todo modo, por terra, ar e mar. Mas podemos competir com a China com um produto melhor, o nosso algodão”, acredita Alva.
O algodão peruano é a maior vantagem comparativa da indústria têxtil do país. “O Peru é competitivo com a China nos EUA em alguns produtos devido a sua marca. O algodão peruano, de fibra longa, é um produto de alta qualidade, já posicionado no mercado dos EUA, mais caro. É uma marca como o café da Colômbia”, disse o economista Efraim Gonzales de Olarte, vice-reitor da PUC peruana. Os EUA são o maior mercado para tecidos e confecções peruanos.
Parte da competitividade de Gamarra, porém, se deve a condições “chinesas” de produção.
A reportagem do Valor visitou algumas oficinas de confecção, mas foi avisada por Alva de que seria melhor não conversar com os operários nem fotografar as instalações, pois eles poderiam ficar constrangidos.
A circulação pelo interior dos prédios é precária, devido ao acúmulo de lojas, produtos, gente e aos corredores pequenos e escadas ainda menores. A primeira oficina visitada estava fechada por uma porta de aço. Dentro, em pequenas salas, dezenas de operários (em sua maioria mulheres) cortavam, costuravam, davam acabamento a roupas. O espaço é exíguo, quase não há área de circulação, não há saída de emergência. Come-se no local de trabalho. Não há uniformes nem equipamento de proteção. No verão, a temperatura deve ser elevada, como denotam os muitos ventiladores, ligados em tomadas com fiação à mostra. Um incêndio seria devastador.
Como a maioria dos trabalhadores peruanos, os de Gamarra são informais, não registrados. Não têm direitos trabalhistas e não oneram as empresas. Trabalham até 12 horas por dia, pois a remuneração é em parte ligada à produtividade. O salário é o mínimo no Peru, 550 soles (cerca de US$ 190).
Gamarra é, possivelmente, o que há de mais parecido com um pólo de produção chinês na América do Sul.
Ah, as camisetas de times de futebol. Elas estão expostas e à venda em Gamarra, mas seu destino principal é a exportação. No balcão, elas custam pouco mais de R$ 4. No atacado, deve ser bem menos. Camisetas semelhantes são vendidas nas portas dos estádios de São Paulo por R$ 25.
A falsificação, outra fator de competitividade de Gamarra, não preocupa o empresário Alva. “Falsificação ocorre em toda parte. Todo mundo tenta fazer igual um produto de sucesso e alguns acabam copiando. Mas não incentivamos a falsificação, pelo contrário. Se você tem qualidade, pode fazer a sua própria marca e ganhar mais com isso. Há muitas marcas próprias aqui em Gamarra.”
Ainda assim, circulando por Gamarra, é comum ouvir nas ruas ofertas de roupas de grife, vendidas semiclandestinamente. As marcas mais propostas eram Lacoste, Calvin Klein e Pierre Cardin, que têm produção no Peru.
Alva também não se preocupa com a entrada em vigor do tratado de livre comércio com os EUA, talvez ainda este ano. Ele acredita que o acordo vai fazer com que as empresas locais aprimorem a qualidade e se tornem mais ágeis, para suprir demanda “on time” nos EUA. “Não creio que haverá mais repressão contra a falsificação. Vamos acabar vendendo para eles. Eles compram drogas da América Latina, podem comprar nossas falsificações também”, disse.
Fonte: Valor Econômico
Grande abraço a todos e sigamos em frente.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

25/11 - Enchentes e deslizamentos paralisam produção no pólo de Blumenau

As indústrias têxteis de Blumenau e Brusque, em Santa Catarina, tiveram as atividades suspensas ontem por conta da enchente que atingiu os municípios no fim de semana. A região abriga empresas como Teka, Hering, Buettner, Coteminas, Dudalina e Karsten, que não trabalharam, sobretudo, pela falta de energia elétrica e de funcionários, que não conseguiram chegar às unidades pelo volume de água e queda de barreiras nas estradas de acesso aos municípios.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis do Vale do Itajai (SC), Ulrich Kuhn, as perdas de um parque fabril como o de Blumenau parado por um dia podem ser estimadas em cerca de US$ 5 milhões, considerando cerca de 3 mil empresas, incluindo as de pequeno porte. "A expectativa é que algumas empresas comecem a retomar as atividades entre o terceiro turno desta segunda-feira (ontem) e o primeiro turno de terça-feira (hoje). A retomada geral, se não houver fato novo, é na quarta-feira (amanhã)", disse.

A maioria das empresas têxteis utiliza energia elétrica para suas operações, mas há também o uso de gás natural. Algumas não sofreram corte de energia e outras vão operar inicialmente a partir de geradores. A Celesc ontem à noite ainda contabilizava 156 mil consumidores de energia sem luz em todo o Estado. Só em Blumenau eram 53,8 mil unidades consumidoras sem luz. A empresa deslocou 86 equipes, mas ontem não tinha previsão de quando seria retomada a normalidade pela dificuldade de acesso a alguns locais.

O presidente da Buettner, João Henrique Marchewsky, também enfrentou dificuldades para chegar à empresa. As duas entradas da Buettner, localizada em Brusque, ficaram comprometidas com a chuva. A água não atingiu os maquinários, mas os dois acessos foram bloqueados por barreiras e acúmulo de água. Marchewsky diz que os 1,4 mil funcionários foram dispensados e não há previsão para o retorno das atividades.

Na Karsten, com sede em Blumenau, há quatro dias a produção foi suspensa. Além do alto volume de água da cidade, a empresa opera com gás natural e está sem fornecimento desde domingo. Na Teka, também sediada no município, a produção foi suspensa no domingo por falta de energia elétrica e de funcionários. A empresa espera o reinício no primeiro turno de hoje.

Marcello Stewers, diretor de exportação da Teka, disse que a água não invadiu a empresa, ainda que esteja localizada próxima ao rio Itajaí-Açu, que corta a cidade de Blumenau. A empresa foi protegida por um muro de contenção, construído em 1985, após ter sofrido graves prejuízos com a enchente do ano anterior. Segundo Stewers, a água só entraria se o nível do rio subisse 12,40 metros. Ele atingiu na madrugada de segunda-feira, 11,52 metros. Na unidade da empresa em Blumenau trabalham 1,3 mil funcionários.

A presidente da Dudalina, Sonia Hess, estava ontem em São Paulo e disse que não conseguia contato com os seus funcionários para obter todas as informações necessárias. Os diretores não conseguiam chegar à empresa. Segundo Sonia, havia problemas com as linhas de telefone, falta de água e de energia elétrica. A Dudalina fica no bairro Fortaleza, um dos mais atingidos em Blumenau pela enchente. Sonia disse que a unidade está parada desde sábado e não há previsão para retorno das atividades. A fábrica está localizada próxima a um morro onde já houve deslizamentos durante o fim de semana. "Estou extremamente preocupada." Na unidade em Blumenau, a empresa possui 300 funcionários.

Além de Blumenau, as fábricas da Dudalina localizadas em municípios vizinhos também ficaram paradas. Caso da unidade de Luis Alves, com 200 funcionários, e da filial em Brusque, com 70 pessoas. Em 1984, ano da enchente mais forte da cidade, a Dudalina, ainda localizada no centro, sofreu perdas significativas. "Mas a enchente de agora é diferente e mais grave porque não é só a enchente em si, estão ocorrendo muitos desmoronamentos", disse Sonia. "Ainda não calculei as perdas, mas um dia no fim de ano parado equivale a três dias de outros períodos porque estávamos no auge das vendas de Natal".

Segundo informações do departamento climático estadual (Ciram-Epagri), em Blumenau já choveu em novembro 341,5 milímetros, batendo o último recorde medido pela Ciram-Epagri, que foi de 167,2 milímetros/mês em 2006.

Diretores do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico do Extremo Sul (BRDE) pediram ontem ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) a criação de uma linha de crédito especial para atender os empresários e agricultores atingidos pela enchente, além de prorrogação de prazos para empresas que já tenham linhas contratadas.

Em Itajaí, um dos principais estragos foi no porto, que teve o berço 1 destruído pela água e os berços 2 e 3 parcialmente comprometidos. De acordo com Arnaldo Schmitt, superintendente do porto, não foi feita ainda uma análise detalhada de como se darão as operações nos próximos dias por falta de condições de acesso.

Luiz Henrique da Silveira, governador de Santa Catarina, considerou esta a "pior tragédia climática da história catarinense". Até o início da noite de ontem foram registradas 58 mortes e mais de 42 mil desabrigados. Também subiu o número de cidades isoladas: Luiz Alves, São João Batista, Rio dos Cedros, Garuva, Pomerode, Itapoa e Benedito Novo.

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

20/11 - Nanotec 2008: empresas e faculdades juntas pela inovação

Em sua quarta edição, a Nanotec Expo 2008, realizada nos dias 12 a 14 de novembro, no Centro de Eventos Imigrantes, em São Paulo, reuniu empresários, pesquisadores, representantes acadêmicos, governamentais, entidades de classe e mídia nacional, todos com as atenções voltadas à Feira e ao Congresso Internacional de nanotecnologia.
No Congresso, sob a coordenação de Sylvio Nápoli, gerente de infra-estrutura e capacitação tecnológica da ABIT, no primeiro dia do evento as empresas Coteminas, Rhodia e Cedro Cachoeira falaram de alguns de seus produtos desenvolvidos com a aplicação da nanotecnologia. Depois, foi a vez das universidades apresentarem as novidades para a indústria têxtil. Já no dia 13, Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação, participou da apresentação do seminário “Inovação tecnológica e a política de desenvolvimento produtivo como estratégia para elevar a competitividade das indústrias brasileiras”.
Nos lounges da Feira, a Unicamp expôs projeto que contemplava a aplicação de nanopartículas de prata para efeito bactericida. Por sua vez, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) apresentou projetos de desenvolvimento de fibras têxteis com revestimento em partículas de cerâmica, substratos metálicos, polímeros e compósitos nano-estruturados, que resultam em materiais resistentes à abrasão, chama e corrosão, além de absorverem raios UV e serem repelentes a água e manchas.
Atualmente, a nanotecnologia movimenta no comércio internacional cerca de US$ 147 bilhões por ano, com aproximadamente 500 produtos já certificados, devendo chegar a US$ US$ 3,1 trilhões em 2015 (de acordo com pesquisa publicada pela Lux Research, de Nova Iorque). Enquanto o governo americano investe bilhões de dólares por ano incentivando pesquisas nesta área, o Brasil investiu 150 milhões de reais em seis anos (de 2001 a 2007), cerca de 25 milhões anuais.
“A Indústria Têxtil e de Confecção nacional tem plena capacidade de desenvolver tecnologias a partir da escala nano. Temos bons pesquisadores espalhados por várias universidades renomadas de nosso País. O que falta é o incentivo e a proximidade com as empresas e é este um dos propósitos da Nanotec. Nos processos de financiamento há muito a ser melhorado, mas acredito que a nova Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), anunciada pelo governo recentemente, deve melhorar a situação, pois está previsto investimento em inovação”, disse Fernando Pimentel.

Fonte: ABIT

terça-feira, 18 de novembro de 2008

18/11 - Boné com tecnologia

Novidade vinda da 104ª Feira de Cantão da China, este modelo de boné destaca-se por incluir um sistema de som de alta definição e encaixes para carregar óculos de sol.
É só vestir o boné, encaixar os fones de ouvidos na posição mais confortável e ouvir o som preferido. Acoplado a ele, está um cartão de memória de 2 GB (gigabyte), que pode ser carregado com músicas, através da entrada USB ou ainda através do sistema Bluetooth.


Este modelo de boné permite também a possibilidade de carregas óculos de sol. A fabricante desse boné é a Everbright Corporation. Segundo a representante comercial da empresa, Jenny Zhao, esse modelo pode se encaixar a qualquer pessoa. “Tudo depende da modelagem do boné e o estilo de cada um para combinar as cores e os tipos de armação dos óculos”, explica Jenny.
O preço unitário desse modelo, no entanto, é tão diferenciado quanto o estilo da peça. Para venda no atacado esse boné custa cerca de 40 dólares.


Fonte: Portal do Boné

terça-feira, 11 de novembro de 2008

11/11 - Indústria do vestuário revigora economia em MS

Com crescimento anual médio estimado em pelo menos 18% no número de empresas, a indústria do vestuário de Mato Grosso do Sul emprega quase 12% da mão-de-obra industrial do Estado, o que significa quase 10 mil trabalhadores. O setor tem papel relevante na economia, na medida em que é considerado um dos que mais abre as portas para jovens que buscam o primeiro emprego e também para mulheres que estão à frente de suas famílias.
Atualmente, conforme informações do presidente do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), José Francisco Veloso Ribeiro, as mulheres representam 90% da força de trabalho, sendo que deste universo 30% são responsáveis pela manutenção da casa. "O Estado está aos poucos adquirindo uma cultura industrial e com isso percebemos o ingresso de homens no setor. Eles ainda são poucos, mas esse é um processo gradativo", diz.
José Francisco Veloso acredita que a tendência é de expansão do setor e, conseqüentemente, de maior geração de empregos. Um ponto ressaltado por ele é que Mato Grosso do Sul abriga grandes empresas, que utilizam um sistema de venda voltado a atender grandes lojas de departamento. Por outro lado, o número de micro e pequenas indústrias é alto. Hoje, quase 98% das 450 empresas instaladas em Mato Grosso do Sul é desse porte. Para José Francisco Veloso, isso demonstra o quanto o Estado é capaz de absorver os empreendimentos e, principalmente, de que há demanda para aquisição dos produtos e ao mesmo tempo, grandes indústrias abastecem também outros Estados e buscam a exportação.
As indústrias exportadoras buscam países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai. Empresas como a Tip Top, com fábricas em Sidrolândia e Campo Grande, também enviam peças para Espanha, Portugal, África do Sul, Argentina e Chile. Dados do Radar Industrial, produzido pela Diretoria de Gestão Estratégica da Fiems, com base no levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, apontam que em 2007 as vendas externas de produtos provenientes do setor têxtil e de vestuário em Mato Grosso do Sul totalizaram US$ 2,3 milhões, o que significa aumento de 22 vezes em seis anos. A taxa média de crescimento das exportações foi igual a 68%.

Atrativos - O setor do vestuário ganhou força em Mato Grosso do Sul pela proximidade com o Estado de São Paulo e por conta dos incentivos fiscais oferecidos pelo Governo. José Francisco Veloso destaca que os incentivos do Governo são essenciais para o planejamento do setor, não só para as indústrias já implantadas, que terão condições de manter a competitividade, mas também para aquelas que pretendem se instalar em Mato Grosso do Sul.

Ele ressalta que, em conseqüência dos incentivos fiscais foi possível um investimento, nos últimos 8 anos, de mais de R$ 560 milhões, trazendo grande benefício sócio-econômico ao injetar na economia estadual mais de R$ 6 milhões em salários pagos/mês. "A manutenção dos incentivos nos torna mais competitivos nesse mercado que hoje concorre com vários países. Além disso, outros Estados estão ampliando e divulgando novos incentivos para o setor que é um grande gerador de emprego".
Para Antônio Breschigliari Filho, proprietário da G&L Indústria e Comércio Ltda., a manutenção das empresas está atrelada aos incentivos oferecidos e também à qualidade da produção. "Estamos em rota de crescimento, bem posicionados e oferecendo produtos de qualidade aos nossos clientes", disse.
Ele também destacou que a indústria do vestuário vive um momento oportuno para expansão, já que agora tem a produção privilegiada por conta da alta do dólar. "Nesse momento não é bom negócio importar produtos, por isso temos de aproveitar para conquistar mais fatias do mercado", orientou. Os mesmos motivos justificados pelo empresário local atraem as grandes indústrias para Mato Grosso do Sul. A Tip Top, por exemplo, enxergou nos benefícios fiscais uma oportunidade de crescimento da empresa e também do Estado. As duas fábricas juntas empregam em média 660 pessoas. "A empresa gera várias oportunidades como o primeiro emprego, formação profissional especializada, e qualificação da mão-de-obra", destacou o diretor de Divisão da Tip Top, David Bobrow.

Qualificação - Levantamento do Radar Industrial, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), aponta que o setor têxtil e de vestuário encontra-se entre os primeiros no que se refere às horas de treinamento e qualificação, realizadas no local de trabalho, com média de 82% de sua mão-de-obra qualificada pelo próprio estabelecimento.
Esse é o caso da Universo Íntimo, instalada em Campo Grande em 2004. Segundo o sócio-diretor Gabriel Margulies, a falta de mão-de-obra qualificada é um problema que, com o tempo está sendo contornado. "Nós temos hoje cerca de 850 funcionários, mas, para encontrarmos o pessoal certo, partimos para a parceria com o Senai/MS. Campo Grande ainda não tem uma cultura industrial e isso faz com que as pessoas não busquem esse tipo de qualificação. Mas a tendência é de que, aos poucos, esse cenário mude para melhor", disse.
Os treinamentos previstos nas parcerias firmadas com as empresas são executados pelos CTVs (Centros Tecnológicos do Vestuário) localizados em Dourados, Três Lagoas e Campo Grande. Segundo a gerente da Escola do Senai de Campo Grande, Cristiane Gomes Nunes, só na Capital foram treinados 3.210 trabalhadores entre os anos de 2003 e 2008. "Os CTVs atuam em rede no Estado, interagindo conhecimentos técnicos e serviços para complementar as demandas das indústrias nas regiões de atuação das unidades", ressaltou, completando que em Três Lagoas foram 936 trabalhadores e em Dourados outros 176.
Nesse sentido, a Escola do Senai de Campo Grande deu início ao curso de Encarregado de Produção para Indústrias de Confecção, que faz parte de convênio firmado com o Sindivest/MS para a realização de treinamentos que atendam a demanda de qualificação profissional das indústrias de confecção da Capital.
Incentivos fiscais garantem avanços para o estado - Uma das principais reivindicações do setor - a manutenção dos incentivos fiscais até 2018 – está em estudo por parte da equipe econômica do Governo do Estado, segundo informação do próprio governador André Puccinelli, que sabe da importância da continuidade da atual política fiscal. "Reconheço a importância do setor do vestuário e têxtil na economia de Mato Grosso do Sul e acredito que será possível atender a esse pedido", declarou.
A posição do governador foi reforçada pelo superintendente estadual de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo (Seprotur), Jonathas Soares de Camargo, explicando que a Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) já estuda a manutenção dos benefícios até 2018 em razão da importância do setor para a economia do Estado.
"A Sefaz está analisando todas as possibilidades da continuidade dos benefícios e as condições em que isso poderia ser feito," prevê Camargo, destacando que as empresas do segmento também contam com os incentivos da Lei Complementar nº 93, ampliação do Programa MS Empreendedor.


Produção para o mercado local - Se de um lado algumas indústrias se fortalecem e atendem o mercado externo e grandes lojas de departamento, de outro, as empresas apostam no mercado local. Esse é o caso da indústria Ponto G Moda Íntima, que nasceu em Caarapó, em 97, e está em Dourados desde 2004. "Hoje podemos dizer que somos líderes no mercado local de lingerie", destaca a proprietária Jandira Gorete dos Santos Vieira. A produção da fábrica, que começou com 12 funcionários e hoje tem mais de 100, chega a 60 mil unidades por mês.
Segundo ela, que também está à frente do Sinvesul (Sindicato da Indústria de Confecção da Região Sul de Mato Grosso do Sul), só em Dourados existem 40 indústrias formalizadas, sendo a maior parte voltada à produção de lingerie. "Essas empresas juntas chegam a produzir uma média de 500 mil peças todos os meses, um resultado de que estamos sim no caminho certo para o desenvolvimento da região", avalia.
Dourados integra o pólo de costura da região sudeste de Mato Grosso do Sul, que abriga também indústrias dos municípios de Nova Andradina, Batayporã, Eldorado, Glória de Dourados, Itaquiraí, Ivinhema, Jateí, Naviraí e Novo Horizonte do Sul. As metas das empresas são de elevar o volume de vendas em 20% até dezembro de 2010 e reduzir os custos de produção por peça em 5% até dezembro do ano que vem.
Gorete destaca que a força do setor do vestuário na região, pôde ser conferida na 2ª Expoem, realizada este ano em Dourados, e que comercializou 150% a mais que no ano passado. "Foram mais de R$ 500 mil em vendas só nos estandes, enquanto que em 2007 comercializamos R$ 200 mil", lembra.
Também de forma organizada e de olho na fatia do mercado nacional, a Bumerang é outro exemplo de que priorizar o mercado interno também é um bom negócio. Em Mato Grosso do Sul há 11 anos, a empresa investe na rede própria com 12 lojas e outras 78 franquias espalhadas por São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Conforme informações do proprietário, Ércio Mendes Garcia, a produção da indústria tem o foco no jeans e atinge a marca de quase 1.800 peças por dia, sem contar a de camisetas e blusas que somam em média 800 peças. "O crescimento do setor é animador. Tanto que adquirimos 35 novas máquinas e oferecemos o treinamento para os nossos funcionários da indústria, localizada em Campo Grande", disse. Hoje são pelo menos 120 trabalhadores.


Fonte: ABIT

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

06/11 - Macacão de piloto resfria e aquece graças a materiais inteligentes

A cabine de um helicóptero pode ser muito quente durante um dia de sol, mesmo quando a aeronave está se dirigindo para plataformas de petróleo nas costas da Noruega. Já o mar abaixo dele pode estar a temperaturas em torno de 2º C, o que seria fatal em caso de um acidente ou pouso forçado na água.
Como criar uma roupa para os tripulantes que consiga lidar simultaneamente com estas situações opostas? Utilizando materiais inteligentes, uma nova classe de materiais sintéticos e híbridos que muda de comportamento em resposta a alterações no ambiente.


Materiais inteligentes
Usando os materiais inteligentes, cientistas noruegueses fabricaram um macacão para os pilotos de helicópteros e para a tripulação que lhes dá conforto térmico nas altas temperaturas da cabine e, em caso de queda no mar gelado, garante-lhes a sobrevivência confortável por até seis horas.
"Nós utilizamos um tecido que pode mudar de fase e usamos nosso conhecimento sobre como o frio e o calor afetam o corpo humano. Isto nos permitiu desenvolver uma roupa que funciona em série com as próprias reações do corpo ao se resfriar e aquecer," explica o pesquisador Randi Reinertsen.

Micropartículas incorporadas no tecido
A "inteligência" do material está em cápsulas microscópicas de cera de parafina que são incorporadas entre as fibras do tecido. Se a temperatura da pele da pessoa que está vestindo o macacão inteligente subir acima dos 28º C, a cera muda de fase, passando de sólida para líquida.
"O derretimento exige calor, que a cera de parafina retira do corpo, resfriando a pessoa na cabine do helicóptero durante os dias quentes," explica Reinertsen. "Por outro lado, se a pessoa cair no mar, a cera de parafina muda novamente de fase e volta ao estado sólido, fazendo com que ela retorne o calor armazenado de volta para o corpo."

Capacete inteligente
O novo macacão de segurança foi criado no mesmo laboratório onde foi desenvolvido o capacete de segurança inteligente, apresentado em meados deste ano. O capacete é feito com moléculas que ficam livres em condições normais, deixando o equipamento quase tão flexível quanto um boné de tecido. Tão logo ele receba um impacto, contudo, as moléculas travam-se instantaneamente umas nas outras e evitam que o impacto atinja a cabeça do trabalhador.

Fonte: Inovação Tecnológica

domingo, 2 de novembro de 2008

02/11 - Operacional Têxtil fecha contrato com Têxtil San Cristóbal em Lima/Peru





A Operacional Têxtil - Consultoria e Sistemas anunciou esta semana o fechamento de contrato com a empresa Textil San Cristóbal S.A., sediada em Lima no Peru.
A empresa será responsável pela implantação do Sistema SGT (Sistema de Gestão Têxtil) em toda a área industrial da empresa compreendendo os setores de Acabamento de Fios, Malharia, Tinturaria (Beneficiamento), Confecção, Engenharia e Desenvolvimento de Produtos, Custos, Planejamento de Produção, Suprimentos, Atendimento de Pedidos e Expedição.
A Textil San Cristóbal foi fundada em 1942 e dedicava-se a fabricação e tingimento de tecidos, para venda local. A partir de 1993, o Grupo Raffo detentora da empresa e também do Consórcio Peruano de Confecciones S.A. (Copeco), resolveu unir ambas companhias criando então a maior empresa vertical peruana, incorporando os processos de tingimento e acabamento de fios, tecelagem circular (malharia), tingimento e acabamento de malhas, e confecção de artigos de vestuário.
A malharia está localizada em Lima, numa área de 13.500 m2 e produz em média 280 toneladas / mês.
A planta industrial de Confecção está localizada em Chincha, distante cerca de 200 Km ao Sul de Lima, cidade litorânea próxima do Pacífico, com uma área construída de 40.000 m2. Os depósitos de produtos acabados estão localizados em Lima e em Chincha, assim como em Miami/Flórida nos Estados Unidos.
A produção está voltada para o mercado casual de alta qualidade de malharia. Produz principalmente camisas pólo, camisetas, bermudas e calças em malhas listradas e lisas em jersey, pique, interlock e jacquards, além da produção de diversos tipos de golas e punhos.
A empresa tem uma produção superior a 600.000 peças/mês e conta atualmente com aproximadamente 2.300 funcionários.
Desde 1999, a Textil San Cristóbal tem a certificação ISSO 9002-1994 outorgada pela Lloyd´s Register Quality Assurance.
A empresa exporta sua produção para os Estados Unidos (86%), Europa (7%) e o restante para a América Latina, Ásia e Canadá.

Sobre a Operacional Têxtil
A empresa iniciou suas atividades em 1988, em Blumenau, Santa Catarina e é pioneira no desenvolvimento de soluções voltadas à modernização e informatização de empresas têxteis, bem como na prestação de serviços para a capacitação do ser humano na utilização da tecnologia da informação.
Iniciou desenvolvendo um software voltado para a área de tinturaria que logo evoluiu para atender também o setor de estamparia. A carência em tecnologia da informação do setor fez com que a Operacional Têxtil apostasse no desenvolvimento de soluções específicas para cada área têxtil.
Aliou formação e dedicação, obtendo como resultado uma solução para atender toda a cadeia têxtil nas suas mais específicas necessidades.
A proximidade com o mercado, a pesquisa e desenvolvimento resultaram no SGT - Sistema de Gestão Têxtil, uma solução ERP completa e especialista na Gestão do Negócio.
A história da empresa é pautada pelo compromisso com o setor têxtil, pelo apoio e confiança de seus clientes e parceiros, somada à dedicação e competência de sua equipe.

SGT - Sistema de Gestão Têxtil
Constitui-se do software de informatização da gestão empresarial, que permite a integração total das atividades de administração técnica dos processos e procedimentos na gestão diária de empresas têxteis.
Tem a função de integrar os processos comerciais, produtivos e administrativos, de forma clara, precisa e eficiente, que somado à disponibilidade e capacidade dos recursos humanos resultará numa solução de gestão de alta competitividade. O SGT é composto por mais de 90 módulos e funções, que atendem de maneira especialista cada segmento têxtil.
A Textil San Cristóbal é o segundo cliente que a Operacional Têxtil tem no Peru, já que desde 2004, o SGT está em funcionamento em outra grande empresa de confecções em Lima. Trata-se das Indústrias Nettalco, empresa que detém grande parte da sua produção de confecções para a grife Lacoste e que também exporta quase 100% de sua produção para a América do Norte e Europa.
Fonte: Marketing - Operacional Têxtil
Uma boa semana a todos.
Até mais.
Sandro F. Voltolini

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

29/10 – Expectativas positivas para Têxteis e Confecções

Em meio à crise mundial, uma boa noticia e um alerta, divulgados nesta semana, por diferentes entidades (ABIT e SEBRAE), trazem um tom muito positivo as indústrias têxteis e de confecção. A possível redução das importações de produtos destes segmentos causadas pelo aumento do dólar vai permitir a conseqüente retomada do espaço tomado pelos importados.
O alerta fica por conta da gestão financeira, durante este período de crise e principalmente um cuidado muito particular com o fluxo de caixa em função da natural redução da oferta de crédito no mercado. Não esquecer também a busca incessante pela redução de custos e melhoria da produtividade e neste caso lembre-se que são pequenas melhorias que podem fazer a diferença e trazer grandes resultados.
Seguem os comentários divulgados pelas entidades.

Crise deve beneficiar indústrias têxteis e de vestuário
As indústrias têxteis e de vestuário deverão ser beneficiadas pela crise e chegarão ao Natal deste ano e em 2009 com aceleração do crescimento, na contramão da desaceleração prevista para a economia brasileira, segundo avaliam executivos das principais entidades do setor. A expectativa da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) é de que os investimentos do setor no ano que vem, previstos em US$ 1 bilhão, sejam mantidos.Prejudicadas pelo aumento das importações de produtos concorrentes, especialmente da China, por causa da valorização do real ante o dólar, as empresas do setor encaram a atual depreciação cambial como oportunidade para recuperar o espaço perdido no mercado interno.A balança comercial do setor têxtil deverá somar um déficit de US$ 1,6 bilhão este ano, segundo projeção do conselheiro da ABIT, Rafael Cervone Netto, que também é presidente do Sinditêxtil-SP. Segundo ele, as importações são o principal fator a explicar a significativa diferença entre o crescimento nas vendas no varejo de tecidos e confecções (10,2% no acumulado de janeiro a agosto, segundo o IBGE) e da indústria do setor. Ainda segundo o IBGE, a indústria têxtil acumula alta na produção de apenas 0,3% de janeiro a agosto, enquanto vestuário e acessórios aumentou 4,9%, ambos abaixo da média da expansão industrial no período (6%).Para Cervone, as importações de têxteis serão afetadas não apenas porque ficaram mais caras por causa do dólar, mas também pela restrição de crédito a empresas que já tinham fechado negócio. "Nas três primeiras semanas de crise, os preços dos produtos importados aumentaram quase 50%", afirma. Ele disse que alguns importadores estão preferindo deixar as encomendas no porto, nos contêineres, porque fica mais barato do que retirar as mercadorias. "Somos favoráveis à abertura de mercado, mas contra a concorrência predatória", disse Cervone, que também é diretor-executivo do programa Tex-Brasil.Do total produzido pela indústria têxtil no Brasil, 92% ficam no mercado interno. O presidente do SindiVestuário, entidade das indústrias de confecção, Ronald Masijah, avalia que nem mesmo a perspectiva de desaceleração do crescimento da demanda doméstica é considerada um obstáculo para o setor. Ele também acredita que a crise pode ser uma oportunidade para o setor concentrar as expectativas positivas, sobretudo, no próximo Natal. "Deste limão, a crise econômica mundial, vamos fazer uma limonada e tirar algo positivo", disse.A avaliação de Masijah é que, no fim deste ano, as importações já terão caído o suficiente para elevar as vendas dos produtos nacionais em 8% em relação ao Natal do ano passado. "Os preços dos importados estão ficando mais próximos dos nacionais e o nosso produto tem melhor qualidade", explica. Além disso, ele acredita que recursos que estavam concentrados no pagamento de prestações de bens duráveis, como automóveis, vão ser revertidos para o consumo de vestuário com a crise.
Fonte: Agência Estado

Sebrae aconselha reforço na gestão financeira
Para enfrentar o período de crise financeira sem sentir maiores turbulências, os pequenos empresários brasileiros devem apostar na gestão financeira. O conselho é do diretor-administrativo-financeiro do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Alberto Santos, informa a Agência Brasil.
“Em qualquer situação, a gestão das empresas tem que ser muito firme, profissionalizada e voltada para um controle estrito de fluxo caixa, de redução de custos e de aumento da competitividade dos pequenos negócios. Sem isso, o pequeno negócio não sobrevive mesmo se não tivéssemos essas preocupações no horizonte”, afirma.
Ele diz que os pequenos empresários já sentem os efeitos das restrições de crédito, mas isso não está causando maiores problemas para as empresas. “Nada tão dramático que leve a uma falta de linhas de crédito ou de capital de giro”, afirma. Segundo o diretor, os empréstimos com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) não foram afetados.
Para Santos, o momento não é de pessimismo. Ele acredita que a economia do país já sofreu impactos maiores com crises de menores proporções. “Hoje temos uma crise no centro do sistema e as repercussões no Brasil não têm sido tão graves como foram com crises muito menores, como a da Ásia, por exemplo. Isso me dá motivos para ser otimista”.
O diretor considera que o momento de crise pode ser uma boa oportunidade para setores que estavam sob forte concorrência dos produtos importados ou que diminuíram as exportações por causa da taxa de câmbio desfavorável.
O diretor do Sebrae aprova as ações do governo federal para minimizar os efeitos da crise, tanto a injeção de recursos no sistema financeiro como a continuidade das políticas de investimento, em especial das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Essas ações fazem com que o quadro se estabilize e as pequenas empresas são favorecidas com isso”, disse. As micro e pequenas empresas empregam 60% da população economicamente ativa e são responsáveis por 20% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Sebrae, 98% das empresas registradas são consideradas micro e pequenas empresas, por terem faturamento bruto anual de até R$ 2,4 milhões.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
É isso ai, pessoal.... sucesso!!!
Sandro F. Voltolini

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

27/10 - Crise pode representar oportunidade para setor têxtil e de confecção

Fernando Pimentel
Diretor-Superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Ele avalia que produção nacional têxtil e de confecção poderá ser beneficiada.

Divulgação ABIT

Brasília - O sistema financeiro internacional permanece em situação crítica. A cotação do dólar oscila diariamente, fechando acima do valor cambial praticado no Brasil nos últimos anos. Essa situação, no entanto, pode gerar oportunidades para empresas brasileiras, especialmente para as integrantes da cadeia produtiva têxtil e de confecção. A concorrência dos produtos asiáticos, agora com preços mais altos devido à valorização do dólar, tende a se tornar menos ameaçadora. Essa possível oportunidade, percebida em pleno olho do furacão, foi apontada por Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Ele falou sobre a crise financeira mundial e seu reflexo no setor em entrevista à Agência Sebrae de Notícias (ASN). O setor têxtil e de confecção é um dos grandes concentradores de micro e pequenas empresas do País. É composto por 30 mil empresas, das quais 83,4% são microempresas e 14,9% pequenas empresas. Dezesseis mil delas são fábricas de peças de vestuário ou pequenas confecções, presentes em todas as unidades da Federação. No ano passado, o faturamento estimado dessa cadeia produtiva foi de US$ 34,6 bilhões, com taxa de crescimento de 4,85% em relação a 2006, quando faturou US$ 33 bilhões. As exportações atingiram US$ 2,4 bilhões e as importações US$ 3 bilhões, no mesmo período. O setor representou 17,5% do PIB da indústria de transformação e cerca de 2,4% do PIB total brasileiro, em 2007. O setor gera 1,6 milhão de empregos diretos, dos quais 75% correspondem a mão-de-obra feminina. Estima-se que cerca de 5,4 milhões de empregos indiretos e postos de trabalho também são gerados pelas empresas têxteis e de confecção. O setor é considerado o segundo maior empregador da indústria de transformação, e ainda, o segundo maior gerador do primeiro emprego no País. O Brasil é o sexto maior produtor têxtil do mundo e ocupa o segundo lugar no ranking da produção mundial de denim (tecido de algodão). Os dados são da Abit.
Leia a seguir a opinião de Pimentel:
ASN - Os efeitos da crise do sistema financeiro mundial atingiram o setor têxtil e de confecção?
Pimentel - Ainda não. Achamos, inclusive, sem querer menosprezar o impacto na economia em geral, que a produção local do nosso setor poderá ser beneficiada, quando comparada com a produção de outras partes do globo. Negócios menores e compras locais têm mais flexibilidade que as compras internacionais. No cenário que se desenha para os próximos meses, as empresas brasileiras do nosso setor poderão ter oportunidades.
ASN - Significa que o mercado interno poderá ser a saída para o setor têxtil e de confecção?
Pimentel - O comércio internacional é absolutamente imprescindível para o crescimento do mundo. No momento atual, existe a tendência de valorização das empresas próximas do mercado consumidor, enquanto prevalecer a visão de que haverá redução das atividades econômicas. Teremos de conviver com taxas de consumo mais baixas em todo o mundo, nos próximos meses. Ninguém sabe ao certo o que vai acontecer. É apenas uma tendência. Até poucas semanas atrás, a importação de produtos concorrentes em nosso setor estava abocanhando a maior fatia da demanda do consumo interno. Agora, as condições se inverteram. Hoje, com a cotação do dólar mais elevada e a incerteza, os produtos brasileiros estão mais compatíveis com a demanda interna.
ASN - O que será necessário para potencializar as oportunidades que poderão surgir?
Pimentel - Para que isso possa ocorrer efetivamente as autoridades brasileiras terão de atuar atentas e de modo a não permitir a possível presença de produtos decorrentes de mercados em retração. Temos de preservar os nossos níveis de emprego. Não podemos achar que vamos ser os ajustadores da demanda internacional. É preciso atenção para não sermos invadidos por produtos que vão receber toda sorte de incentivos em outros países. Não podemos virar moeda de ajuste da quebra de demanda do consumo internacional.
ASN - A falta de crédito preocupa?
Pimentel - Nosso setor nunca foi dependente de crédito para o consumidor final.
ASN - Qual o conselho para empresários do setor têxtil e de confecção?
Pimentel - Neste momento, a prioridade é a liquidez ou a preservação do caixa. Observar as vendas e estar atento aos prazos das vendas, também. Cuidado com créditos e prazos de venda. O mundo não vai acabar. As pessoas vão continuar a se vestir, a se calçar e a se embelezar para ir trabalhar, entre outras coisas. Certamente a produção local tem tudo para ser valorizada.
ASN - Como o senhor acompanha os passos da crise?
Pimentel - Via internet, jornais, TV e contatos internacionais. Procuro não me contaminar com o apocalipse que aparece nas notícias. Presto atenção nos movimentos macro e não descuido dos movimentos micro. O que faz o mundo girar são as empresas, os empresários e os trabalhadores.
Esta não será a última crise que vamos viver. Procuro manter a serenidade, como o momento exige. Sou um otimista realista. O problema está aí e vamos ter que conviver com ele.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias (ASN)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

22/10 - Lingerie com GPS da Lindelucy

Pessoal... olha aí a novidade trazida por uma empresa de confecções de lingerie de Minas Gerais e que está sendo apresentada esta semana na “Feira Só para Mulheres” em São Paulo.
A Lindelucy lança a primeira lingerie com GPS, com o tema: “Ache-me se for capaz” com foco na mulher moderna e descolada, que está além de seu tempo, conectada ao mundo da tecnologia e da moda, uma mulher empreendedora.
É um desafio para os homens que estão a procura desta mulher, pois (se ela quiser) informará suas coordenadas para ser encontrada, bastando apertar um tecla do seu equipamento.
O conjunto (sutiã e calcinha) possui um localizador (GPS), que permite o rastreamento, através das coordenadas de latitude e longitude que são enviadas.
Interessante a novidade... vamos ver como as mulheres reagem a nova tecnologia.

Feira Só Para Mulheres - Encontro Nacional da Mulher Moderna
Data: de 24 a 26 de outubro
Local: Palácio de Convenções do Anhembi
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1029 - Parque Anhembi
Horário: das 13h às 20h
Informações: (11) 5585-4355
Entrada gratuita, inclusive para palestras


Abraços e sucesso a todos.
Sandro F. Voltolini

domingo, 19 de outubro de 2008

19/10 - Totvs e Datasul: a estratégia da fusão

A fusão entre Totvs e Datasul, anunciada ao mercado em julho de 2008, já era assunto de conversas mensais entre as duas empresas há quatro anos. Conforme o vice-presidente executivo, CFO e diretor de Relacionamento com Investidores da Totvs, José Rogério Luiz, este foi o tempo necessário para que uma estratégia de sucesso fosse desenvolvida.
Em quatro anos, Totvs e Datasul cresceram, se fortaleceram e conquistaram respaldo no mercado. A Totvs, por exemplo, é hoje o nono maior player mundial da área de ERP
, mantendo 50% de market share no Brasil e liderando as vendas para o segmento de pequenas e médias empresas na América Latina.
"Ao longo das negociações, percebemos que as duas empresas possuíam complementaridade, não só de produto como também de mercado, já que nós focamos o SMB e a Datasul, o setor de médias e grandes companhias", contou Luiz durante o Enesi 2008, nesta sexta-feira, 17, em Porto Alegre."Além disso, a Datasul também se adequava às nossas estratégias de negócio, que se baseiam em bons produtos unidos a uma vasta e qualificada rede
de distribuição", complementou.
Que o negócio deu certo, não resta dúvida. Segundo Luiz, a Datasul, assim como RM, Logocenter, Microsiga e outras companhias adquiridas pela Totvs, passou a crescer mais sob o guarda chuva da empresa do que antes.
Ainda falando de estratégia, Luiz entrega: na Totvs, os serviços respondem por 26% da receita, enquanto licenças ficam com 24%, mas o forte mesmo é a manutenção. "Este é o único tipo de contrato que cliente algum cancela, mesmo em tempos de crise", destacou o VP. "É como em um prédio com elevador. Você compra o elevador e, mesmo que a situação financeira fique ruim, não cancela o contrato com o fornecedor, porque sabe que se ele falhar e alguém ficar preso lá dentro, ele virá lhe atender e solucionar seu problema", acrescentou.
ÍndiaEm sua palestra, Luiz também fez uma avaliação sobre o mercado e as empresas indianas de TI. Para ele, o país é sinônimo de prestação de serviços, no que é muito bom. Porém, em produtos...
"Na Índia se produz muito pedaço de software para os outros. Mas não há produto", sentenciou.
Ainda segundo o VP executivo da Totvs, as empresas indianas são focadas demais em grandes clientes. "Este é outro ponto fraco deles: têm ogeriza a qualquer companhia não listada entre as 1 mil mais poderosas do mundo", comentou.
Para Luiz, a Índia representa, portanto, mais oportunidade do que risco para a TI brasileira. "O Brasil é um pólo de desenvolvimento de software. Possuímos muita inteligência, muita criatividade. Ao menos no curto prazo, a Índia não tomará, invadirá ou dividirá nosso mercado", concluiu.
Boa semana a todos.
Sandro F. Voltolini

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

13/10 - Caldeiras mais eficientes graças à nanotecnologia

Caldeiras para aquecer líquidos estão entre os equipamentos mais comuns na indústria, sendo essenciais para fabricação dos mais variados produtos e bens intermediários. E, justamente por sua utilidade, elas estão entre os maiores responsáveis pelas altas contas de energia que a indústria tem que pagar todos os meses.
Cortar pela metade essa conta de energia agora é uma possibilidade concreta, graças a uma camada invisível de nanomateriais, criada por pesquisadores do Instituto Politécnico Rensselaser, dos Estados Unidos.
Fervura mais rápida
Aplicada na forma de um revestimento na parte inferior da caldeira, essa nanocamada reduz pela metade a energia necessária para fazer a água ferver facilitando a troca térmica entre a fonte de calor e o líquido a ser aquecido.
E não será essa a única aplicação do novo nanomaterial: ao permitir maior eficiência na transferência de energia térmica, a solução poderá ser igualmente útil para o resfriamento de chips de computador, para o aumento da eficiência de
sistemas de ar-condicionado e de qualquer outra aplicação onde a transferência de calor é importante.
Microcavidades e nucleação
Para que a água ferva é necessário uma interface entre a água e o ar. Em uma panela, por exemplo, existem duas interfaces desse tipo: a primeira está na superfície da água, onde ela entra em contato com o ar ambiente; e a segunda está na base interna da panela, onde a água entra em contato com minúsculas porções de ar presas na textura e nas imperfeições do fundo da panela.
Ainda que a maior parte da água da panela atinja 100º C, ela não consegue ferver por estar circundada por outras moléculas de água, inexistindo a interface com o ar necessária à mudança de fase - a passagem do estado líquido para o gasoso.
Já as bolhas de ar que sobem até a superfície da água são formadas quando o ar é aprisionado em uma cavidade em microescala sobre a superfície da panela. Em um processo chamado nucleação, essas bolhas são forçadas para cima pela pressão do vapor. Assim que as bolhas saem dessa microcavidade, a água inunda o local onde elas estavam, impedindo qualquer nova nucleação naquele
ponto específico.
As bolhas são essenciais na fervura
O que os cientistas descobriram é que uma camada feita com nanobastões de cobre funciona como um depósito de nanobolhas para as microcavidades, evitando que elas sejam inundadas com água. Esse efeito produz um processo estável de nucleação das bolhas, que surgem em dimensões menores, mas em quantidade muito maior e de forma mais constante.
"Nós observamos um incremento de 30 vezes na densidade local de nucleação ativa das bolhas - um nome pomposo para o número de bolhas criadas - sobre a superfície tratada com nanobastões de cobre, em relação à superfície não-tratada," diz o pesquisador Nikhil Koratkar.
Caldeiras que consomem menos energia
A fervura é, em última instância, um processo de transferência de calor, que transfere energia da fonte de calor para a base de um recipiente e daí para o líquido que o recipiente contém. Ao ferver, o líquido se transforma em vapor, cuja energia - o calor - é eventualmente liberado na atmosfera.
A nova descoberta permite que esse processo se torne muito mais eficiente, o que poderá se traduzir em ganhos consideráveis de eficiência e economia de custos, podendo ser incorporado em uma enorme gama de equipamentos industriais que usam calor para criar vapor ou simplesmente para aquecer líquidos. "Se você consegue ferver a água usando 30 vezes menos energia, será 30 vezes menos energia que você terá que pagar," diz Koratkar.
Fonte: Inovação Tecnológica
Sucesso à todos
Sandro F. Voltolini

terça-feira, 7 de outubro de 2008

07/10 - TI abrirá cem mil novos empregos a partir de 2010

A produção de programas de computador no país (softwares) deverá gerar cem mil novos empregos a partir de 2010 e ampliar as exportações do setor em mais US$ 3,5 bilhões, enquanto a área de tecnologia da informação deverá alcançar faturamento adicional superior a US$ 1 bilhão. No ano passado, o mercado brasileiro de software e serviços movimentou cerca de US$ 11 bilhões, ocupando a 12ª posição no mercado mundial, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que lançou no último dia 01/10, o Fórum de Competitividade de Serviços de Tecnologia da Informação e Software, informa a Agência Brasil.
O encontro discutiu o aumento das exportações e a substituição das importações que ainda são feitas pelo Brasil nessa área. Para o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, que presidiu o lançamento do fórum, o setor é muito importante para o crescimento do país e o seu desenvolvimento depende de ações conjuntas entre o governo e o setor privado.
Na ocasião foram discutidas ações da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para aumentar a competitividade do setor de tecnologia da informação. De acordo com informações do MDIC, em 2007 o mercado brasileiro de software e de serviços ocupou a 12ª posição no mercado mundial, movimentando aproximadamente US$ 11 bilhões. Ao todo, foram movimentados US$ 4,19 bilhões em software e US$ 6,9 bilhões em serviços correlatos. A produção de programas para computador atingiu no período 33,6% do total consumido pelo mercado interno. O setor de tecnologia da informação e de software conta com 7.937 empresas no país, que trabalham no desenvolvimento, produção e distribuição de software, além da prestação de serviços. A PDP visa acelerar o investimento no setor, estimular a inovação, ampliar a inserção internacional do Brasil nessa área aumentando o número de micro e pequenas empresas exportadoras do setor.
Fonte: Agência Brasil
Até mais.
Sandro F. Voltolini

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

01/10 - Setor Têxtil aumenta investimentos em máquinas

Os investimentos em máquinas pela indústria têxtil e de confecção brasileira, em 2007, atingiram US$ 702 milhões, sendo 73% de equipamentos importados. Nos últimos cinco anos, as compras de máquinas têxteis no exterior aumentaram 142%. E o ritmo da modernização do setor continua crescente. De janeiro a agosto de 2008, foram gastos US$ 496 milhões em importações, o que representa um aumento de 57,95% em relação ao mesmo período do ano passado, demonstrando forte alta na atualização das plantas de produção. A maior parte das máquinas utilizadas pelo setor têxtil não possuem similares no Brasil, sendo compradas principalmente da Alemanha, Bélgica, Suíça, Itália e China.
Nas indústrias de fiação, que somam 417 unidades fabris no Brasil, a produção aumentou 16% nos últimos cinco anos. Somente em 2007, foram produzidas mais de 1,34 milhão de toneladas de fios. A modernização da produção pode ser medida por dois fatores principais: pelo número de rotores openend – sistema de fiação por turbilhonamento das fibras que provoca o entrelaçamento das mesmas, formando o fio - que aumentou 12,5% no período 2003 a 2007 (de 294 mil para 331 mil rotores), ou pelo número de fusos – processo de fiação convencional que torce as fibras, estirando-as - que também apresentou alta, um pouco mais tímida, de 2,6% em igual período (de 4,7 milhões para 4,8 milhões de fusos).
Fonte: IEMI 2008

Já nas indústrias de tecelagem, que somam 596 unidades, o tear de lançadeiras - máquina que produz tecidos planos através da trama e urdume de fios - apresentou sua substituição por máquinas mais modernas. De 2003 a 2007, deixaram de ser utilizados 50% destes equipamentos (de 63 mil para 31,7 mil). Embora os teares de lançadeiras representem o maior número de máquinas instaladas em tecelagens, o seu uso é apenas ocasional, respondendo por apenas 9% dos tecidos produzidos no país. Esse tipo de máquina foi trocada, principalmente, por teares de pinça, que hoje são 29 mil no Brasil, teares a jato de ar (9mil) e a jato de água (361). Através da modernização, a produção aumentou 15,4% nestes últimos cinco anos.
Fonte: IEMI 2008

Desembolso BNDES
Em 2008, até agosto, o desembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi de R$ 636,7 milhões para indústrias têxteis, e R$ 286,8 milhões para fábricas de confecções, vestuário e acessórios. Estes foram os maiores valores registrados nos últimos treze anos. Neste mês, o BNDES anunciou a inclusão de novos itens que poderão ser financiados pelo cartão, como pagamento de serviços de certificação, inspeção, ensaios e calibração acreditados pelo Inmetro, estimulando as micro, pequenas e médias empresas brasileiras a realizarem melhoria de seus produtos e processos.
Todos esses investimentos integram as várias ações que vêm sendo tomadas a fim de melhorar a concorrência das empresas brasileiras no mercado interno e externo. Com a baixa do dólar frente ao Real, as importações têm sido crescentes, o que resultou, nos oito primeiros meses deste ano, em um déficit de US$ 1,1 bilhão na balança comercial. Com a modernização em máquinas e equipamentos, bem como na certificação de produtos e processos, as indústrias do setor têxtil e de confecção esperam conseguir reduzir ainda mais os custos de produção, fazendo com que o produto chegue ao mercado com um preço mais competitivo e com a qualidade assegurada.

Fonte: ABIT
O grande e constante investimento em máquinário e tecnologia na indústria têxtil e de Confecção nos mostra que é possível concorrer e atingir níveis muito melhores de produtividade e qualidade.
Também deve estar claro que não há outra saída... temos que ser os melhores no que fazemos para termos chances de concorrer e sobreviver no cenário, seja ele local, regional, continental ou mundial!!!
O desafio é constante e encorajador... façamos nossa parte que também estaremos inseridos neste novo contexto.
Sucesso e grande abraço!!!

Sandro F. Voltolini

terça-feira, 30 de setembro de 2008

30/09- A aplicação da Nanotecnologia em têxteis

Nano é uma designação de comprimento, de tamanho. Uma coisa “nano” mede um bilionésimo de metro. Um bilionésimo de metro chama-se "nanômetro", da mesma forma que um milésimo de metro chama-se "milímetro". "Nano" é um prefixo que vem do grego antigo e significa "anão". A nanotecnologia foi desenvolvida para criar e manipular partículas menores que átomos e moléculas. Ela surgiu em 1959, ano em que no dia 29 de dezembro, no CalTech, Califórnia, o físico Richard Feynman proferiu, na Reunião Anual da American Physical Society, a palestra "There's plenty of room at the bottom" ("Há mais espaços lá embaixo"). Feynman anunciava ser possível condensar, na cabeça de um alfinete, as páginas dos 24 volumes da Enciclopédia Britânica para, desse modo, afirmar que muitas descobertas se fariam com a fabricação de materiais em escala atômica e molecular. Contudo, só nos anos 80 o visionarismo de Feynman começou a encontrar condições de apoio econômico e de investimento científico e tecnológico para começar a tornar-se realidade. Inicialmente, os produtos nano foram desenvolvidos para aumentar a capacidade de armazenamento dos computadores e reduzir seu tamanho, aumentar a eficácia de remédios, criar materiais mais leves e mais resistentes, entre outros.
Mas a indústria têxtil também resolveu se beneficiar da nanotecnologia.
A aplicação da nanotecnologia na indústria têxtil ainda é muito recente. Fóruns mundiais ainda são realizados para esclarecer entre os próprios produtores as finalidades deste tipo de tecnologia e a forma que ela é aplicada. A nanotecnologia (ou qualquer outra tecnologia criada) não diz respeito apenas à mecânica e à informática. Nos têxteis a nanotecnologia serve para dar novas características a fibras, fios e tecidos. Talvez alguma fibra nano seja desenvolvida, mas isto ainda não foi discutido.
Então, de que forma a nanotecnologia atua na indústria têxtil? Através de materiais nano, muitíssimo pequenos, os fabricantes podem conferir novas propriedades aos tecidos dando, assim, uma nova funcionalidade a eles. A nanotecnologia permite que os tecidos tenham características especiais como antibactericida a base de prata, minúsculas cápsulas de agentes hidratantes, desodorizantes, repelentes de insectos e anti-tabaco. E isto para citar apenas alguns exemplos. Sem a nanotecnologia não seria possível tais aplicações pois elas ficam entre as fibras dos tecidos. Em escala maior, se partículas maiores de prata (que é anti-bactericida e anti-microbiana) fossem aplicadas aos tecidos acabariam influenciando a textura e o toque do tecido, deixando-o áspero. Vira e mexe e a tecnologia busca inspiração ou comparações com a natureza. Recentemente cientistas, ao analisar um pequeno lagarto chamado geco, ficaram surpresos com sua capacidade de aderir a lugares com apenas um dedo. Eles descobriram que este feito era possível por causa de pêlos microscópicos elásticos que o lagarto possui nos dedos e patas. A partir desta informação desenvolveram pêlos sintéticos a partir de nanotubos de carbono que possuem força de adesão 200 vezes maiores até do que as lagarto geco. Outra descoberta partiu da observação da superfície da amora e da flor de lotus. Criando partículas com a mesma superfície rugosa os cientistas puderam desenvolver tecidos “hidrofóbicos” ou que repelem água.

A nanotecnologia ainda caminha a passos lentos por causa de um único fator: dinheiro. Além de precisar de um grande investimento financeiro para realizar as pesquisas, os produtos até agora desenvolvidos custam muito caro, sendo assim inacessíveis ao grande público. E é um círculo vicioso: quanto mais um produto é adquirido mais barato ele fica. E, para ser adquirido, ele precisa ser barato. A nanotecnologia tem contado com investimentos privados ao redor do mundo. Aqui no Brasil a Embrapa tem feito o papel de desenvolvedora da nanotecnologia. No entanto a maior barreira tem sido convencer os consumidores da utilidade de tais produtos.
Fonte: Revista Sintética

Sucesso à todos.

Sandro F. Voltolini

terça-feira, 23 de setembro de 2008

23/09 - Tecnologia invisível promete surpreender visitantes na NANOTEC 2008

As mais recentes descobertas da Nanotecnologia serão exibidas na 4ª Feira e Congresso Internacional de Nanotecnologia (Nanotec 2008), programada para acontecer de 12 a 14 de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP). O evento vai demonstrar o poder incrível das novas estruturas de átomos que podem alterar e aumentar a eficiência de uma série de produtos. A Promove Feiras, juntamente com as entidades co-promotoras Fiesp, Abimaq, Abinee, Abiplast, Abiquim, Abit e Sindipeças, estimam receber sete mil visitantes entre representantes da indústria brasileira e da América Latina, além de pesquisadores, representantes acadêmicos, governamentais e entidades de classe. Este ano, o foco do evento está baseado em três pontos: econômico, estratégico e tecnológico. Serão apresentadas as oportunidades que a nanotecnologia gera, quais estratégias para se tornar mais competitivo no mercado e quais as novidades tecnológicas disponíveis tanto no Brasil como lá fora. “Temos que aproximar a iniciativa privada da comunidade científica. Só assim seremos competitivos o bastante para usufruir de todos os benefícios da nanotecnologia”, ressaltou o idealizador e diretor da Promove Eventos, Ronaldo Marchese.
A Nanotec Expo 2008 coloca-se como a principal vitrine latino americana de nanotecnologias e o mais importante evento de tecnologia e negócios voltado para as comunidades científicas e empresariais.Os mais avançados centros de P&D, as mais destacadas universidades e inúmeras empresas estarão expondo na Nanotec Expo 2008 projetos, produtos e soluções nanotecnológicas em diversas áreas (B2B), com ênfase especial para os setores industriais co-promotores do evento :
· Químico;
· Plástico;
· Eletro-Eletrônico;
· Têxteis;
· Autopeças.
No setor têxtil, as nanopartículas que aumentam a qualidade e a durabilidade dos produtos já são aplicadas com êxito em lençóis, uniformes hospitalares, aventais, luvas, roupas íntimas e as esportivas, que necessitam de alta performance. Atualmente, mais de 500 produtos de consumo já incorporam algum tipo de benefício nano, utilizando nanopartículas ou algum outro nanocompósito. Em 2007, o mercado de produtos "nano" movimentou mais de US$ 88 bilhões somente nos Estados Unidos. As projeções para 2014 indicam que o mercado mundial dos produtos com algum tipo de nanotecnologia incorporado atingirá US$ 2,6 trilhões, cerca de 15% do mercado global.
Simultaneamente à feira será realizado o Congresso Nanotec 2008, abordando diversos aspectos da nanotecnologia de forma pragmática e centrada nas principais questões que afetam a realidade empresarial. As conferências, palestras e painéis serão apresentados por renomados cientistas, pesquisadores, empresários e especialistas nacionais e internacionais.
Se você quer saber mais sobre essa fantástica tecnologia, considerada por especialistas como a 5ª Revolução Industrial, não deixe de visitar a feira.
Mais informações podem se obtidas no site: www.nanotecexpo.com.br
Sucesso a todos!!!
Sandro F. Voltolini

domingo, 21 de setembro de 2008

21/09 - Balanced Scorecard (BSC) - Indicador de desempenho

Olá, pessoal!! Há alguns dias atrás me perguntaram se conhecia a expressão BSC ou balanced scorecard, então percebi que valeria a pena escrever um pouco sobre o assunto... A seguir, transcrevo algumas informações a respeito.
Segundo Kaplan e Norton (1992) frustrados com as inadequações dos sistemas tradicionais de mensuração do desempenho, alguns gerentes deixaram de lado os indicadores financeiros, como retorno sobre o patrimônio liquido e lucro por ação. “Efetue melhorias operacionais e os números as refletirão”, é o argumento. Mas os gerentes não querem escolher entre indicadores e operacionais. Os executivos almejam um conjunto equilibrado de indicadores que lhes permita visualizar a empresa sob várias perspectivas ao mesmo tempo.
O balanced scorecard (BSC) é esse indicador de desempenho que permite aos gerentes terem uma visão geral de toda a organização. Inclui indicadores financeiros que mostram o resultado das ações do passado, e os complementa com três conjuntos de indicadores operacionais, relacionados com a satisfação dos clientes, dos processos internos e com a capacidade da organização de aprender a melhorar – atividades que impulsionam o desempenho financeiro futuro.
Kaplan e Norton (1993) declaram em seu artigo “Colocando em funcionamento o Balanced Scorecard” que muito mais que um mero exercício de mensuração, o BSC é um sistema gerencial capaz de motivar melhorias drásticas em áreas criticas como produtos, processo, clientes e mercados.
O BSC é uma metodologia de medição de desempenho da organização. Podemos considerar o BSC como um instrumento de gestão estratégica e não apenas um conjunto de indicadores. Este introduz uma nova visão de medida de desempenho, não somente aquela baseada em análises financeiras. Ao contrário, o BSC permite aos gerentes terem uma visão geral de toda empresa através de quatro importantes perspectivas:
a) Perspectiva dos Consumidores: Como os consumidores vêem a organização;
b) Perspectiva Interna: O que é necessário fazer para a empresa se sobressair?
c) Perspectiva de Inovação e Aprendizagem: Pode a empresa continuar melhorando e criando valor?
d) Perspectiva Financeira: Como a empresa olha para os acionistas?
Quanto a cada uma das perspectivas do balanced scorecard (BSC), a perspectiva interna está relacionada à necessidade da empresa em identificar sua core competence. A empresa tem de identificar quais são suas maiores qualidades e buscar desenvolvê-la, assim conseguirá atingir uma vantagem competitiva que dificilmente será alcançada por qualquer outra organização. Essa core competence pode ser tornar no que Slack et al (1999) denomina de critério ganhador de pedido e não apenas qualificador. Quanto à perspectiva de inovação e aprendizagem, a organização deve envolver-se num processo de melhoria continua do seu processo produtivo e ter a habilidade de lançar novos produtos no mercado com capacidade expandida.
Quanto a última perspectiva, a financeira, embora muitos argumentem que esta não seja uma boa medida de desempenho, deve-se ressaltar que esta é uma medida valorizada pelos acionistas da empresa. Portanto deixá-la à parte pode ser prejudicial à imagem da empresa perante o mercado.

Visão geral das perspectivas do BSC:
Fonte: X SIMPEP, Simpósio de Engenharia de Produção, Bauru, São Paulo
Sucesso à todos!!!
Grande abraço.
Sandro F. Voltolini

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

17/09 - Setor têxtil ultrapassa US$ 1 bilhão de déficit

Nos primeiros oito meses deste ano, o setor têxtil e de confecção brasileiro fechou a balança comercial com saldo negativo de US$ 1,11 bilhão. No total, foram importados de janeiro a agosto US$ 2,57 bilhões em produtos, contra US$ 1,46 bilhão exportados. Esse foi o pior resultado apresentado pelo setor desde 1990.

“O déficit de mais de US$ 1 bilhão é preocupante, mas já era previsível. Mesmo que medidas urgentes sejam implementadas agora, só surtirão efeito nos próximos exercícios. Por isso, é muito importante que seja acelerada a aprovação da Reforma Tributária, bem como intensificada a fiscalização do comércio ilegal. De forma pró-ativa, a ABIT, juntamente com o Governo, caminha para obter um provável acordo comercial com grandes mercados consumidores, o que também poderá alavancar a produção sensivelmente, mas não a curto prazo. Nesta semana, uma comitiva de empresários esteve em Washington e no México, aprofundando as discussões com o setor têxtil desses países” declarou Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associação.

Exportações

No acumulado janeiro a agosto as exportações brasileiras de produtos têxteis e confeccionados apresentaram crescimento de 4,35% em termos de valor e 10,76% em volume, se comparado ao mesmo período do ano passado. Quando excluídas as fibras de algodão, o quadro se inverte: as exportações tiveram queda de 4,2% em termos de valor e 11,74% em termos de volume. Houve alta dos embarques de produtos como: fibras de algodão (+ 69,85%), tecidos de filamentos (+ 10,27%) e tecidos de malha (+ 17,26%).

Importações

Nos oito primeiros meses de 2008, quando comparados ao mesmo período de 2007, as importações apresentaram crescimento de 35,01% em termos de valor e 10,83% em volume, quando incluídas as fibras de algodão. Desconsiderando este insumo, os números são mais alarmantes: as importações tiveram crescimento de 41,26% em termos de valor e 25,74% em termos de volume. Os principais produtos importados foram fios (+ 46,02%), tecidos (+ 53,87%) e confecções (+ 49,11%). Entretanto, houve queda nas importações de fibras têxteis (- 16,12%), com destaque para poliamida (- 11,79%), viscose (- 34,81%) e algodão (- 56,95%).

O setor de Vestuário continua apresentado os resultados mais impactantes. Em valores, o setor têxtil importou nos oito primeiros meses US$ 447,01 milhões ou 44,28% mais que em igual período do ano passado.

Balança

No acumulado janeiro a agosto, o saldo comercial da cadeia têxtil brasileira fechou em US$ 1,11 bilhão negativo, contra US$ 506 milhões negativos no mesmo período de 2007. Em 2006, o déficit nos oito primeiros meses do ano era de US$ 54,22 milhões. A expressiva piora nos resultados é decorrente do aumento das importações, conseqüência da valorização do Real frente ao dólar e de fatores macroeconômicos adversos, que tornam o produto nacional menos competitivo no preço.

Agosto

No mês de agosto deste ano, a balança comercial de produtos têxteis e confeccionados do Brasil manteve-se em déficit. As exportações somaram US$ 212,8 milhões, o que representa uma queda de 6,59% em relação ao mesmo mês do ano passado. Por sua vez, as importações alcançaram US$ 346,6 milhões, uma alta de 26,52 % quando em comparação a agosto de 2007. Se excluirmos as fibras de algodão, em relação ao mesmo mês do ano passado, as exportações caíram 14,99% e as importações tiveram aumento de 27,87%.

O saldo comercial ficou negativo: US$ - 133,8 milhões. Este foi o pior saldo registrado em agosto, quando analisados os últimos vinte anos.


Panorama do Setor

Balança Comercial de Produtos Têxteis e Confeccionados do Brasil


Fonte: ABIT

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

15/09 - Renaux® aumento de produção e tecidos tecnológicos

A Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S.A cresceu cerca de 30% em vendas e produção em metros de tecidos, no primeiro semestre de 2008. O aumento ocorreu devido à expansão na demanda de tecidos planos no mercado interno e o retorno do xadrez à moda, carro-chefe da tecelagem. O segundo trimestre foi o mais significativo, encerrando com crescimento de 38,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nas vendas físicas 78% da produção destinaram-se ao mercado interno e 22% para o externo. A produção do semestre foi 50% de fio tinto (xadrez e listras) e o restante de Unis (tecido liso). Em 2008, a empresa está investindo em capacitação e treinamento profissional, além de analisar compra de novos teares.
Para a coleção Inverno 2009, a Renaux® apresentou uma novidade, a linha de tecidos tecnológicos RNX Tech, com qualidades especiais percebidas desde o toque macio, até beneficiamentos com hidratantes que ajudam na conservação da vitalidade da pele.
Confira mais detalhes dos tecidos tecnológicos:

- Bacteriostático: bloqueia a proliferação de colônias de bactérias, evitando odores indesejados.
- Teflon®: facilita a remoção de sujeiras, repelente aos óleos, a água e graxas.
- Antiodor: reduz o mau odor que fica impregnado nas fibras do algodão. Essa tecnologia permite ficar exposto a diversos tipos de maus odores, como por exemplo, frituras e a nicotina.
- Essence: encapsula aromas, permitindo que a roupa permaneça com o cheiro de roupa limpa ao longo do uso.
- Hidratante: combinação de substâncias naturais (Aloe Vera / Vitamina E/ Jojoba) com função de conservar e proteger a pele do envelhecimento, além de hidratar e melhorar sensivelmente o conforto.
- Conforto térmico: tecido com finalidade de causar o efeito de frescor ou calor, assim como o de oferecer um toque mais agradável sem, no entanto, bloquear a transpiração.
Fonte: Renaux
Sandro F. Voltolini

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

12/09 - Dia do Profissional Têxtil e de Confecções

Grande abraço ao Profissional Têxtil e de Confecções... hoje é o seu dia!!!!
Esta data foi instituída em Fortaleza-CE em 12 de Setembro de 1980 durante o IX Congresso Nacional da ABTT.
São hoje mais de 1.650.000 profissionais que atuam nas mais de 30.000 empresas, colocando o Brasil no posto de 6o. maior produtor mundial de têxteis e confeccionados, 5o. de malha e 2o. de índigo.
Fica aqui o meu registro pela passagem desta data.
Valeu, pessoal!!!!
Sandro Voltolini

terça-feira, 9 de setembro de 2008

09/09 - As dificuldades na implantação do sistema ERP na empresa

A implantação de um novo ERP(Enterprise Resource Planning) traz muitas novidades a empresa e aos seus usuários. Sendo a mesma realizada de forma gradual auxilia para que o impacto seja assimilado por todos. Talvez muitos de vocês já tenham presenciado a situação de ver uma empresa ou colega de trabalho insatisfeito com o sistema ERP. Seja insatisfação com a equipe de suporte interna de informática, seja por falta de recursos oferecidos pelos sistemas, seja por falta de credibilidade das informações, enfim, os motivos são vários e eu poderia preencher toda uma página com eles.
Nos primórdios, na década de 80 e 90, os sistemas eram desenvolvidos internamente pelas próprias empresas. Isto gerava muitas frustrações aos operadores e aos diretores das organizações. Primeiramente, o setor/ departamento de informática era (ou ainda é) formado por pessoas recém formadas ou então por profissionais que integravam outras áreas da empresa. A área recém estabelecida não tinha a maturidade do negócio ainda. A falha de comunicação entre profissionais da informática com outras áreas da empresa era (e ainda é) muito comum. A informática era vista como “um bicho de sete cabeças” e existiam freqüentes choques relacionados à dificuldade do setor em dialogar com outras áreas e com diretores.
Logo a seguir, começaram a surgir empresas de TI (Tecnologia da Informação) especializadas em sistemas ERP. Estas empresas trouxeram uma solução pronta para as organizações. Não havia mais a necessidade de equipes internas para o desenvolvimento de soluções. Todos os sistemas fornecidos por estas empresas já são integrados, trabalhando com um banco de dados, dando mais segurança para as empresas armazenar suas informações estratégicas.
Porém esta nova solução também não é perfeita e com o passar do tempo, em alguns casos, faz-se necessário a troca do ERP (normalmente decidido pela alta direção da empresa). Isto por que o relacionamento das empresas já está desgastado, ou por que o sistema não atende plenamente as necessidades da empresa e das novas determinações do negócio em que a empresa está envolvida.
Quando este processo é concreto, ou seja, vai acontecer a troca do ERP na empresa tem alguns pontos que é necessário levar em consideração:
1) - O que será feito com os dados que tínhamos nos ERP antigo? Neste caso é muito comum que a empresa queira fazer uma integração ou uma migração de informações para o sistema futuro. Caso este trabalho seja realizado, é necessária uma análise minuciosa dos dados que foram gerados no novo sistema.
2) - O novo sistema irá atender às demandas atuais? Com certeza se haverá a troca, é por que o setor responsável por esta análise – geralmente TI e alguns colaboradores chaves de cada setor – já deu a avaliação positiva sobre o novo ERP, mas é sempre bom lembrar que este é um ponto a ser observado.
3) - E as necessidades futuras? Lembre-se que um dos motivos que motivou a troca do sistema é que a empresa atendia os requisitos no momento da assinatura do contrato, porém passados alguns anos e algumas modificações na governança da empresa, o sistema não atendia mais, por isso a sua empresa decidiu trocar! Como fazer para garantir que a empresa irá atender no futuro? Uma boa opção é escolher uma empresa que já esteja consolidada no mercado e tenha um sistema open source. Vale também uma cláusula no contrato garantindo que a empresa poderá realizar alterações no sistema para atender demandas futuras.
4) - Haverá alteração na forma de trabalho dos colaboradores? Sim, haverá. Não se iluda. Os sistemas não são desenvolvidos todos da mesma forma. Eles apresentam a mesma função, por exemplo, controle de estoque, fluxo de caixa, etc.. isto são processos comuns aos sistemas, porém não são operados da mesma forma. Sendo assim é necessário um treinamento em novos processos e na operação do sistema.
5) - O novo ERP “roda” com os equipamentos que tenho hoje? Bom, é um ponto que tem que ser questionado. Provavelmente haverá a necessidade de troca do parque de equipamentos por que os requisitos que você tinha quando adquiriu os equipamentos atuais eram de 10 ou 15 anos atrás. Neste caso, a especificação técnica dos equipamentos é de extrema importância para estabelecer o orçamento do projeto e viabilidade comercial da operação.
6) - O fator psicológico deste processo nas PESSOAS. O fator psicológico é um fator que você deve dar muita atenção. Não adianta você ter o melhor software do MUNDO se as pessoas não querem que a implantação aconteça. Lembre-se, os processos, atividades, controles, são feitos por PESSOAS.
O processo de implantação em alguns caso pode ser muito frustrante. Geralmente quando ocorre uma troca, os operadores já estão "acostumados" com o sistema antigo e são muito resistente às trocas. É preciso que o líder tenha a habilidade de criar um ambiente automotivador, onde as pessoas possam estar interessadas em ver os resultados e proporcionar os resultados.
Provavelmente existem outros vários pontos onde é preciso que se tenha atenção nestes casos, mas são citados aqui os que são gerais. Outros aspectos surgirão e devem ser analisados pela estrutura de TI. Mas acima de tudo é importante lembrar do escopo que havia sido definido no início do projeto.
Fonte: Blog Gestão de Projetos (Felipe Dutra)
Até a próxima, pessoal!!!
Grande abraço!
Sandro F. Voltolini