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terça-feira, 25 de novembro de 2008

25/11 - Enchentes e deslizamentos paralisam produção no pólo de Blumenau

As indústrias têxteis de Blumenau e Brusque, em Santa Catarina, tiveram as atividades suspensas ontem por conta da enchente que atingiu os municípios no fim de semana. A região abriga empresas como Teka, Hering, Buettner, Coteminas, Dudalina e Karsten, que não trabalharam, sobretudo, pela falta de energia elétrica e de funcionários, que não conseguiram chegar às unidades pelo volume de água e queda de barreiras nas estradas de acesso aos municípios.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis do Vale do Itajai (SC), Ulrich Kuhn, as perdas de um parque fabril como o de Blumenau parado por um dia podem ser estimadas em cerca de US$ 5 milhões, considerando cerca de 3 mil empresas, incluindo as de pequeno porte. "A expectativa é que algumas empresas comecem a retomar as atividades entre o terceiro turno desta segunda-feira (ontem) e o primeiro turno de terça-feira (hoje). A retomada geral, se não houver fato novo, é na quarta-feira (amanhã)", disse.

A maioria das empresas têxteis utiliza energia elétrica para suas operações, mas há também o uso de gás natural. Algumas não sofreram corte de energia e outras vão operar inicialmente a partir de geradores. A Celesc ontem à noite ainda contabilizava 156 mil consumidores de energia sem luz em todo o Estado. Só em Blumenau eram 53,8 mil unidades consumidoras sem luz. A empresa deslocou 86 equipes, mas ontem não tinha previsão de quando seria retomada a normalidade pela dificuldade de acesso a alguns locais.

O presidente da Buettner, João Henrique Marchewsky, também enfrentou dificuldades para chegar à empresa. As duas entradas da Buettner, localizada em Brusque, ficaram comprometidas com a chuva. A água não atingiu os maquinários, mas os dois acessos foram bloqueados por barreiras e acúmulo de água. Marchewsky diz que os 1,4 mil funcionários foram dispensados e não há previsão para o retorno das atividades.

Na Karsten, com sede em Blumenau, há quatro dias a produção foi suspensa. Além do alto volume de água da cidade, a empresa opera com gás natural e está sem fornecimento desde domingo. Na Teka, também sediada no município, a produção foi suspensa no domingo por falta de energia elétrica e de funcionários. A empresa espera o reinício no primeiro turno de hoje.

Marcello Stewers, diretor de exportação da Teka, disse que a água não invadiu a empresa, ainda que esteja localizada próxima ao rio Itajaí-Açu, que corta a cidade de Blumenau. A empresa foi protegida por um muro de contenção, construído em 1985, após ter sofrido graves prejuízos com a enchente do ano anterior. Segundo Stewers, a água só entraria se o nível do rio subisse 12,40 metros. Ele atingiu na madrugada de segunda-feira, 11,52 metros. Na unidade da empresa em Blumenau trabalham 1,3 mil funcionários.

A presidente da Dudalina, Sonia Hess, estava ontem em São Paulo e disse que não conseguia contato com os seus funcionários para obter todas as informações necessárias. Os diretores não conseguiam chegar à empresa. Segundo Sonia, havia problemas com as linhas de telefone, falta de água e de energia elétrica. A Dudalina fica no bairro Fortaleza, um dos mais atingidos em Blumenau pela enchente. Sonia disse que a unidade está parada desde sábado e não há previsão para retorno das atividades. A fábrica está localizada próxima a um morro onde já houve deslizamentos durante o fim de semana. "Estou extremamente preocupada." Na unidade em Blumenau, a empresa possui 300 funcionários.

Além de Blumenau, as fábricas da Dudalina localizadas em municípios vizinhos também ficaram paradas. Caso da unidade de Luis Alves, com 200 funcionários, e da filial em Brusque, com 70 pessoas. Em 1984, ano da enchente mais forte da cidade, a Dudalina, ainda localizada no centro, sofreu perdas significativas. "Mas a enchente de agora é diferente e mais grave porque não é só a enchente em si, estão ocorrendo muitos desmoronamentos", disse Sonia. "Ainda não calculei as perdas, mas um dia no fim de ano parado equivale a três dias de outros períodos porque estávamos no auge das vendas de Natal".

Segundo informações do departamento climático estadual (Ciram-Epagri), em Blumenau já choveu em novembro 341,5 milímetros, batendo o último recorde medido pela Ciram-Epagri, que foi de 167,2 milímetros/mês em 2006.

Diretores do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico do Extremo Sul (BRDE) pediram ontem ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) a criação de uma linha de crédito especial para atender os empresários e agricultores atingidos pela enchente, além de prorrogação de prazos para empresas que já tenham linhas contratadas.

Em Itajaí, um dos principais estragos foi no porto, que teve o berço 1 destruído pela água e os berços 2 e 3 parcialmente comprometidos. De acordo com Arnaldo Schmitt, superintendente do porto, não foi feita ainda uma análise detalhada de como se darão as operações nos próximos dias por falta de condições de acesso.

Luiz Henrique da Silveira, governador de Santa Catarina, considerou esta a "pior tragédia climática da história catarinense". Até o início da noite de ontem foram registradas 58 mortes e mais de 42 mil desabrigados. Também subiu o número de cidades isoladas: Luiz Alves, São João Batista, Rio dos Cedros, Garuva, Pomerode, Itapoa e Benedito Novo.

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

20/11 - Nanotec 2008: empresas e faculdades juntas pela inovação

Em sua quarta edição, a Nanotec Expo 2008, realizada nos dias 12 a 14 de novembro, no Centro de Eventos Imigrantes, em São Paulo, reuniu empresários, pesquisadores, representantes acadêmicos, governamentais, entidades de classe e mídia nacional, todos com as atenções voltadas à Feira e ao Congresso Internacional de nanotecnologia.
No Congresso, sob a coordenação de Sylvio Nápoli, gerente de infra-estrutura e capacitação tecnológica da ABIT, no primeiro dia do evento as empresas Coteminas, Rhodia e Cedro Cachoeira falaram de alguns de seus produtos desenvolvidos com a aplicação da nanotecnologia. Depois, foi a vez das universidades apresentarem as novidades para a indústria têxtil. Já no dia 13, Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação, participou da apresentação do seminário “Inovação tecnológica e a política de desenvolvimento produtivo como estratégia para elevar a competitividade das indústrias brasileiras”.
Nos lounges da Feira, a Unicamp expôs projeto que contemplava a aplicação de nanopartículas de prata para efeito bactericida. Por sua vez, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) apresentou projetos de desenvolvimento de fibras têxteis com revestimento em partículas de cerâmica, substratos metálicos, polímeros e compósitos nano-estruturados, que resultam em materiais resistentes à abrasão, chama e corrosão, além de absorverem raios UV e serem repelentes a água e manchas.
Atualmente, a nanotecnologia movimenta no comércio internacional cerca de US$ 147 bilhões por ano, com aproximadamente 500 produtos já certificados, devendo chegar a US$ US$ 3,1 trilhões em 2015 (de acordo com pesquisa publicada pela Lux Research, de Nova Iorque). Enquanto o governo americano investe bilhões de dólares por ano incentivando pesquisas nesta área, o Brasil investiu 150 milhões de reais em seis anos (de 2001 a 2007), cerca de 25 milhões anuais.
“A Indústria Têxtil e de Confecção nacional tem plena capacidade de desenvolver tecnologias a partir da escala nano. Temos bons pesquisadores espalhados por várias universidades renomadas de nosso País. O que falta é o incentivo e a proximidade com as empresas e é este um dos propósitos da Nanotec. Nos processos de financiamento há muito a ser melhorado, mas acredito que a nova Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), anunciada pelo governo recentemente, deve melhorar a situação, pois está previsto investimento em inovação”, disse Fernando Pimentel.

Fonte: ABIT

terça-feira, 18 de novembro de 2008

18/11 - Boné com tecnologia

Novidade vinda da 104ª Feira de Cantão da China, este modelo de boné destaca-se por incluir um sistema de som de alta definição e encaixes para carregar óculos de sol.
É só vestir o boné, encaixar os fones de ouvidos na posição mais confortável e ouvir o som preferido. Acoplado a ele, está um cartão de memória de 2 GB (gigabyte), que pode ser carregado com músicas, através da entrada USB ou ainda através do sistema Bluetooth.


Este modelo de boné permite também a possibilidade de carregas óculos de sol. A fabricante desse boné é a Everbright Corporation. Segundo a representante comercial da empresa, Jenny Zhao, esse modelo pode se encaixar a qualquer pessoa. “Tudo depende da modelagem do boné e o estilo de cada um para combinar as cores e os tipos de armação dos óculos”, explica Jenny.
O preço unitário desse modelo, no entanto, é tão diferenciado quanto o estilo da peça. Para venda no atacado esse boné custa cerca de 40 dólares.


Fonte: Portal do Boné

terça-feira, 11 de novembro de 2008

11/11 - Indústria do vestuário revigora economia em MS

Com crescimento anual médio estimado em pelo menos 18% no número de empresas, a indústria do vestuário de Mato Grosso do Sul emprega quase 12% da mão-de-obra industrial do Estado, o que significa quase 10 mil trabalhadores. O setor tem papel relevante na economia, na medida em que é considerado um dos que mais abre as portas para jovens que buscam o primeiro emprego e também para mulheres que estão à frente de suas famílias.
Atualmente, conforme informações do presidente do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), José Francisco Veloso Ribeiro, as mulheres representam 90% da força de trabalho, sendo que deste universo 30% são responsáveis pela manutenção da casa. "O Estado está aos poucos adquirindo uma cultura industrial e com isso percebemos o ingresso de homens no setor. Eles ainda são poucos, mas esse é um processo gradativo", diz.
José Francisco Veloso acredita que a tendência é de expansão do setor e, conseqüentemente, de maior geração de empregos. Um ponto ressaltado por ele é que Mato Grosso do Sul abriga grandes empresas, que utilizam um sistema de venda voltado a atender grandes lojas de departamento. Por outro lado, o número de micro e pequenas indústrias é alto. Hoje, quase 98% das 450 empresas instaladas em Mato Grosso do Sul é desse porte. Para José Francisco Veloso, isso demonstra o quanto o Estado é capaz de absorver os empreendimentos e, principalmente, de que há demanda para aquisição dos produtos e ao mesmo tempo, grandes indústrias abastecem também outros Estados e buscam a exportação.
As indústrias exportadoras buscam países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai. Empresas como a Tip Top, com fábricas em Sidrolândia e Campo Grande, também enviam peças para Espanha, Portugal, África do Sul, Argentina e Chile. Dados do Radar Industrial, produzido pela Diretoria de Gestão Estratégica da Fiems, com base no levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, apontam que em 2007 as vendas externas de produtos provenientes do setor têxtil e de vestuário em Mato Grosso do Sul totalizaram US$ 2,3 milhões, o que significa aumento de 22 vezes em seis anos. A taxa média de crescimento das exportações foi igual a 68%.

Atrativos - O setor do vestuário ganhou força em Mato Grosso do Sul pela proximidade com o Estado de São Paulo e por conta dos incentivos fiscais oferecidos pelo Governo. José Francisco Veloso destaca que os incentivos do Governo são essenciais para o planejamento do setor, não só para as indústrias já implantadas, que terão condições de manter a competitividade, mas também para aquelas que pretendem se instalar em Mato Grosso do Sul.

Ele ressalta que, em conseqüência dos incentivos fiscais foi possível um investimento, nos últimos 8 anos, de mais de R$ 560 milhões, trazendo grande benefício sócio-econômico ao injetar na economia estadual mais de R$ 6 milhões em salários pagos/mês. "A manutenção dos incentivos nos torna mais competitivos nesse mercado que hoje concorre com vários países. Além disso, outros Estados estão ampliando e divulgando novos incentivos para o setor que é um grande gerador de emprego".
Para Antônio Breschigliari Filho, proprietário da G&L Indústria e Comércio Ltda., a manutenção das empresas está atrelada aos incentivos oferecidos e também à qualidade da produção. "Estamos em rota de crescimento, bem posicionados e oferecendo produtos de qualidade aos nossos clientes", disse.
Ele também destacou que a indústria do vestuário vive um momento oportuno para expansão, já que agora tem a produção privilegiada por conta da alta do dólar. "Nesse momento não é bom negócio importar produtos, por isso temos de aproveitar para conquistar mais fatias do mercado", orientou. Os mesmos motivos justificados pelo empresário local atraem as grandes indústrias para Mato Grosso do Sul. A Tip Top, por exemplo, enxergou nos benefícios fiscais uma oportunidade de crescimento da empresa e também do Estado. As duas fábricas juntas empregam em média 660 pessoas. "A empresa gera várias oportunidades como o primeiro emprego, formação profissional especializada, e qualificação da mão-de-obra", destacou o diretor de Divisão da Tip Top, David Bobrow.

Qualificação - Levantamento do Radar Industrial, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), aponta que o setor têxtil e de vestuário encontra-se entre os primeiros no que se refere às horas de treinamento e qualificação, realizadas no local de trabalho, com média de 82% de sua mão-de-obra qualificada pelo próprio estabelecimento.
Esse é o caso da Universo Íntimo, instalada em Campo Grande em 2004. Segundo o sócio-diretor Gabriel Margulies, a falta de mão-de-obra qualificada é um problema que, com o tempo está sendo contornado. "Nós temos hoje cerca de 850 funcionários, mas, para encontrarmos o pessoal certo, partimos para a parceria com o Senai/MS. Campo Grande ainda não tem uma cultura industrial e isso faz com que as pessoas não busquem esse tipo de qualificação. Mas a tendência é de que, aos poucos, esse cenário mude para melhor", disse.
Os treinamentos previstos nas parcerias firmadas com as empresas são executados pelos CTVs (Centros Tecnológicos do Vestuário) localizados em Dourados, Três Lagoas e Campo Grande. Segundo a gerente da Escola do Senai de Campo Grande, Cristiane Gomes Nunes, só na Capital foram treinados 3.210 trabalhadores entre os anos de 2003 e 2008. "Os CTVs atuam em rede no Estado, interagindo conhecimentos técnicos e serviços para complementar as demandas das indústrias nas regiões de atuação das unidades", ressaltou, completando que em Três Lagoas foram 936 trabalhadores e em Dourados outros 176.
Nesse sentido, a Escola do Senai de Campo Grande deu início ao curso de Encarregado de Produção para Indústrias de Confecção, que faz parte de convênio firmado com o Sindivest/MS para a realização de treinamentos que atendam a demanda de qualificação profissional das indústrias de confecção da Capital.
Incentivos fiscais garantem avanços para o estado - Uma das principais reivindicações do setor - a manutenção dos incentivos fiscais até 2018 – está em estudo por parte da equipe econômica do Governo do Estado, segundo informação do próprio governador André Puccinelli, que sabe da importância da continuidade da atual política fiscal. "Reconheço a importância do setor do vestuário e têxtil na economia de Mato Grosso do Sul e acredito que será possível atender a esse pedido", declarou.
A posição do governador foi reforçada pelo superintendente estadual de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo (Seprotur), Jonathas Soares de Camargo, explicando que a Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) já estuda a manutenção dos benefícios até 2018 em razão da importância do setor para a economia do Estado.
"A Sefaz está analisando todas as possibilidades da continuidade dos benefícios e as condições em que isso poderia ser feito," prevê Camargo, destacando que as empresas do segmento também contam com os incentivos da Lei Complementar nº 93, ampliação do Programa MS Empreendedor.


Produção para o mercado local - Se de um lado algumas indústrias se fortalecem e atendem o mercado externo e grandes lojas de departamento, de outro, as empresas apostam no mercado local. Esse é o caso da indústria Ponto G Moda Íntima, que nasceu em Caarapó, em 97, e está em Dourados desde 2004. "Hoje podemos dizer que somos líderes no mercado local de lingerie", destaca a proprietária Jandira Gorete dos Santos Vieira. A produção da fábrica, que começou com 12 funcionários e hoje tem mais de 100, chega a 60 mil unidades por mês.
Segundo ela, que também está à frente do Sinvesul (Sindicato da Indústria de Confecção da Região Sul de Mato Grosso do Sul), só em Dourados existem 40 indústrias formalizadas, sendo a maior parte voltada à produção de lingerie. "Essas empresas juntas chegam a produzir uma média de 500 mil peças todos os meses, um resultado de que estamos sim no caminho certo para o desenvolvimento da região", avalia.
Dourados integra o pólo de costura da região sudeste de Mato Grosso do Sul, que abriga também indústrias dos municípios de Nova Andradina, Batayporã, Eldorado, Glória de Dourados, Itaquiraí, Ivinhema, Jateí, Naviraí e Novo Horizonte do Sul. As metas das empresas são de elevar o volume de vendas em 20% até dezembro de 2010 e reduzir os custos de produção por peça em 5% até dezembro do ano que vem.
Gorete destaca que a força do setor do vestuário na região, pôde ser conferida na 2ª Expoem, realizada este ano em Dourados, e que comercializou 150% a mais que no ano passado. "Foram mais de R$ 500 mil em vendas só nos estandes, enquanto que em 2007 comercializamos R$ 200 mil", lembra.
Também de forma organizada e de olho na fatia do mercado nacional, a Bumerang é outro exemplo de que priorizar o mercado interno também é um bom negócio. Em Mato Grosso do Sul há 11 anos, a empresa investe na rede própria com 12 lojas e outras 78 franquias espalhadas por São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Conforme informações do proprietário, Ércio Mendes Garcia, a produção da indústria tem o foco no jeans e atinge a marca de quase 1.800 peças por dia, sem contar a de camisetas e blusas que somam em média 800 peças. "O crescimento do setor é animador. Tanto que adquirimos 35 novas máquinas e oferecemos o treinamento para os nossos funcionários da indústria, localizada em Campo Grande", disse. Hoje são pelo menos 120 trabalhadores.


Fonte: ABIT

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

06/11 - Macacão de piloto resfria e aquece graças a materiais inteligentes

A cabine de um helicóptero pode ser muito quente durante um dia de sol, mesmo quando a aeronave está se dirigindo para plataformas de petróleo nas costas da Noruega. Já o mar abaixo dele pode estar a temperaturas em torno de 2º C, o que seria fatal em caso de um acidente ou pouso forçado na água.
Como criar uma roupa para os tripulantes que consiga lidar simultaneamente com estas situações opostas? Utilizando materiais inteligentes, uma nova classe de materiais sintéticos e híbridos que muda de comportamento em resposta a alterações no ambiente.


Materiais inteligentes
Usando os materiais inteligentes, cientistas noruegueses fabricaram um macacão para os pilotos de helicópteros e para a tripulação que lhes dá conforto térmico nas altas temperaturas da cabine e, em caso de queda no mar gelado, garante-lhes a sobrevivência confortável por até seis horas.
"Nós utilizamos um tecido que pode mudar de fase e usamos nosso conhecimento sobre como o frio e o calor afetam o corpo humano. Isto nos permitiu desenvolver uma roupa que funciona em série com as próprias reações do corpo ao se resfriar e aquecer," explica o pesquisador Randi Reinertsen.

Micropartículas incorporadas no tecido
A "inteligência" do material está em cápsulas microscópicas de cera de parafina que são incorporadas entre as fibras do tecido. Se a temperatura da pele da pessoa que está vestindo o macacão inteligente subir acima dos 28º C, a cera muda de fase, passando de sólida para líquida.
"O derretimento exige calor, que a cera de parafina retira do corpo, resfriando a pessoa na cabine do helicóptero durante os dias quentes," explica Reinertsen. "Por outro lado, se a pessoa cair no mar, a cera de parafina muda novamente de fase e volta ao estado sólido, fazendo com que ela retorne o calor armazenado de volta para o corpo."

Capacete inteligente
O novo macacão de segurança foi criado no mesmo laboratório onde foi desenvolvido o capacete de segurança inteligente, apresentado em meados deste ano. O capacete é feito com moléculas que ficam livres em condições normais, deixando o equipamento quase tão flexível quanto um boné de tecido. Tão logo ele receba um impacto, contudo, as moléculas travam-se instantaneamente umas nas outras e evitam que o impacto atinja a cabeça do trabalhador.

Fonte: Inovação Tecnológica

domingo, 2 de novembro de 2008

02/11 - Operacional Têxtil fecha contrato com Têxtil San Cristóbal em Lima/Peru





A Operacional Têxtil - Consultoria e Sistemas anunciou esta semana o fechamento de contrato com a empresa Textil San Cristóbal S.A., sediada em Lima no Peru.
A empresa será responsável pela implantação do Sistema SGT (Sistema de Gestão Têxtil) em toda a área industrial da empresa compreendendo os setores de Acabamento de Fios, Malharia, Tinturaria (Beneficiamento), Confecção, Engenharia e Desenvolvimento de Produtos, Custos, Planejamento de Produção, Suprimentos, Atendimento de Pedidos e Expedição.
A Textil San Cristóbal foi fundada em 1942 e dedicava-se a fabricação e tingimento de tecidos, para venda local. A partir de 1993, o Grupo Raffo detentora da empresa e também do Consórcio Peruano de Confecciones S.A. (Copeco), resolveu unir ambas companhias criando então a maior empresa vertical peruana, incorporando os processos de tingimento e acabamento de fios, tecelagem circular (malharia), tingimento e acabamento de malhas, e confecção de artigos de vestuário.
A malharia está localizada em Lima, numa área de 13.500 m2 e produz em média 280 toneladas / mês.
A planta industrial de Confecção está localizada em Chincha, distante cerca de 200 Km ao Sul de Lima, cidade litorânea próxima do Pacífico, com uma área construída de 40.000 m2. Os depósitos de produtos acabados estão localizados em Lima e em Chincha, assim como em Miami/Flórida nos Estados Unidos.
A produção está voltada para o mercado casual de alta qualidade de malharia. Produz principalmente camisas pólo, camisetas, bermudas e calças em malhas listradas e lisas em jersey, pique, interlock e jacquards, além da produção de diversos tipos de golas e punhos.
A empresa tem uma produção superior a 600.000 peças/mês e conta atualmente com aproximadamente 2.300 funcionários.
Desde 1999, a Textil San Cristóbal tem a certificação ISSO 9002-1994 outorgada pela Lloyd´s Register Quality Assurance.
A empresa exporta sua produção para os Estados Unidos (86%), Europa (7%) e o restante para a América Latina, Ásia e Canadá.

Sobre a Operacional Têxtil
A empresa iniciou suas atividades em 1988, em Blumenau, Santa Catarina e é pioneira no desenvolvimento de soluções voltadas à modernização e informatização de empresas têxteis, bem como na prestação de serviços para a capacitação do ser humano na utilização da tecnologia da informação.
Iniciou desenvolvendo um software voltado para a área de tinturaria que logo evoluiu para atender também o setor de estamparia. A carência em tecnologia da informação do setor fez com que a Operacional Têxtil apostasse no desenvolvimento de soluções específicas para cada área têxtil.
Aliou formação e dedicação, obtendo como resultado uma solução para atender toda a cadeia têxtil nas suas mais específicas necessidades.
A proximidade com o mercado, a pesquisa e desenvolvimento resultaram no SGT - Sistema de Gestão Têxtil, uma solução ERP completa e especialista na Gestão do Negócio.
A história da empresa é pautada pelo compromisso com o setor têxtil, pelo apoio e confiança de seus clientes e parceiros, somada à dedicação e competência de sua equipe.

SGT - Sistema de Gestão Têxtil
Constitui-se do software de informatização da gestão empresarial, que permite a integração total das atividades de administração técnica dos processos e procedimentos na gestão diária de empresas têxteis.
Tem a função de integrar os processos comerciais, produtivos e administrativos, de forma clara, precisa e eficiente, que somado à disponibilidade e capacidade dos recursos humanos resultará numa solução de gestão de alta competitividade. O SGT é composto por mais de 90 módulos e funções, que atendem de maneira especialista cada segmento têxtil.
A Textil San Cristóbal é o segundo cliente que a Operacional Têxtil tem no Peru, já que desde 2004, o SGT está em funcionamento em outra grande empresa de confecções em Lima. Trata-se das Indústrias Nettalco, empresa que detém grande parte da sua produção de confecções para a grife Lacoste e que também exporta quase 100% de sua produção para a América do Norte e Europa.
Fonte: Marketing - Operacional Têxtil
Uma boa semana a todos.
Até mais.
Sandro F. Voltolini