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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

20/11 - Nanotec 2008: empresas e faculdades juntas pela inovação

Em sua quarta edição, a Nanotec Expo 2008, realizada nos dias 12 a 14 de novembro, no Centro de Eventos Imigrantes, em São Paulo, reuniu empresários, pesquisadores, representantes acadêmicos, governamentais, entidades de classe e mídia nacional, todos com as atenções voltadas à Feira e ao Congresso Internacional de nanotecnologia.
No Congresso, sob a coordenação de Sylvio Nápoli, gerente de infra-estrutura e capacitação tecnológica da ABIT, no primeiro dia do evento as empresas Coteminas, Rhodia e Cedro Cachoeira falaram de alguns de seus produtos desenvolvidos com a aplicação da nanotecnologia. Depois, foi a vez das universidades apresentarem as novidades para a indústria têxtil. Já no dia 13, Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação, participou da apresentação do seminário “Inovação tecnológica e a política de desenvolvimento produtivo como estratégia para elevar a competitividade das indústrias brasileiras”.
Nos lounges da Feira, a Unicamp expôs projeto que contemplava a aplicação de nanopartículas de prata para efeito bactericida. Por sua vez, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) apresentou projetos de desenvolvimento de fibras têxteis com revestimento em partículas de cerâmica, substratos metálicos, polímeros e compósitos nano-estruturados, que resultam em materiais resistentes à abrasão, chama e corrosão, além de absorverem raios UV e serem repelentes a água e manchas.
Atualmente, a nanotecnologia movimenta no comércio internacional cerca de US$ 147 bilhões por ano, com aproximadamente 500 produtos já certificados, devendo chegar a US$ US$ 3,1 trilhões em 2015 (de acordo com pesquisa publicada pela Lux Research, de Nova Iorque). Enquanto o governo americano investe bilhões de dólares por ano incentivando pesquisas nesta área, o Brasil investiu 150 milhões de reais em seis anos (de 2001 a 2007), cerca de 25 milhões anuais.
“A Indústria Têxtil e de Confecção nacional tem plena capacidade de desenvolver tecnologias a partir da escala nano. Temos bons pesquisadores espalhados por várias universidades renomadas de nosso País. O que falta é o incentivo e a proximidade com as empresas e é este um dos propósitos da Nanotec. Nos processos de financiamento há muito a ser melhorado, mas acredito que a nova Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), anunciada pelo governo recentemente, deve melhorar a situação, pois está previsto investimento em inovação”, disse Fernando Pimentel.

Fonte: ABIT

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