Páginas

domingo, 18 de abril de 2010

18/04 - Novas tendências para a indústria têxtil: o que é a moda sustentável?

divulgação

Sabe aquela camiseta de algodão natural do seu armário que traz geralmente uma mensagem amigável, insígnia de banda de rock ou política? Na verdade, a camiseta pode ser a roupa mais ambientalmente tóxica que você possui. E no Brasil cerca de 450 milhões de peças de camisetas são produzidas por ano.

De acordo com estudo do IISD (Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável), para confeccionar uma camiseta de 250 gramas, na China, utiliza-se, em média, 160 gramas de agrotóxicos. Uma pesquisa do Departamento Agrícola dos Estados Unidos aponta ainda que cerca de um terço dos pesticidas e fertilizantes produzidos no mundo são pulverizados sobre o algodão.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 25% dos inseticidas produzidos mundialmente são utilizados na plantação do algodão e quase metade deles são extremamente tóxicos. O Aldicarbe (ou Temik 150) é, por exemplo, o segundo pesticida mais utilizado na produção de algodão mundial e apenas uma gota dele, absorvida pela pele, é suficiente para matar um adulto.

Levantamento do IISD em conjunto com o Centro para Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente da Academia Chinesa das Ciências Sociais de Beijing revela que o algodão está no topo da lista de produtos que precisam de controle ambiental. Isso porque a água, os agrotóxicos utilizados no cultivo de algodão, os resíduos deixados nos rios e os restos despejados em aterros fazem com que o ciclo de vida da sua humilde camiseta de algodão tenha deixado um rastro ecológico gigantesco.

Isso explica por que celebridades, como Jason Mraz, apareceram nos Grammys usando ternos de plástico reciclado. Mas o movimento de "ecologização" da indústria da moda levanta uma pergunta ainda mais relevante: o que seria a moda sustentável?

Para encontrar respostas coerentes e práticas seria necessária a opinião de profissionais do lado menos atraente da indústria da moda, como pesquisadores ambientais e engenheiros de produção especializados na fabricação de tecidos, envolvidos em estudos de impacto ambiental.

Para desenvolver uma peça de roupa verdadeiramente orgânica que não seja financeiramente exorbitante, designers, estilistas e consumidores de moda, precisam trabalhar em conjunto com profissionais especializados em gestão de sustentabilidade. No entanto, para ser qualificado como orgânico, o algodão ou lã precisam passar por inspeções e processos sofisticados para não serem tocados por produtos químicos e substâncias tóxicas. Mas a indústria têxtil mundial encontra grande dificuldade para definir os padrões de qualidade mínimos necessários à criação de um produto realmente orgânico e sustentável.

No Brasil, diversos produtores da Paraíba já trabalham com a IFOAM (International Federation of Organic Agriculture Movements) para atender à legislação referente a produtos orgânicos da Comunidade Européia e dos Estados Unidos. Em 2007, cerca de 7.500 hectares nos Estados Unidos foram dedicados à safra de algodão orgânico. E programas como o “North American Organic Fiber Processing Standards” já estão se popularizando junto à indústria da moda.

De acordo com as projeções do DataMonitor, o mercado varejista de vestuário no bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) deverá chegar a US$ 253,6 bilhões em 2013. Por ser o principal produtor e importador de algodão cru e o maior exportador de tecidos de algodão e vestuário acabado do mundo, a indústria têxtil chinesa tem grandes interesses neste novo cenário. Sendo assim, ela já está se organizando para estabelecer requisitos necessários à obtenção de escala na cadeia de produção de roupas orgânicas. Sua cadeia produtiva já passou por danos que precisam ser resolvidos. O avanço do vasto deserto de Takla Makan, por exemplo, cujas dunas engoliram cidades inteiras e apavoram os moradores dos subúrbios de Beijin, tem sido associado à produção industrial do algodão em larga escala na província árida de Xinjiang ocidental.

Além da indústria têxtil, o universo da moda também está se mobilizando. No mês passado, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, em Genebra, realizou a EcoChic: um desfile de moda sustentável, em que designers conhecidos criaram peças de fibras naturais fabricados de forma mais sustentável.

Em fevereiro de 2010, na Fashion Week de Londres, a exposição “Estethica” foi dedicada à moda ecologicamente sustentável. Em março de 2010, o Fashion Institute of Technology em Nova York, uniu forças com a Universidade de Delaware e com a escola de design Parsons para montar uma exposição de moda sustentável, intitulada "Passion for Sustainable Fashion", na qual os estudantes criaram roupas com matérias de origem ética e matérias-primas ecologicamente neutras.

Outra alternativa seria o processo de reaproveitamento de produtos descartados como o Upcycling, do qual o terno de Jason Mraz é um bom exemplo. O problema é descobrir como fazer o Upcycling em escala comercial. O importante é a conscientização de que sustentabilidade não se trata de modismos passageiros e sim de um assunto que deve ser abordado de forma coerente e séria.

Fonte: plenamulher.com.br

Empresas que estiverem atentas as estas mudanças, tem vantagens competitivas e que podem ser amplamente exploradas.

Boa semana a todos

Sandro F. Voltolini

quinta-feira, 15 de abril de 2010

15/04 – Robô que dobra toalhas

Cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, construíram um robô que seria o primeiro protótipo capaz de dobrar toalhas já produzido.

A tarefa, por mundana que possa parecer, é considerada dificílima para robôs, já que exige uma avaliação precisa das medidas da peça a ser dobrada, além de uma grande habilidade manual.

O robô desenvolvido na universidade da Califórnia leva entre 20 e 25 minutos para dobrar um toalha.

O professor de inteligência artifical da universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, Noel Sharkey, disse à BBC, em tom de brincadeira, que "é mais fácil pôr um avião no ar do que fazer um robô dobrar uma toalha".

No vídeo divulgado pela universidade pode-se ver como o robô avalia o tamanho de cada toalha antes de iniciar a sequência de movimentos.

De acordo com um dos inventores do equipamento, o professor Pieter Abbeel, do Departmento de Engenharia Elétrica e Ciências Aplicadas da Universidade da Califórnia, o avanço atual da tecnologia indica que dentro de dez anos robôs domésticos serão parte integrante das nossas vidas.

Confira o video em:

Robô dobrando toalhas

Valeu, pessoal… bom fim de semana.

Sandro F. Voltolini

segunda-feira, 12 de abril de 2010

12/04 – Etiquetas nano RFID poderão substituir os códigos de barras

nano RFID_1

Imagem: Gyou-Jin Cho/Sunchon National University

Apesar das grandes vantagens, as etiquetas RFID ainda são caras. Mas agora um novo processo permitirá que elas sejam simplesmente impressas, exatamente como os códigos de barras.

As etiquetas RFID, também conhecidas como etiquetas inteligentes, há muito prometem substituir os códigos de barras.

Ao contrário das conhecidas barrinhas, que possuem um dado único e permanente, as etiquetas RFID possuem um chip e memória em seu interior, podendo se comunicar com o exterior por meio de tecnologias de transmissão de dados sem fios.

Apesar das grandes vantagens, as etiquetas RFID ainda são caras. Mas agora um novo processo permitirá que elas sejam simplesmente impressas, exatamente como os códigos de barras.

Vantagens das etiquetas RFID

As etiquetas RFID já estão por toda parte, mas ainda longe de atingir todo o seu potencial de criar uma "internet das coisas", onde qualquer objeto terá seu próprio identificador único, uma espécie de IP, podendo ser monitorado e rastreado da produção à reciclagem.

Os benefícios são inúmeros. Imagine, por exemplo, passar pelo caixa do supermercado sem precisar retirar as compras do carrinho: um leitor ao lado do caixa simplesmente lê todas as etiquetas dos produtos por meio de uma conexão sem fios.

Os supermercados também poderão ter leitores em suas gôndolas, avisando imediatamente quando o estoque de um produto cair abaixo de uma certa quantidade, acionando o repositor.

As conhecidas placas de "fechado para balanço" no fim do ano também serão coisa do passado, já que o controle de estoque estará sempre atualizado.

Chip de imprimir

Agora, um grupo de cientistas norte-americanos e coreanos descobriu uma forma de resolver um dos maiores gargalos para a adoção em larga escala das etiquetas inteligentes: o seu preço.

Os cientistas da Universidade Rice, nos Estados Unidos, e Sunchon, na Coreia do Sul, desenvolveram um chip que pode ser impresso sobre qualquer embalagem, da mesma forma que os códigos de barra.

As etiquetas RFID hoje são fabricadas na forma de etiquetas mesmo, em vários formatos, mas sempre como um objeto separado, que deve ser colado sobre o produto a ser monitorado.

A impressão direta tem o potencial para reduzir o custo do próprio chip RFID, assim como reduzir um passo no processo industrial de fabricação. Essencialmente, a máquina que hoje imprime o código de barras poderia ser substituída pela "máquina de imprimir chips".

Tinta de nanotubos de carbono

A técnica utiliza uma tinta na qual estão dissolvidos nanotubos de carbono.

Aplicada por uma impressora jato de tinta, a tinta com nanotubos é usada para desenhar os transistores que formam o chip da etiqueta RFID. No estágio atual, ela pode ser utilizada para imprimir os circuitos eletrônicos sobre papel ou plástico.

Este mesmo princípio - a dissolução de nanotubos de carbono em uma solução para formar uma tinta - já foi aplicado para imprimir transistores e células solares e até para imprimir uma bateria de papel.

A técnica é capaz de imprimir também a antena, os eletrodos e as camadas dielétricas, em um processo feito em três etapas.

As etiquetas inteligentes resultantes são do tipo passivo, o que significa que elas não precisam de bateria para funcionar. A energia para ler seus dados é suprida pelo leitor e captada pela mesma antena usada para fazer a transmissão.

Rotogravura

nano RFID_2

Imagem: Gyou-Jin Cho/Sunchon National University

Os pesquisadores estão agora desenvolvendo a tecnologia para que ela possa ser aplicada nos processos de impressão rotativa utilizada na indústria de embalagens. Isso envolve passar o processo de impressão dos chips RFID da tecnologia de jato de tinta para a rotogravura.

O próximo protótipo deverá ser uma etiqueta RFID de 16 bits, capaz de conter uma quantidade maior de informações, dando maior flexibilidade ao uso das etiquetas inteligentes.

Será necessário também reduzir o tamanho das etiquetas impressas, uma vez que as atuais ainda são maiores do que os códigos de barra.

Os pesquisadores estão agora desenvolvendo a tecnologia para que ela possa ser aplicada nos processos de impressão rotativa utilizada na indústria de embalagens.

Isso envolve passar o processo de impressão dos chips RFID da tecnologia de jato de tinta para a rotogravura.

Eles esperam ter o processo pronto para uso comercial em três anos.

Toxicidade dos nanotubos de carbono

Quanto à preocupação de contar com nanotubos de carbono em cada embalagem, os pesquisadores afirmam que a quantidade dessas nanoestruturas em cada chip é pequena demais para representar qualquer risco à saúde dos consumidores.

"A quantidade de nanotubos em uma etiqueta RFID é provavelmente menor do que um picograma. Isto significa que se poderá fabricar um trilhão de etiquetas inteligentes usando um grama de nanotubos de carbono - uma quantidade muito pequena." afirmam eles.

Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica

Valeu pessoal…

Sandro F. Voltolini

terça-feira, 6 de abril de 2010

06/04 – Hering - Pioneirismo na reintegração social de detentos

Presidente do Conselho Nacional de Justiça, Gilmar Mendes, esteve em Blumenau para assinar convênio.

BLUMENAU - A assinatura de um convênio entre Cia Hering, Conselho Nacional de Justiça, governo do Estado e Presídio Regional de Blumenau dará chance de reintegração social a detentos. A adesão ao programa Começar de Novo ocorreu na sede da empresa, a primeira de SC a aderir ao programa. Entre as autoridades presentes esteve o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, Gilmar Mendes.
Há quatro anos a Hering participa de um programa parecido em Goiás, onde tem três parques fabris. Lá, são contemplados 230 internos. Em Blumenau, o convênio prevê que a indústria têxtil passe a oferecer 20 vagas para apenados do regime fechado. Os detentos, que serão selecionados pela direção da unidade prisional, vão etiquetar, dobrar e embalar peças de vestuário. Eles receberão salário por produção e também terão redução de pena. A cada três dias trabalhados, um dia será descontado da pena. A previsão é que o trabalho comece ainda no primeiro semestre deste ano.
Mendes ressaltou a importância da união entre iniciativa privada, poderes Executivo e Judiciário para diminuir a reincidência de crimes por ex-detentos. Hoje, os presídios do país têm 470 mil pessoas.
– Os indicadores mostram que, se não houver nenhum programa de reinserção social, vamos continuar com esse alto índice de delinquência. Por isso a importância de programas como esse que estamos celebrando com a Hering – disse Mendes, que se despede da presidência do STF no dia 23.
O presidente do Conselho Administrativo da indústria têxtil, Ivo Hering, diz que a intenção é ampliar o projeto para a ala de regime semiaberto. Assim, os presos poderão trabalhar no parque fabril.
– Esses detentos poderão ser contratados após terem cumprido a pena ou serem contratados por outras empresas – afirmou Hering.

Começar de Novo

- Seleção: será feita pela direção da unidade prisional e contemplará 20 detentos

- Trabalho: etiquetar, dobrar e embalar peças de vestuário

- Turnos: oito horas diárias, de segunda à sexta-feira

- Remuneração: será por produção. Os valores não foram divulgados. A lei prevê um piso de dois terços do salário mínimo (R$ 170).

- Pena: a cada três dias trabalhados, terão um dia a menos de pena

O programa

- O programa foi lançado em dezembro de 2008 pelo Conselho Nacional de Justiça e conta com a adesão de empresas e governos.

- O objetivo é sensibilizar órgãos públicos e sociedade para ações de reinserção social de presidiários e ex-detentos.

- Atualmente, pelo projeto são oferecidas 703 vagas de trabalho e 1.214 para cursos de capacitação.
Fonte: Jornal de Santa Catarina

Iniciativa exemplar para reintegração social. Sem dúvida uma forma de combater os indices de criminalidade e reduzir o retorno ao sistema prisional destes que já cumpriram suas penas.

Sandro F. Voltolini

segunda-feira, 5 de abril de 2010

05/04 – Roupas inteligentes que virão para facilitar nossas vidas

Nos próximos anos, estaremos enchendo os nossos armários com camisas inteligentes, que poderão ler nossa freqüência cardíaca e respiratória, e jaquetas musicais com teclados embutidos de fábrica. Monitores de diodo de baixa emissão de luz (LED) podem ainda ser integrados para mostrar texto e imagens. Roupas computadorizadas serão a próxima etapa para tornar portáteis computadores e equipamentos sem ter de prender dispositivos eletrônicos em nossos corpos ou encher os bolsos com bugigangas. Estas novas roupas digitais não são necessariamente projetadas para substituir o seu PC, mas serão capazes de executar algumas de suas funções.

Roupas computadorizadas são a última palavra em tecnológica portátil. Nesta edição, iremos estudar como estas roupas são feitas, quem as produz e que tipo de produtos poderemos usar na próxima década.

Assim como todas as roupas, o vestuário computadorizado começa com sua própria linha. Algodão, poliéster ou cetim não têm as propriedades necessárias para transportar corrente elétrica às roupas digitais. Entretanto, fios metálicos não são novidade à indústria de roupas. Vimos estes tecidos metálicos, usados para fazer manifestações de moda, durante anos. Pesquisadores estão usando organza de seda, um tecido único que foi usado para fazer roupas na Índia por pelo menos um século.


Organza de seda é
ideal para roupas computadorizadas porque é feita de duas fibras que a torna condutora de eletricidade. A primeira fibra é justamente um fio de seda comum, mas na direção oposta do fio da fibra está a linha de seda que é envolvida em uma fina lâmina de cobre. É esta lâmina de cobre que dá à organza de seda a capacidade de conduzir eletricidade. Cobre é um bom condutor de eletricidade e, alguns fabricantes de microprocessador, estão começando a usar o cobre para acelerar estes equipamentos.

O fio metálico é preparado como o fio telefônico de núcleo de pano, de acordo com os pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Se cortarmos um cabo telefônico em espiral, encontraremos um condutor que é feito de uma lâmina de cobre rodeando um núcleo de fios de náilon ou de poliéster. Pelo fato de os fios metálicos poderem resistir a altas temperaturas, eles podem ser costurados ou bordados com o uso de maquinário industrial. Esta propriedade os torna muito promissores para a produção em massa de roupas computadorizadas.

A organza de seda não é apenas um bom condutor elétrico, sendo as suas fibras espaçadas em intervalos adequados. Desse modo, elas podem ser individualmente endereçadas. Uma tira do tecido pode, basicamente, funcionar como um cabo de fita. Cabos de fita são usados em computadores para conectar drivers de disco aos controladores. Um problema em se usar organza de seda pode aparecer se os circuitos tocarem uns aos outros. Por esta razão, os cientistas usam um material isolante para encapar ou sustentar o tecido.

Uma vez que o tecido é cortado no formato desejado, outros elementos precisam ser anexados, como resistores, capacitores e bobinas. Esses componentes são costurados diretamente no tecido. Componentes adicionais, como LEDs, cristais, transformadores piezoelétricos e outros componentes montados nas bases, se necessário, são soldados diretamente nos fios metálicos. Outros equipamentos eletrônicos podem ser presos no tecido usando-se uma espécie de garra, que fura a linha para criar um contato elétrico. Estes equipamentos podem ser facilmente removidos para limpar o tecido.

Na Georgia Tech, pesquisadores desenvolveram outro tipo de linha para fazer roupas inteligentes. Esta camisa inteligente, é feita de fibras ópticas de plástico e de outras fibras especializadas, costuradas no pano. Estas fibras condutoras ópticas e elétricas vão permitir à camisa comunicar-se, sem fio, com outros equipamentos, transferindo dados dos sensores embutidos nela. Muitas companhias já estão explorando a possibilidade de nos vestir com roupas computadorizadas. Podem ser citadas a IBM, Levis, Philips, Nike e Sensatex. Na Europa, a Levis já está testando a jaqueta musical desenvolvida pelo MIT Media Lab (Departamento de Pesquisa Arquitetura e Urbanismo do MIT).

Fonte: Textile Industry

Tecnologia para facilitar nosso dia-a-dia.

Uma ótima semana a todos.

Atenciosamente.

Sandro F. Voltolini

quinta-feira, 1 de abril de 2010

01/04 – Ressurge a indústria de juta e malva no Brasil

Belém - A indústria da produção de fibras naturais como a juta e a malva, cultivadas nas margens dos rios amazônicos, ressurge como uma opção para enfrentar problemas de poluição gerados pelo uso de sacolas plásticas, apontaram hoje especialistas do setor.

"A juta e a malva já tiveram uma época de auge no Brasil, mas depois as fibras sintéticas começaram a substituí-las e muitas empresas tiveram que fechar. Agora, ressurgem como uma alternativa ecológica", disse à Agência EFE, o agrônomo Arlindo Leão, secretário-executivo do Instituto de Fibras da Amazônia (Ifibram).
O polipropileno passou a substituir as fibras de juta e malva e o algodão na fabricação de pacotes para produtos agrícolas no país.
O transporte a granel, no qual o produto agrícola é levado diretamente nos contêineres de caminhões e navios, sem ser empacotado em sacos, também reduziu a demanda por fibras naturais. Arlindo Leão lembrou que os primeiros cultivos de juta e malva no país remontam à década de 30 e foram trabalho de imigrantes japoneses.
"Para o plantio não se desmata a floresta, pois se usa só as ribeiras dos rios onde não há vegetação e o cultivo dispensa o uso de adubos químicos e agrotóxicos", explicou.
Referência no setor, a Companhia Têxtil de Castanhal processou cerca de 12 mil toneladas de juta, utilizado na fabricação de sacos para embalar café de exportação e batatas-doces e em tecidos para a indústria automotiva, artesanal, de toalhas de mesa ou de móveis.
O gerente de vendas da empresa, Ilton Sagioro, explicou que na produção, realizada com teares irlandeses, suíços e espanhóis, são utilizados apenas aditivos orgânicos e óleos vegetais, o que torna o produto totalmente biodegradável.
Para conseguir atender à demanda no país, de 22 mil toneladas, as empresas brasileiras dedicadas ao setor devem completar a matéria-prima com a importação de entre oito e dez mil toneladas de juta de Bangladesh, único país com capacidade exportadora da fibra.

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br

Desejo a todos uma ótima páscoa e que Deus os acompanhe sempre.

Abraços.

Sandro F. Voltolini