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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

12/12 - Publicada definição final de Computação em Nuvem

cloud-computing

Depois de anos de trabalho e 15 versões preliminares, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) dos USA, lançou a definição de computação em nuvem - ou nuvem de computação.

A definição estabelece uma espécie de "unidade de medida" para essa área emergente, servindo como meio para comparações dos serviços em nuvem e das estratégias de sua implementação, além de fornecer uma base para a discussão do que é exatamente computação em nuvem e quais são as melhores formas de usá-la.

"Quando as agências ou as empresas utilizam esta definição elas têm uma ferramenta para determinar até que ponto as implementações de tecnologia da informação que estão analisando atendem as características e os modelos de nuvem," diz Peter Mell, do NIST.

"Isto é importante porque a adoção de uma nuvem autêntica aumenta a chance de que elas colham os benefícios prometidos pela computação em nuvem - redução de custos, economia de energia e implantação rápida. E ajustar uma implementação para a definição pode ajudar a avaliar as propriedades de segurança da nuvem," completa.

Os pesquisadores receberam uma grande quantidade de feedback, o que exigiu a elaboração de inúmeros rascunhos, ou versões preliminares, que eram então reavaliados pela comunidade.

Apesar disso, a definição final ficou substancialmente a mesma, e apenas um pequeno número de mudanças foi feito para garantir interpretações consistentes.

Definição de Computação em Nuvem

Computação em Nuvem é um modelo para acesso conveniente, sob demanda, e de qualquer localização, a uma rede compartilhada de recursos de computação (isto é, redes, servidores, armazenamento, aplicativos e serviços) que possam ser prontamente disponibilizados e liberados com um esforço mínimo de gestão ou de interação com o provedor de serviços.

Este modelo de nuvem é composto de cinco características essenciais, três modelos de serviço e quatro modelos de implementação.

Características essenciais

Auto-atendimento sob demanda
Um consumidor pode unilateralmente dispor de capacidades de computação, tais como tempo de servidor e armazenamento em rede, conforme necessário, automaticamente, sem a necessidade de interação humana com cada prestador de serviço.
Amplo acesso à rede
Recursos são disponibilizados através da rede e acessados por meio de mecanismos-padrão que promovam o uso por plataformas-cliente heterogêneas com qualquer capacidade de processamento (por exemplo, telefones celulares, tablets, notebooks e estações de trabalho).
Agrupamento (pooling) de recursos
Os recursos de computação do provedor são agrupados para atender múltiplos consumidores através de um modelo multi-inquilino, com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos dinamicamente e redesignados novamente de acordo com a demanda do consumidor.

Há um senso de independência de localização em que o cliente geralmente não tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos disponibilizados, mas pode ser capaz de especificar um local em um nível maior de abstração (por exemplo, estado, país, ou datacenter).

Exemplos de recursos incluem armazenamento, processamento, memória e largura de banda de rede.

Elasticidade rápida
Capacidades podem ser elasticamente provisionadas e liberadas, em alguns casos automaticamente, para se ajustar à escala, crescente ou decrescente, compatível com a demanda.

Para o consumidor, as capacidades disponíveis para provisionamento frequentemente parecem ser ilimitadas e podem ser apropriadas em qualquer quantidade e a qualquer momento.

Medição do serviço
Sistemas em nuvem controlam e otimizam automaticamente o uso dos recursos, aproveitando uma capacidade de medição em algum nível de abstração apropriado para o tipo de serviço (por exemplo, contas de armazenamento, processamento, largura de banda e usuário ativo).

O uso de recursos pode ser monitorado, controlado e posto em relatórios, proporcionando transparência, tanto para o provedor quanto para o consumidor, do serviço utilizado.

Modelos de serviços

Software como Serviço (SaaS - Software as a Service)
A capacidade fornecida ao consumidor destina-se à utilização dos aplicativos do provedor rodando em uma infraestrutura de nuvem.

As aplicações são acessíveis a partir de diversos dispositivos clientes, quer através de uma interface "leve" (thin), como um navegador web (por exemplo, web-mail), ou uma interface de programa.

O consumidor não administra e nem controla a infra-estrutura de nuvem subjacente, incluindo rede, servidores, sistemas operacionais, armazenamento, ou mesmo capacidades de aplicativos individuais, com a possível exceção de configurações limitadas do aplicativo, específicas do usuário.

Plataforma como Serviço (PaaS - Platform as a Service).
A capacidade fornecida ao consumidor destina-se à infra-estrutura criada ou comprada pelo consumidor para a nuvem, criada usando linguagens de programação, bibliotecas, serviços e ferramentas suportadas pelo provedor.

O consumidor não administra e nem controla a infra-estrutura de nuvem subjacente, incluindo rede, servidores, sistemas operacionais ou armazenamento, mas tem controle sobre os aplicativos implementados e possivelmente sobre as configurações para o ambiente de hospedagem de aplicativos.

Infra-estrutura como serviço (IaaS - Infrastructure as a Service).
A capacidade fornecida ao consumidor destina-se ao provisionamento de processamento, armazenamento, redes e outros recursos de computação fundamentais onde o consumidor é capaz de implementar e executar softwares arbitrários, que podem incluir sistemas operacionais e aplicativos.

O consumidor não administra e nem controla a infra-estrutura de nuvem subjacente, mas tem controle sobre sistemas operacionais, armazenamento e aplicativos implementados, e possivelmente um controle limitado de componentes de rede selecionados (por exemplo, firewalls do host).

Modelos de implementação

Nuvem privada
A infra-estrutura de nuvem é provisionada para uso exclusivo por uma única organização, compreendendo múltiplos consumidores (por exemplo, unidades de negócio).

Ela pode ser controlada, gerenciada e operada pela organização, um terceiro, ou alguma combinação deles, e pode existir com ou sem premissas.

Nuvem comunitária
A infra-estrutura de nuvem é provisionada para uso exclusivo por uma comunidade específica de consumidores de organizações que têm preocupações comuns (por exemplo, considerações referentes a missão, requisitos de segurança, política e compliance).

Ela pode ser controlada, gerenciada e operada por uma ou mais das organizações na comunidade, um terceiro, ou alguma combinação deles, e pode existir com ou sem premissas.

Nuvem pública
A infra-estrutura de nuvem é provisionada para uso aberto ao público em geral.

Ela pode ser controlada, gerenciada e operada por organização empresarial, acadêmica ou governamental, ou alguma combinação delas. Ela existe sob as premissas do fornecedor da nuvem.

Nuvem híbrida
A infra-estrutura de nuvem é uma composição de duas ou mais infra-estruturas de nuvem distintas (privada, comunitária ou pública) que permanecem como entidades únicas, mas são unidas por tecnologia padronizada ou proprietária que permita a portabilidade de dados e aplicativos (por exemplo, balanceamento de carga entre nuvens).

A definição completa de computação em nuvem está disponível no endereço: http://csrc.nist.gov/publications/PubsSPs.html

Fonte: http://www.nist.gov e http://www.inovacaotecnologica.com.br

terça-feira, 29 de novembro de 2011

29/11 - Instituto Totum credenciará novas medidas

A Abravest apresenta hoje (29), em evento de inauguração da sede, a credenciadora encarregada de fazer o trabalho de verificação das roupas.

Nessa terça-feira, 29, em evento de inauguração da sua nova sede, a Abravest (Associação Brasileira do Vestuário) e o IBV (Instituto Brasileiro de Vestuário) vão oficializar a parceria com o Instituto Totum, entidade escolhida para certificar se roupas feitas no Brasil atendem às novas normas de vestibilidade da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Na ocasião, serão apresentadas as medidas para os produtos dos segmentos infanto juvenil/bebê e de uniformes escolares, já fabricados conforme a nova numeração, e a configuração das novas Etiquetas de Medida.
As empresas que se adequarem às novas normas receberão o Selo de Qualidade emitido pela Abravest, depois de certificadas pelo Instituto Totum, que também é responsável por fazer as verificações periódicas dos produtos e procedimentos das confecções. Em comunicado ao mercado, Fernando Giachini Lopes, diretor do Instituto Totum, diz que o selo “revela-se como uma ferramenta de fidelização de clientes e de certificação de qualidade dos produtos”.
Em dezembro de 2009 foi concluída a primeira parte do projeto que definiu as medidas das peças infanto/juvenil e bebê. Para roupas masculinas, as medidas propostas continuam em consulta pública. A proposta é dividir o segmento em três perfis de consumidor: normal, atlético e obeso. Assim, as etiquetas de calças de cada perfil terão especificações para perímetro de cintura, comprimento de entrepernas e estatura.

Para as camisas foram estipulados o perímetro de cintura e tórax, comprimento de braço e estatura. Embora ainda não esteja em discussão, para as medidas femininas, a Abravest propõe estatura, a medida ombro a ombro (no caso, de casacos), busto, cintura, quadril e comprimento.
Roberto Chadad, presidente da entidade, argumenta que a adesão aos padrões propostos poderia gerar cerca de 8% de economia no consumo de matérias primas para as confecções. “Hoje, em virtude das diversas grades de numeração existente, a venda de roupas através da internet enfrenta um grande desafio em virtude do alto volume de solicitação de trocas ou mesmo devolução de produtos”, completa Chadad.
A pesquisa para a padronização das medidas brasileiras é um trabalho de 15 anos, que consumiu R$ 400 mil e, segundo a associação, encontra-se em fase final.

Fonte: http://gbljeans.com.br/

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

21/11 - Transistores de algodão abrem caminho para roupas eletrônicas

Transistores de algodão
Roupas eletrônicas
Há cerca de um ano, uma equipe da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, criou fibras de algodão capazes de conduzir eletricidade.
Isto abriu pela primeira vez a possibilidade de criar roupas inteligentes sem a necessidade de misturar fios metálicos com as fibras durante o processo de tecelagem (vide link abaixo).
Agora, a equipe do Dr. Juan Hinestroza deu um salto rumo não apenas a roupas dotadas de alguma compatibilidade com os equipamentos eletrônicos, mas roupas que verdadeiramente incorporem os circuitos eletrônicos.
Equipamentos eletrônicos de vestir
A equipe de Hinestroza usou seus fios eletrificados de algodão como base para criar transistores totalmente funcionais.
"A criação de transistores de fibras de algodão abre a perspectiva para a integração total dos eletrônicos com os tecidos, permitindo a criação de equipamentos eletrônicos de vestir," afirmou o pesquisador.
Entre as possibilidades para o curto prazo, o pesquisador aponta tecidos capazes de monitorar a temperatura do corpo, aquecendo-se ou resfriando-se automaticamente em resposta a essas variações de temperatura.
Os primeiros circuitos eletrônicos de vestir, segundo ele, deverão ser monitores biomédicos, para acompanhar o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea de pacientes, assim como monitores físicos para atletas de ponta.
"Talvez um dia nós possamos até mesmo construir computadores de fibras de algodão de forma similar ao quipu, um instrumento de registro contábil baseado em nós usado pelo império Inca, no Peru," afirma o pesquisador.
Transistores de algodão
A técnica usa uma mistura de nanopartículas de ouro e polímeros condutores e semicondutores para ajustar o comportamento das fibras naturais de algodão.
Esses polímeros, frutos da chamada eletrônica orgânica, são os responsáveis pelo salto em relação aos fios eletrificados de algodão, demonstrados anteriormente, e foram obtidos em colaboração com equipes italianas e francesas.
A nova mistura permitiu a criação de um revestimento perfeito da superfície irregular dos fios naturais de algodão, permitindo ajustar suas propriedades eletrônicas.
As camadas de revestimento são aplicadas umas sobre as outras, mas cada uma delas é tão fina que mesmo o conjunto todo não chega a afetar a flexibilidade do algodão.
Os pesquisadores demonstraram o funcionamento de dois tipos de transistores, o mais tradicional transístor de efeito de campo e um transístor eletroquímico orgânico, também já usado industrialmente.
Bibliografia:
Organic electronics on natural cotton fibres
Giorgio Mattanaa, Piero Cosseddua, Beatrice Frabonib, George G. Malliarasc, Juan P. Hinestrozad, Annalisa Bonfiglio
Organic Electronics
Vol.: 12, Issue 12, December 2011, Pages 2033-2039
DOI: 10.1016/j.orgel.2011.09.001
Fonte: Site Inovação Tecnológica

terça-feira, 1 de novembro de 2011

01/11–Fábrica inteligente evolui graças a um DNA fabril

Fábrica inteligente evolui graças a um DNA fabril

 

 

 

 

 

 

 

Esta é a fábrica-laboratório, onde está sendo testado o novo conceito de fábrica inteligente.[Imagem: Fraunhofer]

O tempo que leva para um novo produto chegar ao mercado está ficando cada vez mais curto.

Como consequência, os bens estão sendo produzidos utilizando fábricas e sistemas de TI que foram projetados tendo em mente produtos completamente diferentes, o que aumenta os custos e diminui a produtividade.

Por isto, pesquisadores do Instituto Fraunhofer juntaram-se a engenheiros da Mercedes-Benz para projetar fábricas mais inteligentes, capazes de reagir às mudanças nos produtos por conta própria.

DNA das fábricas

Tão logo se fala em DNA, logo nos vem à mente a biologia e os seres vivos.

É a molécula de DNA, encontrada no interior de todas as células, que carrega o projeto codificado para os seres humanos, animais ou plantas.

Mas as fábricas também têm um projeto desse tipo. Todas as modernas instalações de produção se assemelham de certa forma aos organismos vivos, sobretudo por sua complexidade.

E, exatamente como na biologia, todas as suas partes constituintes estão interligadas umas às outras, e têm de ser cuidadosamente coordenadas.

Este é o desafio que os engenheiros alemães estão enfrentando - criar o DNA de uma fábrica.

USB industrial

O problema pode ser visto facilmente quando a produção está sendo alterada para um novo item, como um novo modelo de carro.

Seja a adição de um robô industrial na linha de produção, ou mesmo uma simples atualização do sistema operacional, tudo pode causar, senão estragos, pelo menos grandes demoras, uma vez que a menor das alterações tem um impacto sobre todo o processo produtivo.

O que está faltando é uma conexão inteligente entre os componentes: os produtos sendo fabricados, os equipamentos de fabricação e os sistemas de TI que controlam tudo.

Isso acontecia muito no início da computação pessoal.

Não muito tempo atrás, você precisava instalar o driver apropriado antes que pudesse usar qualquer novo periférico em seu computador.

Hoje em dia, tudo o que você precisa fazer é conectar um cabo USB: o novo dispositivo utiliza essa via para se comunicar com o PC e para se identificar, e tudo funciona muito bem e prontamente.

É isso que os pesquisadores estão fazendo com os equipamentos das fábricas.

Tradutor digital

Como estamos longe de ter uma padronização nos softwares usados nas fábricas, eles inventaram um tradutor digital para coletar as informações de cada novo "periférico fabril" e converter essas informações em uma linguagem de máquina padrão, chamada CAEX (Computer Aided Engineering Exchange).

Esta informação é enviada para um sistema especial de armazenamento de dados, também criado durante o projeto, que é consultado pelo gerenciador de TI da fábrica.

"Juntos, esses dois componentes são suficientes para tornar factível uma solução simples tipo um USB das fábricas," diz Dr. Olaf Sauer, coordenador do projeto. "Uma vez que os dados começam a fluir, o computador pode projetar um plano de controle do processo para a nova linha de produção, sem precisar de ajuda."

Voltando à analogia com os seres vivos, é como se a fábrica passasse por uma "evolução", recebendo mutações epigenéticas de seu ambiente.

Os pesquisadores demonstraram que o sistema funciona bem em sua fábrica-laboratório.

O próximo passo é testá-lo em uma fábrica real.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

24/10 - Padronização da Roupa Pode Causar Revolução no Setor

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O setor de vestuário prepara-se literalmente para uma revolução na maneira como as peças são fabricadas e vendidas no País. Com base no levantamento das medidas médias do corpo da população brasileira estão sendo estabelecidas referências para o tamanho das roupas infantil, masculina e feminina. Segundo o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad, a expectativa é de que nos próximos dois anos ao menos metade da produção nacional de vestuário, atualmente em 5,5 bilhões de peças anualmente, possa estar padronizada.
"Para a indústria, a padronização das medidas poderá gerar uma economia de até 8% na compra das matérias-primas (tecidos). Já no varejo cairão os custos para conferência interna do tamanho das peças e as trocas de roupas por parte do consumidor final", afirmou Chadad. Outro canal que poderá ser desenvolvido é o de vendas por meio da internet, que ainda engatinha no Brasil. "Em virtude das diversas grades de numerações existentes, a venda de vestuário na internet enfrenta o desafio do alto volume de solicitações de trocas e devoluções", disse.
No caso masculino, as novas normas sugerem medidas diferenciadas para homens a partir dos biotipos "normal", "atlético" e "obeso", que deverão gerar mais de vinte referências de tamanho. "Os tamanhos P, M e G deixarão de ser medidas de referência", destacou Chadad. As calças, por exemplo, contarão com especificações como "perímetro de cintura", "comprimento entrepernas" e "estatura" para as quais foram confeccionadas. Já as camisas terão informações do "perímetro de cintura", "perímetro de tórax", "comprimento do braço" e "estatura".
Segundo a Abravest, as padronizações masculinas estão na fase final de consulta pública, processo que deverá ser encerrado entre o final de outubro e início de novembro. A homologação das medidas, na sequência, seguirá os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com o instituto Totum - credenciado pelo Inmetro - encarregado pela qualificação e auditoria das empresas. A Associação Brasileira do Varejo Têxtil também participa das discussões.
Dessa forma, as confecções que aderirem à padronização deverão oferecer roupas com a respectiva numeração e medidas adequadas a cada perfil de consumidor. Além disso, serão criadas novas etiquetas - adicionalmente à obrigatória costurada na roupa, com a origem do produto e CNPJ do fabricante - penduradas com informações mais detalhadas, como a composição dos tecidos e as orientações sobre lavagem e conservação, "que não encontram espaço" nas peças atualmente, disse Chadad.
Após a finalização das padronizações das vestimentas masculinas, será a vez das femininas. "Isso deverá ser finalizado até abril do próximo ano", destacou o presidente da Abravest. Nas roupas femininas, as etiquetas vão indicar a "estatura", "medida ombro a ombro" (no caso dos casacos), "busto", "cintura", "quadril" e "comprimento", conjuntamente aos biotipos "normal", "atlético" e "obeso". A expectativa da entidade é de que as roupas femininas também contenham mais de vinte referências de tamanho.
Desde o início deste ano, as roupas infantis já contam com a padronização dos tamanhos, num total de 22 referências de medidas. Segundo Chadad, as indústrias estão reestruturando sua produção com as novas normas. "Por enquanto, apenas 5% das fábricas, principalmente as de uniformes escolares, já se adequaram", disse. Mas esse número deve subir. "Mais de 100 fábricas em São Paulo devem se adequar até o final deste ano, porque os colégios estão passando a exigir as novas padronizações."
O dirigente da Abravest destacou que as padronizações são apenas uma referência, e não uma obrigação prevista na legislação. Segundo ele, a entidade investiu mais R$ 400 mil na elaboração e nos estudos das medidas, que contaram com mais de cem reuniões com representantes da indústria, varejo, matéria-prima e consumidores, por meio da ABNT. A entidade vai disponibilizar, gratuitamente, aos fabricantes assessoria técnica para que as empresas se adaptem às padronizações. "Ninguém vai pagar pelas normas."

Fonte: http://textileindustry.ning.com

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

20/10 – Vestidos inteligentes: Conceito Intimacy de sedução



Conheça o Intimacy, um projeto de moda que pretende explorar a relação existente entre a intimidade humana e a tecnologia a serviço da moda. O projeto apresenta a inusitada e altamente tecnológica proposta de dois vestidos inteligentes, Intimacy White e Intimacy Black, feitos de folhas eletrônicas opacas que possuem a propriedade de mudar de estado conforme as emoções e sensações do usuário.





Em uma aplicação bem prática, as roupas com as folhas inteligentes podem ficar transparentes dependendo da satisfação do usuário em encontros pessoais. O mais legal da Intimicy é que o usuário pode determinar o nível de opacidade do tecido, decidindo se a pessoa com quem se encontra vai ver a sua "intimidade" ou não. Tudo é controlado pelo ritmo cardíaco durante o encontro. Quanto mais batimentos cardíacos por minuto, mais a roupa fica transparente.


O objetivo do projeto é muito claro: criar uma espécie de jogo de sedução entre os parceiros. O vestido inteligente foi desenvolvido pela Roosegarde's Studio e, no seu material, encontramos couro e uma espécie de película inteligente. O vestido possui 100 cm de comprimento, 40 cm de largura, as tais folhas inteligentes, além de tecnologias sem fio, eletrônicos, fios de cobre, LEDs e outros componentes.


Por enquanto, o vestido é apenas um conceito. Confira a forma bem sensual (e tecnológica) que a Roosegarde's Studio encontrou para mostrar como o produto funciona, no vídeo a seguir:






Fonte: http://textileindustry.ning.com/

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

12/10 - Steve Jobs: A Lógica da Moda Aplicada na Tecnologia

Ele foi um dos primeiros a perceber que a renovação de estilo também valia para aparelhos eletrônicos


Homenagem no site da Apple, empresa que Steve Jobs ajudou a fundar


Você pode não ter um iPod, mas é muito provável que tenha algum mp3 player e, mais provável ainda, que este tenha design parecido com o da Apple e funções também bastante similares. Com iPhones e iPads é a mesma coisa – já reparou na proliferação de aparelhos semelhantes desde que tais produtos foram lançados? Por aí dá para perceber que, além de revolucionar as indústrias fonográfica com iTunes, de animação gráfica com a Pixar e todo o mercado tecnológico e de computadores, Steve Jobs também teve imensa influência no modo como a gente se relaciona com seus produtos através de sua imagem.


Nas mãos de Steve Jobs, a Apple é influente como grandes marcas de moda


Hoje podemos afirmar com considerável convicção que a Apple exerce a mesma influência (dadas às devidas proporções, é claro) do que uma grande marca de moda como Gucci ou Prada, por exemplo. Tudo bem que o desenho de suas máquinas sempre foi algo essencial dentro da empresa, porém, Steve Jobs foi um dos primeiros a perceber que aquela lógica de renovação e inovação constante que define o conceito de moda também se aplicava a seus aparelhos eletrônicos. Quase que numa versão contemporânea da máxima do design de forma seguindo função em busca de soluções para problemas cotidianos, os produtos da Apple têm na chave de seu sucesso a combinação de uma mentalidade de moda, com todo seu poder imagético, aliada ao desempenho e à funcionalidade tecnológica.
Ao lado do designer e diretor de arte Jonathan Ive, na empresa desde 1997, Jobs transformou computadores e aparelhos eletrônicos em verdadeiros objetos de design. Assim, revolucionando o modo como nos relacionamos com tais produtos e também como nos apresentamos, nos enxergamos e vemos o mundo com e através deles.


www.revistacriativa.globo.com

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Especial 05/10 - Morre Steve Jobs, fundador da Apple

Morre Steve Jobs, fundador da Apple

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Steven Paul Jobs: pai de produtos como o Macintosh, o iPhone e o iPad

Morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos o empresário Steven Paul Jobs, criador da Apple, do estúdio de animação Pixar e pai de produtos como o Macintosh, o iPhone e o iPad.

Idolatrado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que fundou em uma garagem no Vale do Silício, na Califórnia, e ajudou a transformar na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, Jobs foi um dos maiores defensores da popularização da tecnologia. Acreditava que computadores e gadgets deveriam ser fáceis o suficiente para ser operados por qualquer pessoa, como gostava de repetir em um de seus bordões prediletos era "simplesmente funciona" (em inglês, "it just works"), impacto que foi além de sua companhia e ajudou a puxar a evolução de produtos como o Windows, da Microsoft.

A luta de Jobs contra o câncer desde 2004 o deixou fisicamente debilitado nos anos de maior sucesso comercial da Apple, que escapou da falência no final da década de 90 para se transformar na maior empresa de tecnologia do planeta. Desde então, passou por um transplante de fígado e viu seu obituário publicado acidentalmente em veículos importantes como a Bloomberg.

Foi obrigado a lidar com a morte, que temia, como a maioria dos americanos de sua geração, desde os dias de outubro de 1962 que marcaram o ápice da crise dos mísseis cubanos. "Fiquei sem dormir por três ou quatro noites porque temia que se eu fosse dormir não iria acordar", contou, em 1995, ao museu de história oral do Instituto Smithsonian.

"Ninguém quer morrer", disse, posteriormente, em discurso a formandos da universidade de Stanford em junho de 2005, um feito curioso para um homem que jamais obteve um diploma universitário. "Mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. E, por outro lado, a morte é um destino do qual todos nós compartilhamos. Ninguém escapa. É a forma como deve ser, porque a morte é provavelmente a melhor invenção da vida. É o agente da vida. Limpa o velho para dar espaço ao novo."

Homem-zeitgeist
A melhor invenção da vida, nas palavras do zen-budista Jobs, deixa a indústria da tecnologia órfã de seu "homem-zeitgeist", ou seja, o empresário que talvez melhor tenha capturado a essência de seu tempo. Jobs apostou na música digital armazenada em memória flash quando o mercado ainda debatia se não seria mais interessante proteger os CDs para fugir da pirataria.

Ele acreditou que era preciso gastar poder computacional para criar ambientes gráficos de fácil utilização enquanto as gigantes do setor ainda ensinavam usuários a editar o arquivo "AUTOEXEC.BAT" para configurar suas máquinas. Ele viu a oportunidade de criar smartphones para pessoas comuns ao mesmo tempo em que o foco das principais fabricantes era repetir o sucesso corporativo do BlackBerry.

Sob o comando de Jobs, a Apple dizia depender muito pouco de pesquisas de mercado. “Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido", afirmou, em entrevista à revista "Fortune" em 2008. Em 2010, quando perguntado sobre quanto a Apple havia gasto com pesquisa com consumidores havia sido feito para a criação do iPad, Jobs respondeu que "não faz parte do trabalho do consumidor descobrir o que ele quer. Não gastamos um dólar com isso."

Nem sempre esta habilidade garantiu o sucesso da Apple, como na primeira versão da Apple TV, computador adaptado para trabalhar com central multimídia que não conseguiu um volume de vendas relevantes. Mas Jobs conseguia minimizar os fracassos: no caso da Apple TV, ele dizia que se tratava de um "hobby", um projeto pessoal que não fazia tanta diferença nos planos da empresa.

Perfeccionista e workaholic, Jobs gostava de controlar todos os pontos da produção da Apple, resistindo, inclusive, à decisão de terceirizar gradativamente a fabricação dos produtos da companhia para fabricantes chineses - plano proposto e executado pelo agora novo comandante da companhia, Tim Cook, e que se mostrou acertado.

Conhecido como um “microgerente”, nenhum produto da Apple chegava aos consumidores se não passasse pelo padrões Jobs de qualidade e de excentricidade. Isso incluía, segundo relatos, o número de parafusos existentes na parte inferior de um notebook e a curvatura das quinas de um monitor. No dia do anúncio de que Jobs estava deixando o comando da Apple, Vic Gundotra, criador do Google Plus, contou que recebeu uma ligação do presidente da Apple no domingo para pedir que fosse corrigida a cor de uma das letras do ícone do atalho do Google no iPhone.

Na busca por produtos que fossem de encontro com seu padrão de qualidade pessoal, Jobs era criticado em duas frentes. Concorrentes e boa parte dos consumidores que tentavam fugir da chamado "campo de distorção da realidade" criado pela Apple reclamavam das diversas decisões que faziam dos produtos da companhia um "jardim fechado", incompatíveis com o resto do mundo e restritos a normas que iam além de restrições tecnológicas. Tecnicamente sempre foi possível instalar qualquer programa no iPhone, mas a Apple exige que o consumidor só tenha acesso aos programas aprovados pela companhia.

Internamente, entre alguns de seus funcionários, deixou a imagem de "tirano". Alan Deutschman, autor do livro “The second coming of Steve Jobs", afirma que, ao lado do "Steve bom", o mago das apresentações tão aguardadas pelo didatismo e capacidade de aglutinar o interesse do consumidor, também existia o “Steve mau”, um sujeito que gostava de gritar, humilhar e diminuir qualquer pessoa que lhe causasse algum tipo de desprazer.

Ao jornal “The Guardian”, um ex-funcionário que trabalhou na Apple por 17 anos comparou a convivência com Steve com à sensação de estar constantemente na frente de um lança-chamas. À revista “Wired”, o engenheiro Edward Eigerman afirmou: “mais do que qualquer outro lugar onde já trabalhei, há uma grande preocupação sobre demissão entre os funcionários da Apple”. A mesma publicação contou que o diretor-executivo não via problemas em estacionar sua Mercedes na área da empresa reservada aos deficientes físicos -- às vezes, ele ocupava até dois desses espaços.

Jobs também sempre precisou de um "nêmesis", um inimigo que ele satanizava e ridicularizava em público como contraponto de suas ações na Apple. O primeiro alvo foi a IBM, com quem disputou o mercado de computadores pessoais principalmente no início dos anos 80. Depois, a Microsoft, criadora do MS-DOS e do Windows. Mais recentemente, Jobs vinha mirando o Google, gigante das buscas na internet cujo presidente chegou a fazer parte do conselho de administração da Apple, e que investiu no mercado de sistemas para smartphones com o Android. Jobs ordenou que a Apple lutasse, mesmo que judicialmente, contra o programa que ele considerava um plágio do iOS, coração do iPhone e do iPad.

Do LSD ao Mac
O sucesso empresarial de Jobs é ainda um dos principais resquícios da transformação da contracultura dos anos 60 e 70 em mainstream nas décadas seguintes. A companhia que hoje briga para ser a maior do mundo foi fundada após Jobs ir à Índia em 1973 em busca do guru Neem Karoli Baba. O Maharaji morreu antes da chegada de Jobs, mas o americano dizia que havia encontrado a iluminação no LSD.

"Minhas experiências com LSD foram uma das duas ou três coisas mais importantes que fiz em minha vida", disse, em entrevista ao "New York Times". Depois, afirmou que seu rival, Bill Gates, seria "uma pessoa (com visão) mais ampla se tomasse ácido uma vez". O LSD foi a mesma droga que fascinara o inventor do mouse e precursor do ambiente gráfico, Douglas Englebart, cerca de dez anos antes de Jobs.

Coincidentemente foram o mouse e o ambiente gráfico os inventos que chamaram a atenção de Jobs na fatídica visita ao laboratório da Xerox em Palo Alto, em 1979. É uma das histórias mais contadas e recontadas do Vale do Silício, e as versões variam entre acusações de espionagem industrial à simples troca pela Apple de patentes que a Xerox não teria interesse em desenvolver por ações da companhia, que abriria seu capital no ano seguinte.

Fato é que a equipe de Jobs voltou da visita encantada com a metáfora do "desktop" utilizada pelo Xerox Alto. A integração entre ícones representando cada uma das funções do computador, acessadas por meio de uma seta comandada por um mouse, foi a base do Apple Lisa e, posteriormente, do Macintosh.

Com o "Mac", enfim, Jobs conseguiu colocar em prática a visão de que havia desenvolvido em parceria com o amigo e sócio Steve Wozniak, responsável pela criação das soluções técnicas que fizeram dos primeiros computadores da Apple máquinas que mudaram o cenário da computação "de garagem" que vinha se desenvolvendo nos Estados Unidos nos anos 70. Agora, 8 anos após a fundação da empresa, Jobs e "Woz" apresentavam um computador que não era feito para "o restante de nós".

"Algumas pessoas acreditam que precisamos colocar um IBM PC sobre cada escrivaninha para melhorarmos a produtividade. Não vai funcionar. As palavras mágicas especiais que você precisa aprender são coisas como 'barra Q-Z'. O manual para o WordStar, processador de texto mais popular, tem 400 páginas. Para escrever um livro, você precisa ler um livro - e um que parece um mistério complexo para a maioria das pessoas", afirmou Jobs em entrevista publicada pela Playboy americana de fevereiro de 1985.

Na frase, Jobs demostra que queria enfrentar a IBM, gigante nascida no início do século e que, depois de dominar o mercado de servidores corporativos, queria tomar também o setor de computadores pessoais. Para ele, as máquinas da IBM eram feitas "por engenheiros e para engenheiros", e havia a necessidade de criar algo para o "restante", ou, como diria a famosa campanha "Pense diferente" da Apple de 1997, um computador para "os loucos, os desajustados, os rebeldes (..), as peças redondas encaixadas em buracos quadrados".

Saída da própria empresa
Mas o sucesso do Mac - que viria posteriormente a impulsionar a adoção de ambientes gráficos até mesmo entre os computadores da IBM (com o Windows, criado pela Microsoft) - não evitou que Jobs acabasse demitido de sua própria companhia. As disputas internas entre equipes que queriam investir no mercado corporativo e as que apostavam apenas no consumidor fizeram com que John Sculley, vindo da Pepsi à convite do próprio Jobs, convencesse o conselho de administração de que era hora da empresa se livrar de seu fundador.

Durante a década em que esteve fora, Jobs fez dois investimentos que acabaram, de maneiras diferentes, alavancando o mito em torno de seu "toque de midas". No primeiro, pagou US$ 10 milhões pela problemática divisão de computação gráfica da LucasFilm, empresa de George Lucas responsável por franquias do cinema como Star Wars e Indiana Jones. A nova empresa foi batizada de Pixar, e após emplacar sucessos como “Toy story”, “Vida de inseto”, “Monstros S.A.” e “Procurando Nemo”, acabou sendo adquirida pela Disney por US$ 7,4 bilhões em 2006. No processo, Jobs se transformou no maior acionista individual da companhia de Mickey Mouse.

O outro investimento foi a semente não apenas do retorno de Jobs à Apple, mas teve relação direta com o surgimento da World Wide Web, invenção que impulsionou o crescimento da internet no mundo. Com a NeXT, Jobs desenvolveu computadores poderosos indicados para o uso educacional e desenvolvimento de programas. Um terminal NeXT foi usado por Tim Berners-Lee como o primeiro servidor de web do mundo, em 1991. Em dezembro de 2006, a Apple adquiriu a NeXT, manobra que serviu para incorporar tecnologias ao grupo e trazer Jobs de volta para o comando da companhia.

O retorno de Jobs marca o início de uma era de crescimento para a Apple incomum na história do capitalismo americano. A sequência de sucessos - alguns atrelados a mudanças no paradigma de mercados importantes - inclui o MacBook, o tocador digital iPod, a loja virtual iTunes, o iPhone e o iPad. A maioria destes produtos veio de ideias impostas pelo próprio Jobs. À revista “Fortune”, em 2008, Jobs falou sobre sua tão aclamada criatividade - "sempre aliada ao trabalho duro", como ele mesmo enfatizou. "Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido."

Nesta segunda passagem, Jobs reforçou ainda o legado de um empresário ímpar, que impunha uma visão holística na criação, desenvolvimento e venda de seus produtos, Do primeiro parafuso ao plástico que embalaria a caixa de cada aparelho, passando por custo, publicidade, estratégia de vendas.

Sigilo na vida pessoal
A mesma discrição que Jobs impunha na vida profissional - os lançamentos da Apple sempre foram tratados como segredo, aumentando a gerar um movimento de especulação que acabava servindo como publicidade gratuita - foi adotada em sua vida pessoal. Por isso, a luta do executivo contra o câncer no pâncreas foi tratada com muito sigilo, dando margem a uma infinidade de boatos.

Em 2004, Jobs fez tramentos após descobrir um tipo raro da doença. Durante o ano de 2008, Jobs foi aparecendo cada vez mais magro e os boatos aumentaram, até que ele anunciou em janeiro de 2009 seu afastamento da diretoria da empresa para cuidar da saúde. No início de 2011, novo afastamento, até que em agosto, Jobs deixou de vez o comando da Apple. "Eu sempre afirmei que se chegasse o dia em que eu não fosse mais capaz de cumprir minhas obrigações e expectativas como CEO da Apple, eu seria o primeiro a informá-los disso. Infelizmente, este dia chegou", afirmou, em comunicado.

A vida reservada fez, por exemplo, que Jobs não tivesse contato direto com sua família biológica. Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em San Francisco, filho dos então estudantes universitários Abdulfattah John Jandali, imigrante sírio e seguidor do islamismo, e Joanne Simpson, foi entregue à adoção quando sua mãe viajou de Wisconsin até a Califórnia para dar à luz.

Segundo o pai biológico, os sogros não aprovavam que sua filha se casasse com um imigrante muçulmano. Lá, ele foi adotado por Justin e Clara Jobs, que moravam em Mountain View. Seus pais biológicos depois se casaram e tiveram uma filha, a escritora Mona Simpson, que só descobriu a existência do irmão depois de adulta.

Do pai adotivo, herdou a paixão de montar e desmontar objetos. Assim como Paul, Steve não chegou a ser um especialista em eletrônicos, mas ao aprender os conceitos básicos conseguiu se aproximar das pessoas certas no lugar certo. Vivendo no Vale do Silício, conheceu Steve Wozniak, gênio criador do primeiro computador da Apple. Trabalhou na Atari até decidir criar, com Woz, sua própria empresa.

Em mais uma conexão com a contracultura, Jobs teria tido um relacionamento de curta duração com a cantora folk Joan Baez, ex-namorada do ícone da música Bob Dylan, talvez o maior ídolo do empresário.

Casado com Laurene Powell desde 1991, Jobs deixa quatro filhos: Reed Paul, Erin Sienna, e Eve, nascidos de seu relacionamento com Laurene, e Lisa Brennan-Jobs, de um relacionamento anterior com a pintora Chrisann Brennan.

Fonte: www.g1.com

05/10 - Camiseta High-Tech Substitui Fios em Monitoramento de Pacientes

 

Roupa inteligente faz monitoramento de pacientes em hospital espanhol (Foto: Divulgação/Universidade Carlos III)

Modelo criado por universidade está em testes em hospital na Espanha. Aparelho envia dados de saúde pela internet, por meio de conexão wi-fi.

Roupa inteligente faz monitoramento de pacientes em hospital espanhol

Cientistas da Universidade Carlos III, em Madri, desenvolveram uma roupa inteligente que substitui eletrodos colados ao corpo no monitoramento de funções vitais de pacientes em hospitais. O protótipo reduz custos e é mais confortável, segundo os pesquisadores.

O modelo é montado a partir de uma camiseta regata de algodão, e contém sensores sem fio para medição da atividade cardíaca. O sistema pode levar ainda um termômetro e um GPS para localização do paciente.

"O problema com os equipamentos de monitoramento atual é que eles são muito intrusivos, e o movimento do paciente é limitado pelos cabos. Nosso modelo é vestido normalmente. O objetivo era criar algo que o paciente nem note que está usando", afirmou José Ignacio Moreno, do departamento de engenharia e telemática da universidade espanhola.

O modelo é o resultado de dois anos de pesquisa e desenvolvimento, que foram apoiados por empresas privadas. O produto já está em teste na unidade de cardiologia do hospital La Paz, em Madri.

As informações coletadas pela roupa são transmitidas pela internet, por meio de tecnologia wi-fi, mas Moreno afirma que é possível criar uma versão com conexão GSM, via rede de telefonia celular. Isso permitiria, por exemplo, que o paciente utilizasse o equipamento em casa, sem interromper o monitoramento.

Fonte: www.textileindustry.com

domingo, 2 de outubro de 2011

02/10 - O mercado de cosmetotêxteis deve crescer rapidamente

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O mercado de cosmetotêxteis, ou skincare wearable, deverá crescer rapidamente, de acordo com um relatório publicado na última edição dos Mercados Performance Apparel. Embora ainda recente, o mercado tem um potencial interessante e deixa a indústria têxtil otimista na expectativa que a evolução técnica vai abrir novos mercados e criar outras oportunidades de negócios. Alguns estimam que o mercado de cosmetotêxteis valerá 500 milhões de Euros – cerca de 717 milhões de dólares – em 2013.

Cosmetotêxteis representam uma inovação significativa tanto para a indústria cosmética como para a indústria têxtil. É uma forma de aumentar o valor agregado, enquanto os consumidores satisfazem a crescente demanda de beleza e produtos anti-envelhecimento. Este mercado combina bem-estar com atributos de vestuário, como conforto, respirabilidade e estética.

O mercado de cosmetotêxteis tem se expandido muito nos últimos anos para abranger uma vasta gama de peças que são projetadas para atrair os consumidores conscientes da saúde. Fabricantes afirmam que seus produtos podem reduzir a celulite, hidratar a pele, resfriar o corpo ou até mesmo suprir a carência de vitaminas.

Nos primeiros anos, os fabricantes enfrentaram uma série de desafios tecnológicos que foram largamente ultrapassados graças aos avanços da microencapsulação. Esses avanços abriram novas oportunidades para melhorar o desempenho dos cosmetotêxteis.

É certo que alguns consumidores continuam céticos quanto ao conceito de combinar cosméticos e têxteis, mas o mercado está confiante que eles mudarão de opinião em breve com o crescimento dos produtos oferecidos e a comprovação da sua eficácia. Além disso, a crença no conceito de cosmetotêxteis é suscetível de ser reforçada pelo progressivo envolvimento de empresas de alto perfil de indústrias de cosméticos, bem como algumas de vestuário – incluindo fornecedores de sportswear importantes, como Nike e Adidas.

Fonte: www.textilesintelligence.com

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

28/09–Lingerie com a cor do Natal

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Duloren: marca lança campanha de Natal a partir de outubro

São Paulo - A fabricante de lingerie Duloren já viu crescer em 15% o pedido por calcinhas vermelhas para o Natal. A novidade fica por conta dos pedidos de cuecas, que também cresceram cerca de 10%. As cores de cuecas mais vendidas são o branco e o vermelho.

“As mulheres e os homens estão descobrindo novos presentes para a data. Um pouco de sensualidade ajuda a apimentar a relação”, diz Denise Areal, diretora de marketing e estilo.

Ainda de olho no Natal, a marca começa a veicular em outubro sua campanha para a data. A peça, assinada pela Agnelo Pacheco Rio, faz uma referência ao slogan da empresa ‘Você não imagina do que uma Duloren é capaz’. A modelo aparecerá usando peças em renda vermelha da coleção Emulsion, lançamento da marca para o Natal.

A nova campanha será veiculada nas redes sociais Twitter e Facebook, na mídia impressa e em mais de 22 mil pontos de venda espalhados pelo país.

Fonte: www.textileindustry.com

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

26/09 – Moda infantil em alta

A moda infantil está em alta, cada vez mais as marcas tradicionais lançam linhas exclusivas para crianças. E se para as mães já era difícil resistir à tentação de comprar, agora elas têm a desculpa perfeita: deixar os pequenos ainda mais lindos e fo­finhos.

Há pouco tempo, as roupas para crianças eram feitas apenas para proteger, agora também são fashion

Um vestido de 30 cm com uma estampa meiga, uma mini bermuda cargo xadrez superdescolada, um trench coat estiloso em miniatura, um tênis colorido que cabe na palma da mão. Quase impossível resistir às roupinhas de criança! Até mesmo quem não tem filho se encanta. E o mercado da moda, nacional e internacional, já percebeu isso e resolveu se divertir (e lucrar) com o universo infantil. O principal objetivo, além de aumentar as vendas, é criar uma relação de fidelidade fashion enquanto os futuros clientes ainda usam fraldas! Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), Aguinaldo Diniz Filho, esse movimento ocorre em todo o mundo. “Estilistas de renome, que investiram durante anos para construir suas grifes, buscam um modo de ampliar seu público. A solução mais óbvia é conquistar os fi­lhos dos clientes ­fiéis”, resume.

Fora do Brasil, enquanto o mercado de luxo ainda se recuperava da crise econômica, grandes marcas se deram conta de que as pequeninas mas encantadoras peças de roupa poderiam ser um negócio promissor.

Grifes como Burberry, Armani e Stella McCartney já atuavam nesse segmento, mas o entusiasmo do mundo da moda pelas roupas de criança ganhou força em 2011. A Gucci criou uma linha completa para bebês e crianças de 2 a 8 anos com preços que variam de US$50 a US$3.550. E em junho, durante os des­files da coleção Resort, a maison francesa Lanvin apresentou 25 peças destinadas a meninas de 4 a 10 anos. Inspirado nas criações infantis da própria Jeanne Lanvin ainda no começo do século 20, Alber Elbaz diminuiu a escala de suas assinaturas e deu vida à Lanvin Petite.

Donatella Versace também ampliou os domínios da marca italiana e lançou, nesse mesmo mês de junho, no Palazzo Corsini, em Florença, a Young Versace. “Somos conhecidos por nossa estética mais rock 'n' roll, que pode ser ousada, mas não necessariamente sexy ou inapropriada”, disse a estilista no lançamento.

Na prática, isso significa vestidinhos de um ombro só para meninas e camisetas com estampas de moicanos mirins para os meninos. Segundo o CEO da marca, Gian Giacomo Ferraris, a expectativa é de que a linha infantil represente 10% das vendas da companhia em cinco anos.

No Brasil e, principalmente na cidade de Gaspar-SC, considerada a capital da moda bebê e infantil, o mercado nesse segmento também está aquecido. De acordo com pesquisas do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a produção de vestuário para bebês e crianças cresceu, em número de peças, 55%. E em valores nominais, 98%.

Em 2011, o faturamento desse setor, que hoje representa 24% de toda a produção de vestuário no Brasil, deverá chegar a R$ 22 bilhões com uma produção de 1,7 milhão de peças. “Nesse período, todos os segmentos de roupa cresceram, e cresceram bem, porque houve uma melhor distribuição da renda”, afirma Marcelo Prado, diretor do IEMI. Portanto, no Brasil, o boom da moda infantil tem uma origem diferente de países da Europa e Estados Unidos. Se lá foi a crise que criou um novo mercado, aqui foi a estabilidade econômica.

Desde a década de 1990, com a introdução do Plano Real, há mais dinheiro para fazer compras. E roupa é um gênero de “primeira necessidade”. Segundo Prado, pesquisas de comportamento de compra revelam que 92% das pessoas querem estar bem vestidas. Dessas, 44% são antenadas com moda e gostam de ter o que é novo. Os outros 48% querem sim estar alinhados, mas não se incomodam em usar peças de coleções passadas. Como a roupa tem uma força de identidade visual imensa, a melhora da renda se revela por meio dela e deixa transparecer a ascensão social daquele indivíduo. Mas por que, apesar da diminuição da taxa de fecundidade brasileira, o segmento infantil aumentou tanto? “Porque quando se tem mais renda, você se realiza comprando, inclusive marcas famosas para crianças”, diz Prado. Além disso, as mães estão tendo filhos cada mais velhas, com uma carreira mais segura e um salário maior.

No Brasil, são cerca de 50 milhões de brasileiros de 0 a 14 anos. Todos vestidos. As grandes marcas de malha, como Hering e Malwee, foram as primeiras a enxergar esse potencial. Depois, vieram marcas elitizadas e exclusivas para crianças, como Green, Tyrol e Paola da Vinci. Mas, num determinado momento, grifes de adulto se deram conta de que o mercado infantil ainda era menos concorrido e vendia bem. Daí, vieram Cris Barros Mini, VR Kids, Miss Petite, Maria Bonitinha, Mixed Kids, Fit Nina, Reserva Mini e uma in­finidade de versões kids, minis e petites. Apesar de se espelharem em linhas de gente grande e usarem o mesmo maquinário, as coleções infantis são complexas porque a modelagem, a numeração e o estilo evoluem com a idade. Do tamanho 2 para o 10 não mudam apenas a largura e o comprimento, mas as atividades e as vontades das crianças.

Um dos pioneiros dessa onda foi Ronaldo Fraga, que em 2001, enquanto esperava seu primeiro filho, Ludovico, cansou-se da mesmice do que encontrava nas lojas especializadas e resolveu brincar de desenhar roupas para o menino. “Eu achava que as roupinhas eram muito contidas em cor e estampas”, conta o estilista. “Sempre acreditei que a roupa infantil tem que conversar com a cultura brasileira, mas naquela época tudo era escrito em inglês!”, lembra. Foi assim, sem pretensões comerciais, que nasceu a Ronaldo Fraga para Filhotes, com um universo grá­fico mais afetuoso e referências regionais. Daí os amigos fizeram encomendas, a mídia noticiou e a coisa ficou séria. Hoje, as coleções para crianças de 0 a 10 anos representam 60% das vendas da marca e são vendidas em 200 pontos em todo o país. Até hoje, os filhos de Fraga são suas "cobaias" e consultores. Na primeira metade de 2012, a Filhotes deve começar a caminhar com as próprias pernas, sem o nome do criador.

Mas, para muita gente, a tentação de ver o ­filho como uma extensão de si é quase natural. Não à toa, logo depois do nascimento, os pais já começam a se enxergar no bebê: nariz da mãe, boca do pai e olhos da vovó.
E os pequenos também se espelham nos mais velhos. Andam pela casa com os sapatos do pai, pegam escondido a maquiagem da mãe. “Mas vesti-los igual aos pais pode encobrir a personalidade da própria criança a partir do momento em que ela se sente na obrigação de ter as mesmas características da mãe”, explica Joana Singer, psicóloga clínica do núcleo Paradigma. Como a individualidade se forma a partir das escolhas, é importante levar em consideração a opinião da criança.

“Sempre acreditei que a roupa infantil tem que conversar com a cultura brasileira” Ronaldo Fraga, estilista

A moda é parte da formação cultural e “veste” cada fase da vida. Nossa imagem passa uma mensagem. Durante a infância, é preciso brincar e transmitir a ideia que, de fato, se é uma criança. Há alguma coisa errada quando a roupa sugere “algo mais” ou não permite que se brinque como poderia. Crianças precisam poder correr, pular e sentar no chão. Pensando assim, a Corello montou uma equipe especializada para lançar, no começo de 2010, a Miss Petite. As cores, a propaganda, a embalagem, tudo é mais leve e romântico. E sem salto. “As rasteirinhas e sapatilhas não são apenas menores, são mais flexíveis e molinhas, porque o pé das crianças é mais sensível”, diz Carla Silvarolli, diretora de estilo da marca.

Essa experiência com crianças pode ser muito divertida para os pais e, para as marcas, um ótimo negócio. Porém, ela está longe de ser simples e não é garantia de sucesso. Quem investe em“miniaturização” não se sustenta, porque os pequenos crescem e não se submetem ao estilo dos pais para sempre. “A partir do momento que a criança passa a não depender tanto dos adultos, toma mais iniciativa na escolha das roupas e exige o que quer usar”, afi­rma Diniz Filho, presidente da ABIT. Como diz Ronaldo Fraga, não são as crianças que devem desejar o que os pais têm. Mas sim o contrário. É hora das mães cobiçarem o guardaroupa das ­filhas! Talvez as peças fiquem um pouco apertadas, mas até nesses casos, o limite é a imaginação. E ser, ou brincar de ser criança, é sempre bom

Fonte: http://www.santatextil.com.br

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

19/08 - Materiais mudam com sol ou chuva - Clima revela estampa em guarda-chuva

Tecidos que mudam de cor não são novidade na moda, mas suas aplicações ficam cada vez mais criativas conforme a tecnologia e o domínio do recurso avançam. Veja a seguir 2 lançamentos que têm sua estética alterada se chove ou faz sol.

Em dias chuvosos, o céu e a cidade parecem ficar mais cinzentos, com aspecto fechado. No entanto, com o guarda-chuva Squidarella, ocorre justamente o contrário. O lançamento London Skyline estampa uma cidade branca sobre um tecido preto, mas que ganha visual multicolorido quando molhado. Basta chover para que a peça revele tons vivos de azul, amarelo, verde e rosa.

Os modelos Crocs, da linha infantil Chameleons, também dependem do clima para mudarem de visual. Em dias ensolarados, a porção superior dos calçados translúcidos muda de tom, assumindo coloração mais escura.

 

Confira no vídeo como se dá a transformação dos lançamentos:

Calçadosda Crocs mudam de cor como camaleões…

Fonte:http://www.usefashion.com/categorias/noticias.aspx?IdNoticia=98991

Valeu, pessoal… bom final de semana a todos!

Sandro F. Voltolini

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

15/08 - Designer de Brooklyn lança bikini que carrega gadgets

 

Designer de Brooklyn lança bikini que carrega gadgets

O designer norte-americano Andrew Schneider, do bairro nova-iorquino de Brooklyn, lançou um bikini que aproveita, como nenhum outro, a energia solar. O bikini é constituído por tiras de película fotovoltaica, com um tamanho entre 1 e 4 centímetros que são aquecidas em série com uma linha condutora.

Estas células terminam num regulador de 5 volts e numa ligação de USB. Assim, o bikini permite carregar, por exemplo, um iPod ou outro leitor de mp3. É verdade, o bikini também já tem nome: é o iDrink.

De acordo com o Solar Coterie, o site de Schneider, todos os interessados já podem fazer as suas encomendas online. E estará já em desenvolvimento uma versão masculina deste bikini… com uma maior potência.

“A linha solar de banho iDrink é perfeita para todos os que querem ir à praia, ouvir música e desfrutar de uma bem merecida bebida fresca”, explica Andrew Schneider.

De acordo com o Inhabitat, o designer gasta cerca de 80 horas na produção de cada bikini, pelo que o preço poderá ser um pouco salgado. Mas nada que coloque à prova,  a inovação, praticabilidade e sustentabilidade deste bikini hi-tech.

Fonte: http://textileindustry.ning.com

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

04/08 - Roupas com Ar-Condicionado Viram Moda no Japão

A empresa que criou estas roupas é a Kuchofuku Co. Ltd, literalmente "roupas ar-condicionadas", que viu as suas vendas aumentarem depois do desastre do terremoto no Japão.

De acordo com a AFP, devido à falta de energia para as pessoas ligarem os ar-condicionados, a empresa decidiu criar estas roupas. Nas últimas semanas, devido à onda de calor as vendas subiram ainda mais.

Dois ventiladores eléctricos são colocados nos casacos, tendo diferentes velocidades para o ar circular.

Veja vídeo abaixo.

Fonte: http://textileindustry.ning.com

http://www.youtube.com/watch?v=IV4bOQsLIu0&feature=player_embedded

sexta-feira, 22 de julho de 2011

22/07– A desindustrialização, segundo Ivo Rosset

Governo não age para evitar a desindustrialização, diz Ivo Rosset


Ivo Rosset, dono da Valisére e da Cia. Marítima, em seu escritório no Bom Retiro – Foto Rodrigo Capote/Folhapress

A indústria têxtil brasileira vive sua maior crise e, se nada for feito pelo governo no sentido de reavivá-la, 2,5 milhões de empregos correm o risco de evaporar em questão de poucos anos.
O alerta é de Ivo Rosset, proprietário do Grupo Rosset, que detém 65% do mercado de produção de tecidos no país e também as marcas Valisère e Cia. Marítima.
O elo fraco da cadeia que alimenta essa indústria, de acordo com ele, está no setor das confecções (corte e costura dos tecidos para a produção de roupas), que têm sofrido com a concorrência das mercadorias chinesas, mais baratas e nem por isso com qualidade inferior.
"Nada foi feito nos últimos 20 anos. O país está caminhando para a desindustrialização e o governo não está agindo", afirma.

Rosset é um dos empresários com melhor trânsito em Brasília. Encontrou-se com Lula e com Dilma diversas vezes. Conversa frequentemente com o ministro Guido Mantega. Foi um dos primeiros empresários a apoiar o PT e filiou-se ao partido em 2009.
Há um mês, esteve na capital federal como representante do setor têxtil, quando apresentou uma proposta de aliviar a carga tributária das confecções adotando o regime do Simples como imposto único, independentemente do faturamento.

Folha - Como vai a indústria têxtil no país?
Ivo Rosset - De um lado, temos a produção de tecidos, que também sofre com a concorrência chinesa. Como o segmento de tecido plano (produção de tecidos para camisas sociais, por exemplo). Várias fecharam em Americana, que é um grande centro de produção.
Existia também um mercado enorme para produtos como a viscose com fio elastano. Mas os chineses entraram a um preço que não dava para competir. Todos que produziam pararam. E as grandes malharias no Sul estão com problema, elas eram muito mais fortes do que hoje.

E as confecções?
A confecção é o polo que está mais focado na competição com a China. Se não resistir, vai atingir o setor como um todo, pois são as confecções que compram os tecidos que produzimos. Comparando a situação de uma costureira brasileira com a chinesa, a distorção é enorme. Aqui, um funcionário custa para o empregador 2,4 vezes a mais que o salário dele. Por isso propomos o regime do Simples -dessa forma as confecções pagariam 12% sobre tudo.

Por que só as confecções?
Conversando com a presidente, dei um exemplo. Uma empresa de confecção com 2.000 pessoas talvez fature o equivalente a 5% de uma indústria automobilística que também tem 2.000 pessoas. E a confecção não vai suportar a concorrência chinesa. É uma cadeia que emprega muita gente e está destinada a desaparecer caso não se faça algo com muita urgência. Estamos falando de 2,5 milhões de empregos diretos e um universo de 8 milhões.

Em que estágio estamos?
Crítico. Toda rede varejista importava de 5% a 10%, agora é de 35% a 40%.

Há gente quebrando?
O pessoal vai fechando. Muitos estão saindo do Brasil e indo para a China. Outro dia conversei com um fabricante de um outro setor, da Mundial, do Rio Grande do Sul. A ação dele disparou na Bolsa porque sua rentabilidade aumentou. Ele fechou tudo que tinha de produção no país e foi fabricar na China. Estamos matando emprego nosso e dando emprego pra chinês.
A Marcopolo [fabricante de ônibus] foi embora, está produzindo em outro lugar e mandando os ônibus para cá. Vai chegar um momento em que ou transfiro as atividades da Rosset para fora ou sei lá o que vai acontecer.

O que mais pode ser feito?
Nós estamos dentro de um modelo que não muda há 20, 30 anos e que só teve aumento de carga tributária. Na China, eles têm quase 80 milhões de pessoas empregadas nesse segmento. Não sou favorável ao método deles. Dão albergue e comida às pessoas, mas não pagam previdência. E o salário não passa de US$ 100, enquanto aqui é de US$ 1.000, fora a carga tributária. Nosso funcionário é mais eficiente que o chinês. Só que o sistema não ajuda.

O sr. está se referindo à moeda forte e à taxa de juros?
Estamos assistindo ao filminho sem fazer nada. Pior que isso, há Estados como Santa Catarina que incentivam a importação baixando o ICMS. Essa é a maior afronta ao Brasil que já vi.

O país está caminhando para a desindustrialização?
Total. A questão é: queremos ou não ser um país industrializado? Se sim, as medidas precisam ser imediatas. Se não, vamos nos tornar um país de serviços. Só que vamos pagar um preço muito alto lá na frente. Veja o que aconteceu com os Estados Unidos, com o desastre da indústria automobilística, por exemplo. O país agora chora os empregos perdidos e não consegue reempregar.

Existe abandono do setor pelo governo?
Não diria abandono, mas diria que o governo está sem saber direito o que fazer. Eles ouvem, mas não vejo ação. Não sei qual a dificuldade que existe, se é burocracia.

E o BNDES?
Não adianta dar cortisona, é preciso repensar o modelo. Aplicar o Simples a todas as confecções, sem limite de faturamento, é uma mudança radical. Daí, sim, o BNDES pode entrar. E não são grandes investimentos, é coisinha pouca, bem menos do que a fusão do Abilio [Diniz, do Pão de Açúcar].

Fonte: Folha de Sao Paulo

quinta-feira, 14 de julho de 2011

14/07– Os desafios da venda de vestuário pela Internet

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A maioria das pessoas concorda que o setor de vestuário chegou ao fim do caminho no que se refere à queda nos preços de produção. Mas será a Internet a próxima grande oportunidade dos confeccionistas reduzirem os custos da cadeia de logística?

Uma questão para a qual Mike Flanagan, CEO da Clothesource Sourcing Intelligence, uma consultora britânica especializada no setor do vestuário, dá resposta neste seu artigo.

Os preços de produção de vestuário não pararam de cair apenas porque os salários e os preços das matérias-primas estão a subindo. Esta subida verifica-se também porque esgotamos praticamente todos os benefícios de redução de custos resultantes da deslocação da produção ao longo dos últimos 20 anos.

Até ao dia 1 de Janeiro de 2009 – data em que as quotas alfandegárias foram efetivamente levantadas sobre as importações chinesas de vestuário nos EUA e a UE deixou de exigir licenças de exportação ao vestuário proveniente da China - sempre existiram limites às importações de vestuário.

Essas restrições demoraram décadas até serem eliminadas, mas, no final de 2010, os compradores ocidentais estiveram perto de conseguir o máximo possível dos baixos salários asiáticos. Mas não completamente.

As empresas asiáticas continuam a investir em novas infra-estruturas e os países importadores continuam a alterar as suas regras de importação e por isso os melhores locais para um bom valor em 2009 não serão necessariamente os melhores lugares em 2011.

A realidade é que chegamos ao fim de uma era muito longa. Durante grande parte dos últimos 250 anos, a indústria têxtil e vestuário registou uma série de inovações técnicas e legais, que tiveram o efeito de diminuir constantemente os preços da produção do vestuário.

A Revolução Industrial começou com a mecanização da fiação e tecelagem: vias ferroviárias e navios a vapor foram inicialmente desenvolvidos para acelerar o transporte de algodão dos Estados Unidos para as fábricas de Manchester.

A deslocação da produção de vestuário ao longo dos últimos 15 anos para lugares até 20.000 quilometros de distância do cliente final, foi apenas o último passo de um processo que começou em meados do século XVIII com a invenção da fiação e tecelagem mecanizadas.

Poderá realmente acontecer que, com a implementação final de um regime sem quotas em 2009, o ciclo de contínua redução de custos tenha chegado finalmente ao fim?

Bem, no que se refere à produção de vestuário, provavelmente sim. Mas é claro que a produção e o transporte do vestuário e das suas matérias-primas, são apenas uma parte do custo de uma peça de roupa.

A Gap, por exemplo, adiciona em média uma margem de 70% ao custo de uma peça de vestuário desembarcada nos EUA, para pagar o manuseamento, a armazenagem e os desperdícios, os salários das pessoas envolvidas nesses processos - e os dividendos que paga aos seus accionistas. Muitos confeccionistas adicionam uma margem ainda maior.

E, para muitos confeccionistas, houve pouca redução nos últimos 20 anos na margem que precisam para prestar os seus serviços. Assim sendo, será que o custo de confecção de vestuário vai ser a próxima área que as novas tecnologias vão revolucionar?

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Oportunidades on-line
É claro que em muitas indústrias, tal questão não vale realmente a pena ser colocada. A Amazon devastou livrarias especializadas, enquanto os supermercados e a Internet praticamente eliminaram as lojas de música convencionais. Os agentes de viagens são quase uma coisa do passado.

Mas a web teve até agora um efeito bastante diferente na venda de vestuário. De forma geral, as opções do consumidor aumentaram, tornou a compra de roupas mais conveniente e ajudou os confeccionistas a alcançarem os compradores que não conseguem chegar às lojas. Mas quase não diminuiu os custos de todo.

Para as vendas internas, o custo do correio ou entrega postal é geralmente mais caro do que manter uma loja numa localização privilegiada. Para a maioria das vendas externas, os clientes encontram-se frequentemente confrontados com uma conta que engloba direitos de importação, imposto de vendas e administração de entregas.

Confeccionistas e fornecedores de serviços têm trabalhado arduamente para tornar a aquisição de roupas via Internet mais uniforme. Mas é justo dizer-se que não existe qualquer indicação que, durante este século, uma Amazon ou Spotify possa implicar o desaparecimento iminente das lojas da Gap ou Zara.

Estaremos todos  perdendo algo gritantemente óbvio? Deve haver certamente algum empresário visionário chinês que, neste preciso momento, está construindo um armazém, onde trabalhadores com baixos salários reúnem encomendas de clientes via web, colocando-as em embalagens de transporte robustas, que serão expedidas por FedEx para que cheguem à caixa de correio de um cliente no Ohio, 24 horas mais tarde – tudo por apenas uma fracção do custo de funcionamento de milhares de lojas físicas.

Será que a fronteira final da indústria de vestuário vai ser a eliminação virtual dos custos de confecção?

Para pensar….

quarta-feira, 8 de junho de 2011

08/06 – Ciência na Industria Têxtil e de Confecção

Criadores da indústria têxtil estão tentando transformar a arte da moda em ciência pura. A química orgânica, a nanotecnologia, a termoeletricidade e a própria moda estão contribuindo para que, no futuro, as roupas possam gerar eletricidade, limpar o ar e até proteger a saúde dos seres humanos. Confira uma lista dessas roupas que, em alguns casos, continuam estilosas:

Roupa à prova de fogo

Feito de uma fibra especial, o macacão criado pela companhia Lamination Technologies, nos Estados Unidos, resiste à temperatura de 982 ºC. O modelo com somente uma camada de tecido protege o usuário de queimaduras sérias por cerca de 7 segundos. Se ele optar por usar o de duas camadas, vai estar protegido do fogo por 12 segundos. Assista abaixo ao vídeo em que um boneco testa a roupa especial:

Roupa resistente ao fogo

 

Casaco à prova de água e de raios UV
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Roupa impermeável não é novidade. Mas pesquisadores da Northeast Normal University, na China, inventaram a jaqueta que, além de bloquear a água, protege também sua pele dos raios ultravioleta. A base de algodão revestida com óxido de zinco dá à roupa esta capacidade, e o silicone sobre os revestimentos a torna impermeável.

Conversão de ondas sonoras em energia
Alunos da American University of Sharjah, nos Emirados Árabes, estão tentando criar eletricidade a partir de muito barulho. A investida é nos materiais piezoelétricos, que geram tensão quando neles é aplicada uma pressão. O som, especialmente em ambientes barulhentos, pode induzir pressão suficiente para criar uma pequena voltagem, capaz de carregar um celular, por exemplo. Segundo os alunos, quando pronto, esse gadget pode ser incorporado em roupas ou sapatos.

Sapato elétrico
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Pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, estão trabalhando em uma bota que, com o andar do usuário, pode produzir até 1 watt de potência. O gerador (foto acima) tem tamanho de apenas 10 cm e é feito a partir de elastômeros dielétricos, materiais elásticos capazes de gerar eletricidade quando são esticados. O seu custo de fabricação é de apenas US$ 3,70.

Roupa movida a calor humano

Denominado de The Solar Soldier (o soldado solar, em tradução livre), o conceito se baseia em uma roupa com propriedades termoelétricas e fotovoltaicas para gerar energia. Os criadores, que são do Reino Unido, afirmaram que o sistema pode fornecer energia continuamente para rádios, GPS e armas, por exemplo, mas pesando metade do que pesam as baterias tradicionais. E adivinhem o que o alimenta? Calor humano e energia solar.

Calças purificadoras

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A designer britânica Helen Storey tem trazido a ciência para a moda com a ajuda de sua irmã, que é cientista. Em outubro de 2010, ela lançou um vestido cujo desenho lembra os tubos bronquiais do corpo humano. O objetivo era ilustrar que as roupas podem também eliminar os poluentes do ar. Neste ano, Helen apostou nos jeans, aos quais foram incorporadas propriedades catalíticas que também ajudam a purificar o ar.

Moda autolimpante

Não seria ótimo se as roupas se limpassem sozinhas? Pesquisadores australianos estão cuidando disso. Fibras naturais, como lã, seda e linho, foram revestidas com nanopartículas de dióxido de titânio – usado normalmente em pinturas e nos protetores solares. Quando as manchas são expostas à luz solar, o elemento decompõe a matéria orgânica e deixa o tecido intacto.

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Uniformes de games
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A Philips está criando um tecido flexível preenchido com LED’s, que será lançado no fim do ano. Segundo os criadores, a camiseta pode ser vendida a US$ 100. Os símbolos não parecem personagens do Super Mario Bros.?

FONTE: Galileu

sexta-feira, 3 de junho de 2011

03/06 - Alta no algodão encarece o vestuário em até 30%

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Inflação de 48% no último ano do popular material afeta novas coleções têxteis repassam parte do custo para roupas de inverno; importações da China crescem 33% entre janeiro e abril

Com a alta histórica no preço do algodão, a coleção de roupas Verão 2012, exibida a partir desta semana nas passarelas do Fashion Rio, começa a chegar às lojas em agosto com preços entre 10% e 20% maiores do que os do ano passado.

Seis em cada dez peças fabricadas pelas empresas têxteis brasileiras são feitas de algodão ou têm, em maior parte, essa matéria-prima em sua composição.

Pressionadas pelo custo do algodão -que chegou a subir 248% no mercado entre 30 de setembro de 2009 a 15 de março deste ano e 48% nos últimos 12 meses-, confecções de pequeno a grande porte do país reajustam os preços pela segunda vez com a nova coleção.

Parte delas já havia repassado o custo da matéria-prima para a coleção de inverno. As peças dessa temporada ficaram, em média, 15% a 18% mais caras do que as da mesma coleção em 2010.

"A indústria têxtil repassa somente em parte o custo da matéria-prima e carrega em parte esse custo. A coleção de inverno foi produzida com o algodão no pico de seu custo. E a de verão foi negociada com os preços ainda elevados", diz Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ABIT, associação que reúne a indústria têxtil e de confecção.

Responsável pela coleção da R.Groove, marca que surgiu em 2007 e participa pela quinta vez do Fashion Rio, Rique Gonçalves afirma que, além dos problemas de custo, as grifes também tiveram de enfrentar falta de insumos neste ano.

"A moda verão é feita praticamente 90% de algodão, não há como substituir esse material, como se faz no inverno. Como a demanda estava aquecida, alguns fornecedores atrasaram a entrega. A disputa para conseguir comprar mais lotes de algodão foi maior neste ano", afirma o designer.

As peças da R.Groove estão entre 10% e 15% mais caras do que os preços da coleção de verão passada, segundo Gonçalves.

"O setor já enfrenta problemas com impostos elevados, escassez de mão de obra. Essa questão da matéria-prima só empurra as empresas para trazer cada vez mais produtos de fora."

Na Cotton de Fadas, da designer Cristina Daher, os preços de algumas peças foram reajustados em até 30%. "Não tenho como absorver o custo do algodão porque minha produção é pequena."

PREOCUPAÇÃO

O aumento das importações de produtos têxteis -em sua maior parte da China- é uma das maiores preocupações do setor, segundo a ABIT. De janeiro a abril deste ano, as importações cresceram 33%, enquanto as exportações aumentaram 5,8%.

"A previsão de déficit na nossa balança comercial é da ordem de US$ 5 bilhões. Isso mostra enfraquecimento da indústria e nos preocupa", diz o presidente da ABIT.

Fonte: ABIT / Folha de S. Paulo