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quinta-feira, 28 de abril de 2011

28/04 - Depois dos BRICs, agora é a vez dos CIVETS


Da mesma forma que os países do BRIC (Brasil, Russia, India e China), os mercados que compõem o CIVETS – Colômbia, Indonésia, Vietnam, Egito, Turquia e África do Sul – são destinos relevantes às empresas de moda globais na sua rota expansionista.


Saiba porquê pela voz de quem conhece.


Depois de ter revelado as vantagens dos BRIC na estratégia de internacionalização das cadeias de varejo de moda, Ira Kalish, diretor de economia global da Deloitte Research, analisou os mercados que compõem o Civets.



Colômbia
"Este é o único país na América do Sul que não teve muita atenção na última década", afirmou Kalish. "A Colômbia não recebeu a atenção que Brasil, Argentina e Chile receberam porque decorria uma guerra contra a droga e era um lugar perigoso", explicou.
"Agora mudou, a guerra contra a droga foi amplamente vencida e é seguro instalar-se nas principais cidades do país. As Cadeias estrangeiras estão agora olhando para a Colômbia como uma nova fronteira. É um lugar relativamente jovem, onde o crescimento econômico está acelerando e existe muitos frutos para colher. Há uma grande população e o crescimento da classe média deverá ser significativo", concluiu o diretor de economia global da Deloitte Research sobre a Colômbia.


Indonésia
"A Indonésia é frequentemente chamada de o quinto BRIC, e está evoluindo razoavelmente bem, com mais de 200 milhões de habitantes e uma população relativamente jovem", disse Kalish. "Também aqui existem muitos frutos para colher, mas não é ainda um setor de varejo muito moderno. Esteve à beira disso no final dos anos 90, antes de ser atingida por uma grande crise financeira na altura em que as grandes Cadeias do varejo, incluindo Wal-Mart e JCPenney, saíram do mercado. Mas o Carrefour permaneceu. O país parece agora ser mais estável do que era. É uma democracia e a economia está evoluindo bem. Está em parte dependente do petróleo, mas também possui produção, por isso as perspectivas econômicas para a Indonésia são muito boas".


Vietnã
"Este mercado é frequentemente comparado com a China de há 20 ou 25 anos atrás e está crescendo muito rapidamente", explicou Kalish. "É ex-comunista, mas tem se orientado para o mercado. No entanto, há algumas questões sobre como rápida as autoridades estão dispostas a fazer essa mudança de orientação", prosseguiu.
"Já no ano passado, houve controle de preços, atitude anti-mercado, mas ainda assim o crescimento da economia está atraindo um grande número de investimentos estrangeiros, tanto na fabricação como no varejo", revelou o diretor de economia global da Deloitte Research. "O país tem um setor de varejo muito fragmentado. Na cidade de Saigão, por exemplo, existem 2.000 mercados e 6.000 cadeias independentes e ainda assim a maior cadeia no Vietnã possui apenas 70 lojas. Portanto, existe claramente uma grande fragmentação, mas a possibilidade das cadeias estrangeiras entrarem e desenvolverem algo é muito interessante".



Egito
"Já se falava sobre o Egito muito antes da revolução, pois desde há alguns anos o país tem tido um desempenho econômico muito bom", referiu Kalish. "O Egito não teve recessão quando esta ocorreu no resto do mundo. Mas um dos problemas foi que todo este crescimento econômico estava acumulado no estrato superior da sociedade, como costuma acontecer, criando ressentimentos. Agora, após a revolução, existe alguma incerteza sobre para onde irá o Egito a partir daqui. Poderá ser uma democracia estável, com um forte crescimento econômico ou poderá deslocar-se na mesma direção do Irã, após a sua revolução".
O diretor de economia global da Deloitte Research considera que "esta incerteza vai provavelmente afastar os investimentos estrangeiros, mas o Egito tem potencial para ser um mercado de varejo muito atraente e a possibilidade de um crescimento econômico razoavelmente forte".



Turquia
Segundo Ira Kalish, trata-se de uma economia que "tem registrado um desempenho muito bom. Obviamente que possui laços estreitos com a Europa, embora provavelmente não venha a ser um membro da União Europeia num curto espaço de tempo. Tem acesso relativamente livre a esse mercado, o que lhe dá vantagem". Kalish afirmou ainda que "Istambul também se tornou um centro de negócios para a Ásia Central e o Médio Oriente e a política econômica tem sido muito boa. A Turquia tem suprimido a inflação, possui uma boa política fiscal e está aberta aos investidores estrangeiros. O país possui um setor muito moderno e regional (sem depender da importação) no varejo – por isso é claramente um mercado muito atraente no futuro".



Turquia: o mundo está de olho nos países em desenvolvimento


África do Sul
"A África do Sul tem atraído muita atenção ultimamente porque a Wal-Mart está entrando no mercado", revelou Kalish. "Isso porque a África em geral está começando a atrair investidores, pela primeira vez em 50 anos. Grande parte da África Subsaariana registrou um crescimento econômico quase nulo na última metade do século passado", acrescentou.
"É notável considerar o fato de que há 50 anos o rendimento per capita no Quênia era mais ou menos como o da Coreia do Sul. Hoje em dia, a Coreia do Sul é um país muito rico e o Quênia é um país muito pobre, por isso a África simplesmente não cresceu. No entanto, isso está mudando e, nos últimos cinco anos, temos visto um crescimento econêmico significativo em toda a África Subsariana. Eu acredito que vamos ver mais investimento estrangeiro no mercado Sul-Africano de varejo", concluiu o diretor de economia global da Deloitte Research na sua análise sobre o Civets durante a Retail London Conference, que teve lugar no início deste mês na capital britânica.


Fonte: http://textileindustry.ning.com e www.portugaltextil.com

quinta-feira, 14 de abril de 2011

14/04 – A vantagem competitiva

 

Ainda encontramos adeptos do velho ditado “quem tem a informação tem o poder”, mas cada vez menos.
Fico feliz quando em alguns projetos damos saltos tecnológicos, mas também atento para que os gestores tenham consciência que aquela vantagem competitiva não será duradoura.
Todos os avanços tecnológicos serão repassados ao mercado, rapidamente, pois constituem os diferenciais competitivos dos fornecedores.
Empresas, cujas culturas estão voltadas ao aprendizado e evolução, sabem que o mercado é sábio e encontra usos inimagináveis para seus materiais e máquinas.
Gosto da complexidade da palavra serendipty, pois nos alerta para o óbvio: atenção aos fatos!
Ainda que a palavra defina as descobertas ao acaso, na realidade estas ocorrem por observação, pois a análise de algo inesperado é que leva ao seu aproveitamento.
Um pequeno exemplo de grande efeito, com alguma história e um pouco de lenda:
Em 1894, o médico John Harvey Kellogg era superintendente do Battle Creek, hospital para tratamento de doenças crônicas em Michigan.
Ele e seu irmão, Will Keith Kellogg, adventistas do sétimo dia, estavam procurando alimentos saudáveis para dar aos pacientes, que também respeitassem a dieta vegetariana.
Will ao preparar a massa de trigo para fazer granola deixou uma quantidade descansando. Quando foi utilizá-la viu que estava ressecada. Poderia tê-la jogado fora, mas não o fez.
Aqui está o primeiro diferencial.
O que você teria feito?
John e Will resolveram afiná-la nos cilindros para fazer folhas para massa de pão. O resultado foram flocos. Novamente não a jogaram fora.
Segundo diferencial.
O que você teria feito?
Assaram os flocos e estes foram muito bem aceitos pelos pacientes. Tiveram a coragem de fazer a experimentação. Terceiro diferencial.
O que você teria feito?
Patentearam o produto com o nome de Granose. Acreditaram no futuro da descoberta. Quarto diferencial.
O que você teria feito?
Experimentaram, então, fazer os flocos com vários grãos, inclusive milho, e em 1906, Will criou a empresa Kellogg’s para vender os corn flakes. Apostaram na idéia! Quinto diferencial.
O que você teria feito?
John recusava-se a continuar na sociedade porque Will ao adicionar açúcar à massa reduzira os benefícios do cereal à saúde. Apesar do descontentamento continuou. Sexto diferencial.
E você, o que teria feito?
Bom, não é necessário falar sobre o sucesso da idéia, não é verdade?
Ora, mas hoje não estão sozinhos no mercado, outra verdade não?
Este é apenas um exemplo, entre tantos outros. Algumas idéias foram superadas, outras caíram em desuso, apesar de terem gerado fortunas.
É a velha história da manteiga ou margarina. Você encontrará defensores e acusadores para os dois produtos. A questão não se resume a quem tem razão, mas a quem tem os melhores argumentos.
Assim é feito o julgamento no mercado e se desenvolve a motivação para compra.
Quando produtos similares e substitutos concorrem para conseguir a atenção dos consumidores, a vantagem está com quem erra menos.
Neste momento, quem errar menos na exposição dos argumentos conseguirá nos vender uma esteira.
Ocorre que todos são muito parecidos, por isso temos protelado a compra!

Fonte: Ivan Postigo / www.ogerente.com.br

domingo, 3 de abril de 2011

03/04 - Adolescente britânico cria jeans que é 'tocado' como uma bateria

Um adolescente britânico venceu um prêmio de engenharia depois de criar uma calça jeans que pode ser “tocada” como uma bateria.

O jeans de Aseem Mishra, de 17 anos, tem sensores. Basta bater os pés nos chão ou bater nas coxas e joelhos para tocar o instrumento musical.

Aseem Mishra ganhou prêmio por calça jeans com bateria

Aseem Mishra ganhou prêmio por calça jeans com bateria

Segundo ele, a calça tem oito sensores diferentes, cada um responsável por reproduzir um som. Com um cabo, a calça é ligada a uma mochila, onde há circuitos que fazem o som ser amplificado.

Pela invenção, Mishra ganhou um troféu e um prêmio de mil libras (cerca de R$ 2,6 mil) em uma feira de jovens inventores em Londres.

Esta não foi a primeira vez que o adolescente ganhou um prêmio por uma invenção. Em 2010, Mishra foi premiado ao apresentar uma bateria em que cada parte acende quando é tocada.

Fonte: www.bbc.co.uk/portuguese

Boa semana a todos!!!