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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

26/10 - Estática dá nova dinâmica às roupas eletrônicas

 

A energia gerada pelo material piezoelétrico é reforçada pelos efeitos eletrostáticos, gerando uma tensão e uma corrente significativamente maiores. [Imagem: Kim et al./EDES]

MODA ELETRÔNICA

Os tecidos inteligentes, ou e-tecidos, estão entre os conceitos mais promissores quando o assunto é deixar os equipamentos eletrônicos verdadeiramente portáteis.

De um lado, a eletrônica flexível tem avançado rapidamente, já podendo contar não apenas com fios de algodão que transmitem eletricidade, mas também com transistores de algodão eletrônico.

De outro, o problema é alimentar a eletrônica incorporada nas roupas, o que tem sido feito comnanogeradores, baterias flexíveis e roupas capazes de armazenar eletricidade nas próprias fibras.

Foi neste setor da eletrificação que pesquisadores coreanos conseguiram o avanço mais recente nesse emergente campo da "moda eletrônica".

Híbrido estática-piezoelétrico

Hyunjin Kim e seus colegas da Samsung conseguiram reunir os materiais piezoelétricos - que geram energia a partir do movimento da pessoa que usa a roupa eletrônica - com materiais que capturam a eletricidade estática, que também se acumula com o movimento da roupa.

Nesse sistema híbrido, a energia gerada pelo material piezoelétrico é reforçada pelos efeitos eletrostáticos, gerando uma tensão e uma corrente significativamente maiores.

A parte piezoelétrica usa os já tradicionais nanofios de óxido zinco, usados na maioria dos nanogeradores.

Os nanofios foram incorporados em uma malha feita com fibras artificiais - o tecido propriamente dito - recobertas com prata e, a seguir, com uma película de polietileno.

Eletrizante

Os nanofios piezoelétricos produzem eletricidade quando o tecido da roupa é movimentado, flexionando os nanofios.

Já a eletricidade estática é gerada pelo movimento entre o filme de polietileno e as fibras revestidas com prata.

Com um pedaço de tecido eletrônico de alguns centímetros quadrados, os pesquisadores produziram uma corrente de 2,5 mA, a uma tensão de 8 volts, largamente superior a qualquer outro dispositivo similar.

No experimento de demonstração, o e-tecido gerou energia suficiente para alimentar uma tela de cristal líquido de 9 x 3 centímetros e um LED.

Bibliografia:
Enhancement of piezoelectricity via electrostatic effects on a textile platform
Hyunjin Kim, Seong Min Kim, Hyungbin Son, Hyeok Kim, BoongIk Park, JiYeon Ku, Jung Inn Sohn, Kyuhyun Im, Jae Eun Jang, Jong-Jin Park, Ohyun Kim, SeungNam Chax, Young Jun Park
Energy & Environmental Science
Vol.: 5, 8932
DOI: 10.1039/c2ee22744d

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

terça-feira, 23 de outubro de 2012

23/10 - Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira

Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira
Um material praticamente transparente, que absorva a luz visível e deixa de fora o calor é um sonho longamente perseguido pelos cientistas. [Imagem: Ghenuche et al./PRL]
Nanotela
Ela é literalmente uma peneira, ou uma tela, construída com fios muito finos, de forma a criar uma malha muito precisa.
É claro que, dadas as dimensões, tudo deveria receber o prefixo nano: nanopeneira, nanotela, nanofios e nanomalha.
Mas o que importa é que a nanopeneira tem 15% de sua área coberta pelos fios, sendo 85% espaços vazios.
Ainda assim, ela consegue bloquear quase 100% da luz de um comprimento de onda específico que incide sobre ela.
A nanotela foi criada por Petru Ghenuche e seus colegas do Laboratório de Fotônica e Nanoestruturas em Marcoussis, na França.
Segundo eles, é uma "nanotela fotônica", com possibilidades de aplicações em todos os campos da óptica, incluindo filtros de luz e sensores.
Rede de Bragg
Embora pareça absolutamente estranho que um material que é quase todo espaço vazio possa bloquear a luz, essa possibilidade havia sido teorizada há vários anos.
A grande dificuldade era tecnológica, ou seja, como construir o material que os teóricos haviam calculado, o que exige uma precisão muito grande.
A nanotela foi construída com fios de nitreto de silício muito uniformes, medindo 500 nanômetros de espessura e postos paralelamente a uma distância de 3 micrômetros um do outro.
O resultado é uma espécie de "rede de Bragg", pequenas grades difrativas usadas para manipular a luz em diversas situações - a diferença é que a nanotela é 2D, enquanto as redes de Bragg são 3D.
Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira
Um dos espelhos mais eficientes já construídos é baseado em uma rede de Bragg. [Imagem: Michael Huang/UC Berkeley]
Espalhamento da luz
O princípio de funcionamento da nanotela também difere de outras formas de manipulação da luz em nanoescala, que geralmente utiliza fios e superfícies metálicas para tirar proveito dos plásmons de superfície.
A nanotela, que é feita de um material semicondutor, funciona como um cristal, com os fios agindo como uma camada atômica que interfere com a luz.
A luz incidente inicialmente é refletida por um nanofio; a seguir, o resultado dessa reflexão é refletido pelos nanofios ao redor, e assim por diante.
Isso cria ondas de interferência construtiva que multiplicam o processo de espalhamento da luz no plano da nanotela, impedindo a passagem da luz de um comprimento de onda específico.
Tapando as cores da luz
A configuração fabricada pelos pesquisadores é precisa para bloquear a luz infravermelha, que é quase inteiramente refletida pelo material.
Assim, não é de todo correto afirmar que a nanopeneira pode "tapar o Sol", uma vez que cada configuração vai bloquear um comprimento de onda específico.
Mas um material praticamente transparente, que possa absorver a luz visível e deixar de fora o calor, é um sonho longamente perseguido pelos cientistas.
Além de filtrar a luz, isso torna possível, por exemplo, evitar danos a células solares ou permitir a criação de janelas de vidro que deixem passar a claridade, mas não o calor.
Como o processo de fabricação da nanopeneira é complicado e delicado, essas aplicações mais corriqueiras terão que esperar por técnicas mais práticas.
Bibliografia:
Optical Extinction in a Single Layer of Nanorods
Petru Ghenuche, Grégory Vincent, Marine Laroche, Nathalie Bardou, Riad Haidar, Jean-Luc Pelouard, Stéphane Collin
Physical Review Letters
Vol.: 109, 143903
DOI: 10.1103/PhysRevLett.109.14390

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

26/09–Qual tecido gera maior impacto ambiental?

O que gera mais impacto em termos ambientais, uma peça de roupa feita com polipropileno ou uma produzida com algodão? E entre o poliéster e a lã? Sim, como em todas as perguntas cuja resposta soa óbvia, a correta é a opção que “parece absurda”: a de algodão e a de lã, nas comparações acima. Pelo menos é o que afirma um levantamento feito pelo Sustainable Apparel Coalition (SAC), um grupo de empresas ligadas ao ramo calçadista e de vestuário que se associou a organizações sem fins lucrativos para criar e implementar um índice do desempenho ambiental e social de roupas e calçados. Trata-se de uma iniciativa espontânea, financiada pelas próprias empresas, que conta com mais de sessenta membros, dentre os quais estão grandes fabricantes e varejistas, como Adidas, DuPont, Coca-Cola, Levi´s, Nike e Walmart.

Lançada em julho de 2012, essa versão 1.0 do Índice Higg é focada nos aspectos ambientais, com avaliação das seguintes categorias: uso da água, energia e gases do efeito estufa, resíduos sólidos e toxicidade química. Na versão de 2013 serão incorporadas medidas dos impactos sociais e trabalhistas. O indicador tem por objetivo:

  • Compreender e quantificar os impactos, em termos de sustentabilidade, da indústria de roupas e calçados.
  • Reduzir fortemente a redundância nos cálculos de sustentabilidade nesses setores.
  • Agregar valor aos negócios pela redução do risco e resgate da eficiência.
  • Criar canais comuns para comunicação do tema da sustentabilidade entre as partes interessadas (“stakeholders”)

Ainda que os dados sejam públicos, basta preencher um cadastro simples para recebê-los, o índice vai servir neste primeiro momento sobretudo às empresas ligadas à cadeia de produção e distribuição, que podem usá-lo para como ferramenta para identificar oportunidades de melhora e inovação. Uma medida de fácil compreensão para os consumidores—como a adotada para os aparelhos elétricos, que trazem uma tabela classificadora do gasto de energia— está nos planos da SAC, embora a data de lançamento ainda não tenha sido estabelecida. “Esta ferramenta permite que nossas equipes percebam como melhorar nossa cadeia de produção e, ainda mais importante, como reduzir nosso impacto ambiental”, afirma Scott Lecel, diretor de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da varejista Target no comunicado de lançamento do Higg.

Veja abaixo a pontuação de alguns itens.

Higg

Fonte:|http://www.bmfbovespa.com.br/novo-valor/pt-br/na-sua-vida/2012/Empr...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

23/08 - Gastos da classe “C” com vestuário devem chegar a R$ 55 bi

Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que consumo no setor teve um crescimento de mais de 153% em 10 anos

Vendedora

Maior volume de vendas deve ser registrado no Sudeste

Rio de Janeiro - Os gastos da Classe C com moda tiveram um crescimento de 153,2% entre 2002 e 2012, saltando de R$ 22 bilhões para R$ 55 bilhões, segundo dados do Instituto Data Popular. De acordo com o estudo, o maior consumo deste ano deve ser registrado no Sudeste (48%), seguido pelo Nordeste (19%), Sul (18%), Centro Oeste (7,9%) e Norte (7,5%).

No comparativo entre classes, a C aparece em segundo lugar em volume de compras, com 46%. Em primeira colocação aparece a AB, com 37,6% e, em terceira, a DE, com 16,4%. Entre os gêneros, as mulheres saem na frente quando o assunto é interesse por moda (80,5%), contra 54,8% dos homens.

Quando questionados sobre a frequência com que adquirem novas roupas, 51,4% dos integrantes da Classe C afirmaram fazê-lo uma vez a cada três meses. Do total de entrevistados, 77,9% disseram buscar informações sobre moda antes de uma nova compra e 61,7% apontaram a preferência pelos shoppings centers.

Fonte:www.exame.abril.com.br

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

08/08 – Salários sobem na China, mesmo com fraco crescimento mundial

china

Os salários ainda estão aumentando na China e muitas empresas têm dificuldade para preencher suas vagas, apesar do declínio acentuado na economia - evidência de uma escassez estrutural de mão de obra que pode ajudar o país a ajustar-se ao crescimento mais lento sem instabilidade política e estimular o apetite do consumidor por produtos estrangeiros.

Refletindo o aperto na oferta de mão de obra, os salários das famílias urbanas aumentaram 13% no primeiro semestre ante um ano atrás, e a média do salário mensal de trabalhadores migrantes subiu 14,9%, de acordo com dados do Órgão Nacional de Estatística da China. Uma pesquisa do Ministério do Trabalho em 91 cidades no primeiro trimestre mostrou que a demanda por trabalhadores excedeu a oferta num nível recorde, indicando um baixo desemprego.

A escassez de trabalhadores, que contrasta com o nível preocupante do desemprego nos Estados Unidos e na Europa, ajuda a explicar por que Pequim não corre para repetir os programas de estímulo maciços que pôs em prática em 2009. Naquela época, o colapso do comércio mundial forçou demissões em larga escala nas fábricas ao longo da costa, e cerca de 20 milhões de trabalhadores migrantes voltaram para o interior. Os temores de agitação social que isso gerou levaram o governo a gastar generosamente com ferrovias para trens-bala, estradas e outros projetos de estímulo ao crescimento.

Até agora, a desaceleração não se mostrou tão severa quanto em 2009, quando a economia mundial mergulhou na recessão. Sheng Laiyun, porta-voz da Agência Nacional de Estatística, disse que cerca de 6 milhões de novos empregos foram criados nas cidades chinesas no primeiro semestre e os números do emprego de migrantes também subiram.

Mas salários em alta também têm os seus riscos. Na China, os salários ainda estão partindo de uma base muito baixa, mas sobem depressa. Às taxas atuais, os salários do setor privado de manufatura vão dobrar entre 2011 e 2015, e triplicar até 2017, corroendo a competitividade e prejudicando as exportações, que tiveram um papel fundamental no crescimento inicial da China. De fato, a Boston Consulting Group calcula que os salários na China podem ultrapassar os do México neste ano, levando em conta as diferenças de produtividade entre os dois países.

A transição para uma economia de altos salários, onde a produção do setor de serviços e o consumo doméstico têm um papel maior, não será tão linear. Ainda há decisões difíceis a tomar, incluindo a abertura de partes críticas do setor de serviços - como bancos e telecomunicações - a uma concorrência maior. Algumas decisões requerem confrontar grupos de interesse poderosos, como empresas estatais e governos locais. O processo vai se desenrolar por anos.

Os resultados terão consequências para aqueles que ganham e perdem com as rápidas mudanças na economia da China. O mesmo aumento nos salários que começou a elevar os preços dos produtos chineses no mercado mundial também deve erguer a demanda por bens de consumo importados. Os maiores beneficiados com o rápido crescimento chinês têm sido exportadores de commodities como a Austrália, rica em minério de ferro, e fabricantes de máquinas avançadas como a Alemanha. No futuro, os produtores de bens de consumo de primeira linha nos EUA e na Europa poderiam ganhar uma fatia maior do bolo.

O movimento de alta salarial vem sendo moldado por mudanças na população e nas políticas do governo. O tamanho da força de trabalho se estabilizou, dizem os demógrafos, e começará encolher na metade da década, acirrando a competição por trabalhadores. A China se comprometeu a aumentar substancialmente o salário mínimo, o que pressiona os empregadores a subir os salários dos funcionários mais qualificados. Também subiram as indenizações aos demitidos. Isso desencoraja demissões, a não ser que haja uma queda drástica nos negócios.

No passado, o crescimento estonteante do Produto Interno Bruto (PIB) - numa média de 10% ao ano nos últimos 30 anos - foi necessário para criar empregos para os milhões de jovens trabalhadores que inundavam o mercado todo ano. Agora, esse fluxo está perdendo fôlego, no mesmo momento em que a China passa a priorizar o crescimento do setor de serviços.

Essa dinâmica ajuda a explicar por que há poucos casos de demissões, ainda que o crescimento do PIB tenha sido de 7,6% no segundo trimestre de 2012, quase metade do pico de 14,8% atingido no segundo trimestre de 2007. Explica também por que os líderes chineses parecem mais otimistas quanto a um crescimento mais lento. "A taxa de crescimento potencial da China diminuiu", disse Chen Dongqi, um experiente pesquisador do governo, acrescentando que "7% a 8% agora é o normal".

O desemprego oficial da China foi de 4,1% no fim do primeiro trimestre, embora os dados cubram somente os trabalhadores urbanos e sejam considerados pouco confiáveis pela maioria. A taxa nos EUA foi de 8,2% em junho, sendo que os salários cresceram 1,7% no primeiro trimestre de 2012 comparado com um ano atrás. Na zona do euro, o desemprego atingiu 11,1% em maio, o nível mais alto desde a criação da moeda comum.

O vigor do mercado de trabalho na China vem das profundas mudanças demográficas. A política do filho único, introduzida no país em 1980, está começando a corroer o suprimento de trabalhadores. Em 2005, havia 120,7 milhões de chineses entre 15 e 19 anos de idade, segundo estimativas das Nações Unidas. Em 2010, esse número tinha caído para 105,3 milhões, e deve chegar a 94,9 milhões até 2015. (Colaboraram Kersten Zhang e Olivia Geng).

Fonte: Autor(es) - Tom Orlik e Bob Davis | The Wall Street Journal, de Pequim

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

03/08 - Calça com bateria que aquece as pernas é arma secreta de ciclistas

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Calça Adipower, da Adidas, usada por britânicos do ciclismo de pista em Londres
Em qualquer esporte, competir com a musculatura aquecida é essencial para garantir a performance, principalmente nas categorias de elite. A equipe britânica que disputa as provas de velódromo nos Jogos de Londres, apontada como favorita, vai contar com uma “arma secreta” durante a competição: as calças Adipower, da marca Adidas, já apelidadas de “hot pants” (calças quentes).
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As hot pants garantem temperatura de 38 graus centígrados nas pernas
As calças contam com um aquecedor alimentado a bateria criado com o objetivo de manter as pernas aquecidas a 38 graus centígrados. As peças exclusivas são parecidas com calças acolchoadas; a diferença é que há filamentos para levar o calor aos pontos certos.
O produto foi desenvolvido em parceria com a federação de ciclismo britânica e a Universidade de Loughborough. Segundo o fisiologista inglês Jonathan Leeder,  o objetivo é manter a temperatura muscular após o aquecimento para garantir que os ciclistas iniciem a prova com uma temperatura maior na massa muscular do que seus concorrentes. “Sabemos o quanto a temperatura muscular é importante durante uma corrida de velódromo para os atletas de elite”.
O medalhista olímpico Sir Chris Roy e as ciclistas Victoria Pendleton e Laura Trott estão entre os atletas que vão usar as hot pants durante as provas de pista, que estão sendo disputadas entre os dias 2 e 5 de agosto.
Veja mais neste vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=l7DPB0LQr5c&feature=player_embedded
Fonte: Textileindustry.ning.com



terça-feira, 5 de junho de 2012

05/06 – Produção têxtil e de vestuário pode estar retornando às Américas

Na primeira edição da Texprocess Americas, a feira de processamento de têxteis e materiais flexíveis, o grande tema de discussão foi à volta da produção de vestuário ao Ocidente, com muitos visitantes interessados em equiparem-se com novas tecnologias para fazer face ao futuro.

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Um dos temas mais quentes na mais recente edição da Texprocess Americas em Atlanta, além dos avanços tecnológicos em exibição, foi à perspectiva de pelo menos algumas das operações de confecção regressar ao hemisfério ocidental.

Muitos expositores revelaram terem tido conversas com os clientes em relação a este cenário. Muitos se mostraram também interessados em avanços na automação para retirar parte dos custos de produção da confecção.

Mesmo que parte desta produção possa voltar aos EUA, os vendedores de máquinas acreditam que a migração irá acontecer primeiramente mais para o sul. “Penso que é seguro afirmar que uma parte significativa da confecção estará de volta ao Ocidente, mas a sua primeira parada será na América Central e do Sul”, sublinha Harry Berzack, da Fox Company, uma empresa fornecedora de equipamento de corte e costura sediada em Charlotte, na Carolina do Norte.

"Não vejo nenhum sinal de regresso aos EUA de um grande volume de artigos produzidos em massa que saíram. Mas além dos custos de produção, o país perdeu a sua fonte de trabalhadores de confecção, e ainda mais importante, os supervisores de linha, mecânicos de máquinas, Gerentes e Diretores, além de Engenheiros de Produção. Ouvi em várias ocasiões que as pessoas querem trazer de volta o trabalho, mas não conseguem encontrar mão de obra – isto numa economia com um desemprego tão elevado acrescenta.

Berzack acredita que a confecção que retornará, vai estar relacionada com vestuário de elevada qualidade e de preços mais altos para grandes marcas e algumas categorias de nicho, em vez da produção de jeans ou t-shirts em massa. “O fator limitativo pode, ironicamente, ser a disponibilidade de mão de obra. Talvez por isso vejamos tanto interesse em automação e na desqualificação do processo”, acrescenta.

Frank Henderson, presidente da Henderson Sewing de Andalusia, Alabama, indica que alguns clientes tinham um sentimento generalizado de não serem capazes de controlar o seu próprio destino com a produção asiática devido aos custos do transporte, aumento dos custos de produção e atrasos nos prazos de entrega. E revela que eles estão à procura da integração vertical, desde a produção do tecido à distribuição nas lojas, com pouca ou nenhuma intervenção humana. “Vários clientes disseram-nos que estão considerando mover a produção novamente para o hemisfério ocidental”, afirma Henderson. “Muitos mais clientes estão à procura de rapidez na chegada ao mercado fast fashion, com desenvolvimentos mais freqüentes e menos desembolso monetário à frente”.

Mike Fralix, presidente da Textile/Clothing Technology Corporation, faz comentários semelhantes. “Temos ouvido todo o ano, em relação à confecção, que as empresas estão repensando a sua estratégia de sourcing mundial. Não saindo deste mercado, mas reposicionando algum percentual de volta a este hemisfério: para o México, Colômbia e América Central, e acredite-se ou não, para os EUA. Tem sido mais conversa do que outra coisa, mas conversa é um indicador que as empresas estão começando a pensar e planejar”, considera.

A Gerber Technologies, que teve um dos stands mais movimentados na Texprocess, também observou esta tendência. “Estamos percebendo sinais de algumas pequenas produções regressarem aos EUA, retornando do Extremo Oriente”, destaca Bud Staples, vice-presidente de vendas para a América do Norte da Gerber Technologies. “A nossa equipa de vendas também começou a perceber parte do trabalho de design regressando aos EUA, sobretudo com empresas na Costa Oeste, que querem criar as suas próprias coleções e gerir produções de tamanho menor. “Estas empresas querem ganhar novamente o controle dos seus padrões para poderem assegurar um ajuste adequado”, acrescenta.

Forte participação de clientes americanos

Expositores, organização e visitantes pareceram todos satisfeitos com a feira, que incorpora a antiga SPESA Expo e fez a sua estréia nos EUA. A Texprocess decorreu em paralelo com a Techtextil North America, na sua nona edição. As feiras combinadas, organizadas pela Messe Frankfurt USA, atraíram mais de 6.800 pessoas ao Georgia World Congress Center.

“Foi já a 9.ª Techtextil North America, mas não me lembro de uma feira tão movimentada desde o primeiro minuto do primeiro dia”, sublinha Michael Jaenecke, diretor da Techtextil. “O feedback foi muito positivo no que refere à qualidade e quantidade de conversações de negócio. As razões são várias, entre as quais a recuperação da economia dos EUA, a combinação com a primeira edição da Texprocess Americas e o apoio das associações, a ATMA e a SPESA”, acrescenta.

Berzack afirma que houve uma forte participação de clientes americanos, mas as visitas da América Latina foram fracas. “A qualidade dos visitantes foi elevada e com participação de pessoas de decisão das empresas”, indica Berzack. “Muitos visitantes vieram para ver o que havia de novo e para onde a tecnologia está sendo direcionada. Pareceu-me que o principal interesse estava na tecnologia de enfesto e corte e não na costura. Se estiver correto, este é um sinal encorajador, já que o que é cortado mais tarde é costurado; e historicamente o corte tem muitas vezes sido o órfão no processo de produção”, explica.

Mark Hatton, diretor de marketing e administração de vendas da especialista em linhas de costura A&E, sedIada em Mount Holly, na Carolina do Norte, presente na Texprocess, ficou eufórico com os resultados da feira. “Destacamos três novas linhas de costura para vestuário desportivo que foram muito bem recebidas. A maior parte dos clientes indicou que o negócio está aumentando e pareceram otimistas. Talvez os preços mais baixos dos combustíveis estejam trazendo mais confiança às pessoas. Da perspectiva da A&E, os consumidores estão procurando tanto inovação, como os básicos. “Ouvimos falar muito de eficiência e automação”, revela.

A Merrow Sewing Machines escolheu Atlanta para lançar um novo produto. “Para a Merrow, a feira foi fantástica”, afirma o CEO, Charlie Merrow. “Tendo em conta que lançamos um novo ponto de costura, recebemos muita atenção. Temos trabalhado no novo ponto de costura overlock plano, o programa de marca para Activeseam e amostras há mais de um ano. Tendo em conta que o lançamento do programa em Atlanta foi tardio, acabou por ser o mais correto. “Foi uma feira suficientemente pequena onde pudemos passar tempo de qualidade com muitas pessoas”, destaca.

Maquinaria pesada foi coisa escassa na Techtextil North America, que agora incorpora os resquícios da ATME-I, que já não é uma feira independente. Mas máquinas e equipamentos menores, como equipamentos de teste, estiveram muito presentes. Estes incluem produtos de empresas como a SDL Atlas, que destacou o Drying Rate Tester, que determina as taxas de secagem dos tecidos. Este aparelho suscitou um particular interesse entre os visitantes da Techtextil North America. “Mede eletronicamente o tamanho de um tecido enquanto seca”, indica John Crocker, diretor de vendas para os EUA e Canadá da SDL Atlas. As empresas de artigos desportivos e produtores de vestuário estão entre os mercados alvo deste aparelho.

Fonte: www. portugaltextil.com

segunda-feira, 28 de maio de 2012

28/05 - Crise evidencia problemas domésticos da economia brasileira

Funcionário de companhia metalúrgica de São Paulo (Reuters/Arquivo)

Setor produtivo ainda tem infraestrutura precária

A deterioração econômica nos países desenvolvidos e a desaceleração da China revelam com maior nitidez fragilidades antigas da economia brasileira, como a falta de investimentos em infraestrutura e baixa competitividade industrial.

Aliados, esses fatores atravancam uma retomada mais robusta do crescimento, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

De acordo com a pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, os agentes do mercado financeiro revisaram para baixo as previsões de crescimento do PIB em 2012, de 3,09% para 2,99%.

Para os economistas, o Brasil não está imune ao revés causado pela piora da crise financeira internacional. O seu impacto nas contas do país, no entanto, deve ter efeito apenas "comedido".

Para os especialistas, a baixa produtividade e competitividade aliadas a deficiências de infraestrutura constituem alguns dos principais empecilhos para um crescimento mais robusto.

"É nesse momento que nossos pontos fracos, como uma taxa de investimentos em relação ao PIB ainda baixa, que não foram totalmente mitigados, acabam atravacando nosso crescimento", disse à BBC Brasil Francisco Lopreato, professor de economia da Unicamp, em São Paulo.

"A lógica é simples. Sem estradas de boa qualidade e uma baixa produtividade do trabalhador, o preço dos produtos brasileiros tende a ficar mais caro, perdendo espaço para os importados internamente e sofrendo concorrência acirrada no exterior, o que acaba por afetar nosso crescimento", afirmou Sílvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.

"A crise internacional tem sua parcela de culpa, mas se tornou um álibi do governo para explicar a letargia da economia”, disse.

 

Reformas

Para os economistas, o Brasil "desperdiçou a oportunidade" de realizar reformas essenciais em meio à bonança econômica durante o último governo. Na ocasião, a economia cresceu a patamares elevados, desafogando, por exemplo, o setor produtivo, que ainda sofre com uma infraestrutura precária.

"Com gargalos logísticos ainda não solucionados, além de problemas crônicos estruturais, como uma elevada carga tributária e uma poupança baixa, o Brasil dificilmente conseguirá manter um crescimento sustentável de sua economia", disse Campos Neto.

Na opinião dos analistas, o país precisa de reformas para aumentar o nível de produtividade e reduzir custos operacionais e no momento atual, de crise nos países desenvolvidos, deverá fazer isso com um fluxo de capital externo agora menor, o que torna o processo mais difícil.

O cenário estaria levando investidores a "pisar no freio" com relação aos aportes no país.

Por isso, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem, o Brasil encontra-se num patamar diferente do que há quatro anos, quando atravessou, sem grandes sobressaltos, o início da crise financeira internacional.

Com as exportações brasileiras afetadas pela queda no preço internacional das commodities e o consumo interno com menor espaço para crescer devido a níveis mais altos de endividamento das famílias e inadimplência, o país teria agora sua "capacidade de manobra" reduzida para ensaiar uma retomada da economia.

Analistas também destacam a pauta limitada de exportações brasileiras, compostas sobretudo por commodities de baixo valor agregado, como soja e carne.

 

Grécia e China

Além das incertezas trazidas pela crise europeia, sobretudo com o risco de saída da Grécia da zona do euro, outro fator de grande preocupação para o Brasil é a desaceleração da China.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil e o principal comprador de commodities brasileiras. A alta nos precos e a voracidade chinesa explica, em grande parte, o crescimento registrado na economia nacional nos últimos anos.

Para contornar a baixa no comércio internacional e a queda nas exportações, o governo tem adotado várias medidas para estimular o consumo e impulsionar o crescimento.

Na última semana, foi anunciada uma redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, em até sete pontos percentuais, dependendo do tipo e da cilindrada do veículo.

O governo também reduziu o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito ao consumo e liberou compulsórios dos bancos com vistas a estender e baratear as linhas de financiamento.

Fonte: http://www.bbc.co.uk

segunda-feira, 7 de maio de 2012

07/05 - Tecido antimancha expulsa sujeira e suporta máquina de lavar

Tecido antimancha expulsa sujeira e suporta máquina de lavar

 

 

 

 

 

 

 

 

Nanopartículas de areia funcionalizadas curam-se sob a ação de luz ultravioleta para "amarrar" as camadas antimancha, deixando o tecido muito mais resistente às lavações. [Imagem: Zhao et al. / Langmuir]

Tecido antimancha lavável

Tecidos antimancha podem ser encontrados no mercado sem muita dificuldade.

Mas agora está surgindo uma nova geração de tecidos à prova de sujeira que não são apenas repelentes: eles possuem uma estrutura que atua ativamente contra as manchas.

O novo revestimento mostrou-se capaz não apenas de repelir, mas de expulsar, sujeiras como graxa, cola e outras substâncias grudentas, e até ácidos.

E com uma grande vantagem: o novo material suporta dezenas de lavações em máquina de lavar comum, sem perder sua funcionalidade.

Yan Zhao e seus colegas da Universidade de Deakin, na Austrália, desenvolveram uma técnica de deposição de multicamadas com cargas positivas e negativas dispostas alternadamente.

Isso já é feito nos tecidos antimancha atuais.

O problema é que o material tende a descamar, o que explica porque sua eficiência cai tão rapidamente.

Amarração molecular

O grande truque encontrado pelos pesquisadores australianos para aumentar a durabilidade do tecido antimancha consiste na adição de nanopartículas de sílica - essencialmente uma areia finíssima - revestidas com moléculas do grupo azida, que possuem longas estruturas parecidas com caudas.

Depois que o tecido é mergulhado várias vezes na solução antimancha - para depositar as múltiplas camadas do material - ele recebe a cobertura de nanopartículas funcionalizadas.

Quando submetidas à luz ultravioleta, as caudas das moléculas do grupo azida se entrelaçam, curando-se e criando uma estrutura muito forte que amarra as diversas camadas.

Isto tornou o revestimento muito durável, permanecendo intacto sobre o tecido de algodão após 50 ciclos completos por uma máquina de lavar doméstica.

Os testes de laboratório mostraram que o novo revestimento, aplicado a um tecido de algodão, repeliu água, ácidos, bases e solventes orgânicos.

Hidrofóbico

Chama a atenção em especial a capacidade do revestimento multicamada em repelir água.

O ângulo de contato do revestimento, que é uma medida da capacidade do material em repelir água, alcançou 154 graus, o que o torna uma das superfícies hidrofóbicas mais eficientes que se conhece.

Para comparação, a cera usada em carros tem apenas 90 graus de ângulo de contato, o Teflon tem 95 graus e os produtos que repelem a água da chuva de pára-brisas de carros chegam aos 110 graus de ângulo de contato.

Como as camadas podem ser ajustadas, o material pode ser produzido para atender diversas especificações, dependendo de seu uso.

Por exemplo, ele pode ser usado para revestir sensores e até equipamentos médicos, formando superfícies antibacterianas.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

sábado, 28 de abril de 2012

28/04 – Economia de 70% no processo de tingimento com novo projeto de nano partículas

Nano partículas coloridas que permitem poupar mais de 70% de água e de energia durante o processo de tingimento é o que propõe o projeto Nanocor

Se em vez das Índias o navegador Colombo descobriu as Américas, Jaime Gomes, professor catedrático do Departamento de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho, em vez de têxteis com cheiro de morango, descobriu nano partículas coloridas que permitem cortar custos (e muitos) no processo de tingimento dos materiais têxteis. Estava este investigador trabalhando na área dos têxteis funcionais - que esteve muito em voga - tentando "encapsular" aromas (no caso  morango) em nano partículas (ver caixa) -, quando se deu a descoberta inovadora. É que, se o ensaio foi decepcionante no que no caso dos aromas, o mesmo não se pode dizer em relação à cor.
O investigador reparou que ficava retida nas partículas, embora tenuamente, a componente da cor, no caso a cor do morango. Decidiu, então, tentar usá-las (as nano partículas) em tingimento, tal como se de um corante se tratasse. Em 2008, juntamente com a investigadora Sandra Sampaio, lança-se na tarefa de transformar o produto em algo comparável aos corantes comerciais só que com vantagens competitiva e ambientais face a estes. Nasce assim o projeto Nanocor.

Poupança de 70% a 90% em água
A empresa para a comercialização desta tecnologia para tingimento dos materiais têxteis ainda não está formada, mas os seus promotores Jaime Gomes, Adriana Duarte e Sandra Sampaio estão certos de que não faltará procura. Em Portugal os destinatários serão, sobretudo, as empresas de acabamentos, estamparias e tinturaria têxteis e, também, as empresas detentoras de marcas ecológicas têxteis. "As tinturarias têxteis terão muito em se beneficiar com este processo, pois poupam entre 70% a 90% da água utilizada no processo têxtil e lavagens posteriores, e também poupam mais de 70% em energia e tempo", garantias deixadas pelo professor para quem resulta claro que "desta forma aumentam a sua produtividade".
O produto terá especial interesse para as marcas ecológicas que "ao exigir sustentabilidade para as suas peças, requerem das tinturarias redução nestes gastos o que pode induzir a que no processo de tingimento e lavagens, os responsáveis pela tinturaria adotem novos processos como este". Aliás, o promotor do projeto Nanocor está convicto de que no estrangeiro serão as empresas detentoras de marcas ecológicas de vestuário e os grandes grupos têxteis as maiores interessadas.

Em busca de investidores e parceiros
Nos últimos três anos, o projeto tem sido suportado por capitais próprios, em montante que o empreendedor prefere não revelar, tendo contado em 2011 com apoio do QREN. Agora, é preciso dar o salto para outra dimensão no que o investigador chama de "fase do scale-up", isto é, a passagem da fase de laboratório para uma escala "piloto" de produção. Chegando a este patamar, de industrialização/comercialização, os promotores procuram parceiros e investidores, sendo os capitais de risco preferenciais. As contas estão feitas para lhes mostrar; estimam que para um investimento de 500 mil euros terão um retorno, no primeiro ano, de 100 mil euros, de um milhão no segundo e de dois milhões no terceiro.
Quanto aos parceiros serão essencialmente têxteis. "Já temos alinhados um parceiro nacional para cada sub-setor: malhas, tecidos, fios, lãs, e tinturaria em peça", explica o professor acrescentando que ocorrerá em breve e o início da produção das primeiras encomendas e os primeiros resultados industriais. Fora de Portugal também já há interessados, o que para o empreendedor "é motivador, uma vez que grande parte da produção se destinará ao estrangeiro".
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Produzir em três continentes
Os objetivos da equipe, por trás desta tecnologia inovadora e ambientalmente sustentável aplicada à indústria têxtil, estão bem traçados no tempo e no espaço. Os próximos passos serão: "formar uma nova empresa só para esta tecnologia Nanocor e candidatarmo-nos a financiamento para fazer a industrialização com uma unidade de produção em Portugal, no norte do País". No terceiro ano de atividade tencionam aumentar a capacidade dessa unidade de produção com o objetivo de exportar. Outra das hipóteses em cima da mesa é a de vir a produzir fora de Portugal: "se necessário, vamos produzir, através de parcerias com produtores locais, nos países onde existe maior concentração de empresas de tinturaria, como a Índia, a China e, eventualmente, o Brasil, abrangendo assim três continentes".
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Equipe e competências
Um trio assina o projeto Nanocor: o seu grande mentor Jaime Gomes, doutorado em Química Têxtil, professor catedrático na Universidade do Minho, com 59 anos e enorme experiência em 'scale-up' de empresas spin-off (que nasceram a partir de um grupo de pesquisa) tecnológicas do ramo da química; Adriana Duarte com 29 anos, Mestre em Engenharia Química e com prática na preparação de pastas de pigmentos; e Sandra Sampaio, 35 anos, engenheira têxtil, doutorada em Química Têxtil, com experiência em empresa têxtil.
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Nano partículas o que são?
As nano partículas são definidas por norma européia como tendo tamanhos entre 1nm (nanômetro, ou seja, um milionésimo de milímetro) e 100 nm, embora desde que tenham menos de um mícron as partículas sejam consideradas de tamanho nano, diferentes de micro partículas. As nano partículas coloridas da tecnologia Nanocor são "à base de sílica amorfa, um material inócuo, e têm um tamanho acima dos 100nm, sendo impossível a sua penetração em peixes ou na pele de outros seres vivos". São, no entanto, suficientemente pequenas, próximo dos 200nm, para se distribuírem uniformemente em fibras têxteis e ficarem presas na sua estrutura.

Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt

quarta-feira, 11 de abril de 2012

11/04 – Tecidos sob medida para malhar

 

Para manter a saúde do corpo e da mente, cada vez mais as pessoas buscam praticar exercícios físicos com regularidade. Tão importante quanto malhar e praticar esportes é ficar atento para a roupa que se usa. Estar bem vestido na hora da malhação garante um bem-estar que vai muito além da estética, pois os usos de roupas adequadas influenciam a própria performance esportiva.
Utilizar peças que sejam fabricadas com tecidos especiais e próprios para permitir que a transpiração da pele ocorra de forma natural e que não atrapalhe a regulação da temperatura corporal é um estímulo a mais para que o organismo respire e tenha uma melhor performance na prática de atividades físicas.
A evolução tecnológica no mercado de tecidos esportivos traz ainda outros benefícios aos atletas, como maior ventilação, isolamento térmico, controle da umidade e proteção contra os nocivos raios UV (ultravioleta). Treinar com o material mais adequado oferece vantagens tanto em conforto quanto em desempenho.
A preocupação com o material das peças de fitness é recente. Há menos de 15 anos, mulheres e homens amantes do esporte tinham que praticar exercícios com roupas comuns e não muito cômodas. O suor acumulava e nem sempre a mobilidade era a ideal.
Hoje as tecnologias de ponta permitem que se encontre com grande facilidade malhas em geral feitas sob medida para a prática de exercícios. Além disso, a camiseta e a velha calça de moletom foram substituídas por modelos variados e bonitos, como tops, calças leggings, bermudas e camisetas.
E é esta tecnologia de ponta e a beleza e a variedade de estilos que guiam os modelos oferecidos por Taeq. A linha abrange desde roupas básicas, como regatas, calças e bermudas até roupas que utilizam tecidos tecnológicos e que auxiliam na prática esportiva. A linha conta também com  acessórios como mochilas, bonés e pochetes. Sempre com desenvolvimento com base nas tendências atuais do mercado esportivo. Conheça mais sobre os tecidos que compõem a coleção Taeq Esporte:
Poliéster Dry – tecido confeccionado com microfibras 100% poliéster, garante um transporte rápido do suor e mantém o corpo sempre seco, ajudando na melhoria do desempenho.
Poliamida Dry – os tecidos feitos com microfibras de poliamida, assim como os de poliéster, também ajudam no transporte mais rápido do suor para manter a pele mais seca durante a prática esportiva, auxiliando no desempenho dos atletas.
Crepe de Poliamida – também confeccionados com as microfibras de poliamida, as peças em crepe da linha SENSY aliam as vantagens da secagem rápida ao conforto da liberdade de movimentos que proporcionam. São perfeitos para quem quer suar sem ficar molhado.
Supplex ® – é a fibra sintética que mais se parece com o algodão. O tecido, que proporciona conforto, resistência, caimento e possui uma secagem relativamente rápida confere flexibilidade às peças confeccionadas.
Sanflex – a técnica utilizada durante a confecção do tecido possibilita a formação de uma camada de ar sobre o corpo. Isso evita que a peça fique colada ao corpo quando está úmida e proporciona um menor contato da roupa com a pele.
Lycra ® - formado por poliamida e elastano, o tecido é flexível e adere bem ao corpo, proporcionando conforto durante os movimentos.
Air plus ® - tecido construído com microfibra de poliamida e elastano. Possui as mesmas características da Poliamida Dry, ou seja, ajuda no transporte do suor, mantendo a pele mais seca durante a prática esportiva e associada ao elastano na sua construção, confere ao atleta maior o conforto nos movimentos durante a prática esportiva.                                                         
Ponge – confeccionado em microfibra de poliéster com proteção contra os raios UV (ultravioleta), é ideal para os esportistas que se exercitam sob o sol.
Cloro resistance - tecido de poliéster especial, com maior durabilidade (duas vezes mais que os tecidos normais), pois resistem ao ataque de cloro das piscinas.
Tecno Bambu – feita a partir da fibra do bambu que possui funções antibacterianas e desodorizantes, o tecno bambu é um tecido 100% biodegradável. A fibra tem alta durabilidade, excelente capacidade de absorção.
Bambu linho – feito com a fibra do linho, o tecido agrega excelente capacidade de absorção, alta durabilidade, além de proporcionar conforto e liberdade de movimento com toque agradável.
Eco touch - o toque suave da viscose em conjunto com o elastano é a característica principal desta malha, que possui um acabamento especial que reduz a formação de “pilling” (bolinhas), prolongando o aspecto de novo da malha.
Meia Malha Ceramic – com um efeito visual de desgaste proposital e sutil, este tecido 100% algodão passa por exclusivo processo com jato de pó de cerâmica, que deixa o toque aveludado.
Meia Malha Sand Wash – o tecido, que passa por uma exclusiva lavagem com jato de areia, tem um acabamento especial e delicado que dá um efeito visual de desgaste proposital e sutil que deixa o toque aveludado.
Pet reciclado – ecologicamente corretas, as camisetas Taeq são produzidas com material reciclado de PET. Em sua composição de 50% algodão e 50% PET oferece uma durabilidade maior à camiseta, que possui um toque leve e macio e ajuda o meio ambiente.

Fonte: http://www.taeq.com.br

segunda-feira, 2 de abril de 2012

02/04 – Importação de têxteis e confeccionados bate recorde

Nos dois primeiros meses de 2012, a compra de peças de vestuário e de confecções no exterior aumentou 72%

Importação de têxteis bate recorde Charles Guerra/Agencia RBS

Produção nacional sofre com a concorrência dos importados

Foto: Charles Guerra / Agencia RBS

Sem perceber, talvez você esteja vestindo cada vez mais roupas feitas por mãos chinesas ou indianas. No ano passado, uma em cada 10 peças nas lojas tinham sido fabricadas fora do país. Nos últimos cinco anos, quase triplicou a presença das peças de vestuário e confecções importadas no comércio. Nos dois primeiros meses de 2012, a escalada seguiu mais forte, com um aumento na importação que supera os 72%.
Dados do Instituto de Estudos e Marketing Empresarial (Iemi) mostram que as peças de vestuário importadas representaram 9,3% do consumo do brasileiro em 2011. A projeção para este ano é que este número chegue a 12,5%, com a importação de 909 milhões de peças. Sem contar as malas cheias dos turistas brasileiros, que acrescentariam mais 60 mil toneladas de roupas compradas fora do país, segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
Neste cenário, Santa Catarina se destaca como porta de entrada dos produtos. Grandes redes varejistas, indústrias e lojas de diferentes portes importaram pelo Estado, no primeiro bimestre deste ano, quase 68 mil toneladas de produtos têxteis e de vestuário. São Paulo, segundo colocado no ranking, importou 35,9 mil toneladas.
Para o diretor da consultoria Iemi, Marcelo Prado, o aumento dos importados nos últimos anos está fazendo com que o crescimento do consumo não seja mais repassado diretamente para a produção. Ou seja, as principais beneficiadas pelo aumento do poder de renda do brasileiro nos últimos anos estão sendo as indústrias de fora do país, principalmente as asiáticas.
A guerra fiscal travada por pelo menos 13 estados na última década, cada um oferecendo incentivos fiscais para a abertura de novos empreendimentos e para a importação de produtos, teria agravado ainda mais este cenário.
Na avaliação de Celso Grisi, especialista em comércio exterior da Universidade de São Paulo, a presença de grandes varejistas globais no país reforça a lógica de comprar o mais barato possível, em grande quantidade, e vender com o melhor lucro.
— Essa é uma condição que a China oferece. Mas a culpa não é das grandes varejistas, que estão atrás da racionalidade econômica. A culpa é nossa de não conseguirmos produzir mais barato — opina Grisi.
Para ele, no cenário atual, alguns segmentos do início da cadeia produtiva do têxtil e do vestuário tendem a minguar e podem até desaparecer no Brasil.

Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br

domingo, 1 de abril de 2012

01/04–Tecnologia para vestir


As luzes de LED deixaram a iluminação convencional, saíram das telas de televisões, computadores e gadgets eletrônicos para ganhar as passarelas e iluminar o guarda-roupa das fashionistas mais ousadas. Do figurino de filmes à roupas especiais para performances, é possível adicionar as luzinhas fosforescentes a praticamente qualquer tipo de peça, inclusive aquelas queridinhas do nosso armário.

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Por aqui, Gaby Amarantos, a Beyoncé do Pará, antecipou a tendência usando um cinto de LED no desfile de Lino Villaventura durante a última temporada da São Paulo Fashion Week. Nos shows da cantora, musa do tecnobrega, as luzes de LED são elementos constantes em seu figurino, assim como em brincos e acessórios de cabeça, todos desenvolvidas pelo estilista paulista Guilherme Rodrigues.  As peças tem inspiração no universo tecnobrega, gênero popular no Pará, onde a iluminação com luzes de LED é muito usada.

Gaby Amarantos no SPFW 2012 Gaby Amarantos: figurino com LED

Em Londres, a marca CuteCircuit, fundada por uma ex designer de moda de Valentino e por um antropólogo e designer especializado em Wearable Technology, é especialista em integrar moda e funcionalidade aliando tecnologia e tecidos especiais em suas coleções. Criada em 2004 por Francesca Rosella e Ryan Genz, a CuteCircuit desenvolve peças de alta costura, prêt-à-porter e também para projetos especiais. O vestido Galaxy, uma das criações mais famosas da marca, conta com 24 mil LEDs e integra a coleção permanente do Museu de Ciência e Indústria de Chicago. Os vestidos iluminados da Cute Circuit caíram no gosto de Katy Perry. Em 2010, a cantora foi ao Met Ball usando um vestido da marca, um tomara-que-caia de chiffon de seda e 3 mil LEDs formando uma iluminação tipo arco-íris. Em 2011, Francesca e Ryan desenvolveram o figurino da apresentação da cantora no programa American Idol, um macacão branco com milhares de LEDs interativos e cristais Swarovski. "A inspiração do projeto surgiu diretamente a partir da música de Katy, E.T. Queríamos usar formas e tecidos que amplificassem a atmosfera única da música e criar uma experiência visual deslumbrante", explicou Francesca.

Katy Perry: figurino criado pela CuteCircuit Katy Perry: vestido criado pela CuteCircuit para o Met Ball 2010

Vestido com LED da coleção prêt-à-porter CuteCircuit Vestido com LED da coleção prêt-à-porter CuteCircuit Galaxy Dress, criação da CuteCircuit

Nos Estados Unidos, Janet Hansen fundou a Enlighted Designs, empresa especializada em roupas iluminadas há 15 anos. Janet é formada em engenharia com doutorado em biomecânica e além de criar roupas, também pinta e faz painéis e esculturas iluminadas. No seu curículo estão peças criadas para Britney Spears, Rihanna, Macy Gray, Pink, Kanye West, Christina Aguilera, David Guetta, dafy Punk e muitos outros.

 Peça criada por Janet Hansen para Britney Spears

Macy Gray com peça criada por Janet Hansen Kanye West com peça criada por Janet Hansen

Quanto custa uma roupa com LED?

As roupas com LED não são exclusividade das celebridades nem estão restritas às performances no palco. Janet afirma que é possível colocar iluminação em peças comums, como sua jaqueta favorita, saia , calça ou vestido, tudo depende do tipo de tecido da peça. Os preços variam de acordo com a quantidade e tipo de iluminação. Mas, e o confoto? Janet garante que as peças não pesam “Nossos produtos são leves e flexíveis. A iluminação fica escondida dentro de forros de tecido, criando a roupa iluminada mais confortável possível. Você esqueceria as luzes se não tivesse tantas pessoas olhando para você”, afirmou. O preço para iluminar uma peça de roupa varia de $10 a $20 dólares por LED para os de uma cor só e entre $20 e $50 para os coloridos.

Encomendas podem ser feitas pelo site www.enlighted.com 

Colete com LED da coleção Janet Hansen Saia de paetês com LED da coleção Janet Hansen Casaco com luzes coloridas da coleção Janet Hansen

Fonte: http://www.heloisamarra.com

quinta-feira, 29 de março de 2012

29/03 - Aumento de custos na China – Têxteis procuram outros bases de fornecimento



 
 
 
 
 
 
 
 









O aumento dos salários em 30%, até ao momento e referente ao corrente ano, em centros de manufaturação chineses como em Dongguan (em Cantão, no sul do país), e das matérias usadas em cerca de 20%, está impulsionando o deslocamento para outros países das fábricas têxteis, afirmou Liu Jintang, subdiretor da empresa Pymes, correspondente local da agência de notícias Xinhua.
Segundo dados oficiais disponíveis, em 24 províncias, regiões autónomas e municípios chineses, o salário mínimo mensal registou um aumento anual de 22% nos primeiros meses de 2012. A decisão das marcas chinesas e europeias de levar as suas fábricas para outros países talvez mais próximos (como a Turquia ou Tunísia, onde podem supervisionar melhor o processo de produção) também responde às mudanças que o setor enfrenta, consideram os especialistas.

"A China já não é o paraíso onde tudo é barato e tanto o custo da mão-de-obra como o dos materiais aumentou significativamente", declarou Wang Tiankai, presidente do Conselho Nacional Têxtil e de Roupa da China. Segundo Wang, os custos crescentes reduziram a vantagem competitiva da China.

segunda-feira, 5 de março de 2012

05/03 – Inovação… Calça jeans com teclado e mouse embutidos


Por Fernanda Morales

Se você achava que já tinha visto todos os tipos de teclados desde os ecológicos até os feitos de vidro, você vai se surpreender com a criação do designer Erik de Nijs: uma calça jeans equipada com um teclado e um mouse, a Beauty and the Geek.

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Fotos: Reprodução: Toxel

A Beauty and the Geek também vem com um par de alto-falantes embutido. Conceito já tem protótipo e está pronto para o mercado – só falta quem fabrique…

A Beauty and the Geek une em uma única peça a tecnologia e a moda – mesmo que poucas pessoas tenham coragem de usá-la na rua – para promover maior praticidade na hora do usuário interagir com seu laptop.

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De acordo com o Ubergizmo, o teclado se conecta com o computador via Bluetooth e vem com um mouse sem fio embutido, permitindo que os usuários tenham total autonomia de navegação em sua calça.

A calça com teclado ainda vem com um par de alto-falantes embutido, facilitando aos usuários ouvirem músicas, assistirem vídeos e jogarem em seus computadores.

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“A ideia era que você poderia entrar em seu computador e controlá-lo sem estar sentado atrás de uma mesa em um ambiente fechado”, afirmou o designer ao Web Pro News.

A calça possui um corte moderno e cada elemento presente em seu desenho foi desenvolvido para acoplar um determinado equipamento do seu teclado como, por exemplo, o bolso direito na parte de trás da calça foi desenvolvido para armazenar com segurança o mouse sem fio.

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O designer afirmou que agora busca uma empresa que tenha capital suficiente para investir no projeto e levar a Beauty and the Geek ao mercado mundial.

Fonte:|http://henrique.geek.com.br/posts/18871-designer-cria-calca-jeans-c...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

22/02–As empresas nas Redes Sociais

Empresas x Redes Sociais (foto: divulgação)

Entre os segredos de uma presença online de excelência está a sinceridade das empresas na hora de resolver algumas questões. “Presença constante e monitorada. É um dos segredos do sucesso nas redes sociais”, revela Remo Carlo Bortoluzzi.

As redes sociais nunca foram bem vistas no ambiente de trabalho. Por esse motivo o uso ainda é evitado por algumas empresas e por tantas outras que encaram a ferramenta como vilã da segurança, sigilo e principalmente da produtividade.

Apesar dessa resistência não há como negar, as mídias sociais têm sido decisivas para as empresas e todo seu processo de divulgação de marcas e produtos.

No entanto, não basta criar uma conta ou um perfil, é preciso saber usar. A Área Local – Agência Digital dá dicas essenciais para estabelecer uma forte relação entre as mídias sociais e sua empresa.

“Sabemos da importância da presença online das empresas e por isso auxiliamos desde a criação de uma conta até o monitoramento dela”, destaca o diretor da Área Local, Remo Carlo Bortoluzzi.

A empresa define estratégias, ações e cria um perfil elaborado para o público de cada segmento empresarial. De acordo com ele, ao ingressar nas redes sociais as empresas precisam de uma linha de conduta, observar o público alvo e definir o conteúdo que será publicado. “Trabalhamos com o objetivo de alavancar negócios através dessas ferramentas. Para isso, definimos junto com o cliente o melhor jeito de estar nas redes sociais”, declara.

É inevitável, mesmo que muitos empreendimentos resistam, eles estarão lá. “De forma direta ou indiretamente as empresas estão nas redes sociais através de comentários, indicações ou até reclamações. Então é melhor estar lá, seja para se explicar ou comemorar os bons resultados”, relata.

Entre os segredos de uma presença online de excelência está a sinceridade das empresas na hora de resolver algumas questões. “Presença constante e monitorada. É um dos segredos do sucesso nas redes sociais”, revela. Não há como escapar, pelo mercado ou pelo público em crescimento constante, as empresas vão estar forçadas a aderirem essas ferramentas.

As redes sociais são fundamentais para o sucesso do seu empreendimento, mas lembre-se: a presença online reflete a imagem do seu negócio, ok?

Fonte: http://bagarai.com.br

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

13/02 - Bateria fina e flexível é tecida na roupa

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A bateria é fabricada em folhas, com a espessura e textura semelhantes às do couro. Depois ela pode ser cortada em qualquer espessura. Espessura essa que vai determinar a tensão que ela fornece. [Imagem: Maksim Skorobogatiy]

Roupas eletrônicas

Em busca das roupas inteligentes, cientistas já conseguiram fabricar até mesmo transistores de algodão, o que está permitindo tecer os primeiros circuitos lógicos na própria malha do tecido.

Roupas eletrônicas prometem o máximo de portabilidade, com o aparelho eletrônico sendo simplesmente vestido.

Mas você ainda precisaria reservar um bolso para levar a bateria para alimentar sua camiseta IPad.

Não mais, porque engenheiros canadenses acabam de criar baterias totalmente flexíveis.

Com a estrutura de fios grossos, as baterias flexíveis foram incorporadas em um tecido de algodão comum, acionando um conjunto de LEDs também tecidos na própria roupa.

Bateria de lítio flexível

O Dr. Maksim Skorobogatiy e seus colegas da Escola Politécnica de Montreal construíram sua bateria fazendo um sanduíche de um eletrólito de oxipolietileno com dois eletrodos, um de fosfato de ferro-lítio (catodo) e outro de titanato de lítio (anodo).

São todos materiais sólidos e, embora não tão flexíveis quanto os fios de algodão - sua textura lembra mais o couro - oferecem uma solução mais adequada para as roupas inteligentes do que carregar uma bateria no bolso.

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Um tecido já com os fios-bateria incorporados na trama.[Imagem: Maksim Skorobogatiy]

Na verdade, como primeira bateria recarregável de íons de lítio totalmente sólida e ainda flexível, a inovação merece seu próprio desfile de moda.

Roupa de segurança

E o Dr. Skorobogatiy afirma que a capacidade de energia das suas baterias flexíveis é surpreendente.

Segundo ele, uma "roupa de segurança", totalmente trançada com seus fios-bateria, fornece energia suficiente para salvar vidas, podendo emitir sinais de alerta ou mesmo alimentar um desfibrilador.

No momento, o único inconveniente é que a bateria flexível não é lavável.

Outra tecnologia que está sendo pesquisada para alimentar as roupas eletrônicas e outros aparatos portáteis são os nanogeradores, que ainda têm potência muito baixa para alimentar aparelhos como celulares ou tablets.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

26/01 - Cresce o Uso de Tecidos Inteligentes

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Rhodia Fibras: demanda é maior para fios que protegem contra os raios do sol

O tecido inteligente - aquele que parece couro, sem que nenhum animal tenha sido esfolado, ou que promete reduzir a fadiga muscular ou proteger contra os raios do sol - aumenta a presença na moda. E pode ser exclusivamente sintético ou uma mistura de fibras naturais e artificiais.

Para a estilista Raquel Davidowicz, da grife UMA, é quase impossível pensar numa coleção sem tecidos tecnológicos - sejam eles feitos de fibras naturais, artificiais ou sintéticas. "Os meus clientes já esperam por isso e o investimento em tecidos de última geração virou o nosso diferencial", diz Raquel, cuja grife voltou a desfilar no São Paulo Fashion Week, evento que mostrou coleções de 29 grifes.

Para a próxima estação, a UMA prepara uma coleção com um tecido 100% poliéster cuja aparência é idêntica ao do couro. Com o material, importado da Itália, Raquel desenhou vestidos e jaquetas. Um tecido feito da mistura do algodão com fios de metal, chamado de "natural memory", é outra aposta da grife, que também investiu em uma sarja, feita pela Vicunha, que recebe um tratamento para ficar com aparência emborrachada. "Meus clientes estão abertos às novidades e são muito curiosos."

Mas desenvolver um novo fio, com propriedades específicas, não é nada simples - nem barato. A Rhodia, por exemplo, leva entre três e quatro anos, a um custo que pode variar dos R$ 5 milhões aos R$ 10 milhões, para chegar a um novo produto. E, antes de tudo, é necessário muito estudo para tentar prever o comportamento do consumidor no futuro. A Rhodia mantém cinco centros de pesquisa no mundo - sendo um deles no Brasil.

Entre as tendências que mais crescem, no Brasil e no mundo, estão os fios com proteção contra a radiação solar. "Somente entre 2009 e 2010, a demanda cresceu 120%", diz Elizabeth Haidar, gerente de marketing da Rhodia Fibras. A aposta do momento da Rhodia é o Emana, fio criado no Brasil. O produto, que já foi adquirido pelas tecelagens e entrou no varejo no ano passado, tem como propriedade fundamental, segundo a Rhodia, "emanar raios infravermelhos longos, que ajudam a reduzir a celulite e a fadiga muscular - desde que fique em contato com o corpo por, no mínimo, seis horas". O fio tem alcançado vendas da ordem de 50 toneladas, por mês. "Ele foi pensado para roupas esportivas e íntimas, mas deverá chegar também aos tecidos para roupas casuais", diz Elizabeth. Atualmente, o tecido feito com o fio leva 70% de Emana e 30% de elastano, na composição.

Entre as marcas que utilizam o Emana em suas peças estão Lupo, Scala, Valisere, Plié, Darling, Bio Forma e Body Plus. "Mas estão em estudo outras composições, para desenvolver tecidos diferentes, mas que mantenham as propriedades do fio."

Paula Cimino, gerente da TexPrima, diz que atualmente, cada coleção da empresa "possui mais de 200 produtos, entre tecidos feitos com fibras naturais, sintéticas ou com a mistura das duas." A empresa é um birô de criação, que desenvolve tecidos especiais no Brasil, faz a produção no exterior e os importa para comercializar no mercado brasileiro. A escolha do tipo de tecido, diz Paula, vai depender do desejo do estilista no momento. "Samuel Cirnansck, um dos nossos clientes, compra seda, mas também compra tecido sintético."

A poliamida, mais conhecida como náilon, é um dos carros-chefes da Rhodia Fibras. O tecido feito com a microfibra de poliamida seca rápido e amassa pouco, dispensando o uso do ferro de passar. "Isso tem tudo a ver com o futuro, onde as pessoas estão valorizando os artigos funcionais, para poder colocar o foco nos valores humanos fundamentais. A simplicidade é o novo luxo", diz Elizabeth, da Rhodia.

Para Nina Almeida Braga, do Instituto-E, fundado pelo empresário e estilista Oskar Metsavaht, da Osklen, o uso da fibra sintética tem suas vantagens, pois "não leva ao esgotamento do ambiente". "A cultura do algodão usa 25% dos agrotóxicos do mundo e faz adoecer cerca de 300 mil trabalhadores, por ano", diz Nina. O ideal seria aumentar a produção de algodão orgânico, mas essa fibra custa 60% mais do que o algodão tradicional. As peças de algodão da Osklen, diz Nina, levam 5% de algodão orgânico - percentual que deve aumentar. A grife também utiliza outros E-Fabrics, como são chamados os tecidos certificados pelo instituto, cuja produção respeita o ambiente, a cultura local e estão de acordo com as leis trabalhistas.

Na coleção de inverno 2012, apresentada durante o SPFW, a grife utilizou tecidos naturais e sintéticos, como lã, veludo de seda, chamois, pele sintética, neoprene, organza de seda, moletom e os E-Fabrics: couro de salmão, couro de pirarucu, tricô e gorgorão de seda ecológica.

Fonte: textileindustry.ning.com

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

19/01– Antenas embutidas no vestuário

O diretor do Laboratório de Eletro Ciência da Universidade Estadual de Ohio está tentando eliminar a necessidade de hardware de telefone celular como o fone de ouvido Bluetooth, fabricando dispositivos de comunicação com algo que a maioria dos países exige que as pessoas usem o tempo todo: roupas.

"Você não vai precisar segurar o celular junto do ouvido", diz o doutor Volakis, que é engenheiro elétrico. "Vamos eliminar tudo isso. Fará parte da vestimenta."

Divulgação/Ohio State University

Projeto de roupas com antenas embutidas

Projeto de roupas com antenas embutidas

Seu trabalho se inclui em uma ampla iniciativa tecnológica para fabricar "têxteis inteligentes": isto é, tecidos com eletrônica embutida, capazes de coletar, armazenar, enviar e receber informação.

Roupas-antenas poderão oferecer comunicação sigilosa para soldados, monitoramento sem fio para doentes e uma recepção muito melhor, simplesmente falando junto do colarinho.

Ainda vai demorar um ano para que o doutor Volakis e sua equipe desenvolvam roupas-antenas para civis, mas seu laboratório colocou antenas em um colete à prova de balas do Exército americano no último verão.

O colete, com um painel de antena quadrado embutido na frente e três nas costas, é como "ter mais pares de olhos ou ouvidos", disse Chi-Chih Chen, o engenheiro elétrico que liderou o projeto.

As antenas normais perdem recepção quando são bloqueadas por um corpo humano, e as incômodas antenas usadas pelos soldados não conseguem capturar sinais vindos do alto. A comunicação é limitada quando uma antena fica na horizontal, como quando os soldados rastejam.

"É aí que uma antena usável no corpo será eficaz", disse Steve Goodall, chefe de tecnologia e análise de antenas para o departamento de comunicações e pesquisa, desenvolvimento e engenharia eletrônica do exército americano. "Você pode desdobrar as antenas para cobrir uma área maior."

O doutor Chen está trabalhando com a Applied EM, uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de antenas na Virgínia, para comercializar a tecnologia. O presidente da empresa, C.J. Reddy, disse que cada unidade será vendida a partir de US$ 1 mil, mas o preço deverá cair conforme aumentar a produção.

Equipamentos de comunicação "vestíveis" datam de pelo menos o final dos anos 1990, quando uma equipe do Instituto de Tecnologia da Geórgia desenvolveu a Placa-mãe Usável, uma camiseta eletrônica sem antenas, mas com diversas portas de entrada e saída - incluindo um termômetro, um microfone, monitor de oxigênio no sangue e fones de ouvido - para ajudar a monitorar a saúde dos soldados.

O doutor Volakis está trabalhando para desenvolver um avental hospitalar com antena, capaz de transmitir dados como batimentos cardíacos para um computador de um profissional de saúde. Esse monitoramento sem fio também poderá ajudar doentes e idosos que ficam em casa.

Um avental-antena precisa ser maleável, por isso deve ser feito de fios que não apenas conduzam eletricidade, mas que também sejam macios e laváveis. A equipe de Volakis está experimentando materiais de alta tecnologia como nanotubos de carbono e grafeno, para tentar preencher esses requisitos e diz que os tecidos inteligentes poderão melhorar a vida de qualquer pessoa que deseje um sinal mais forte de telefone celular.

Fonte: http://textileindustry.ning.com