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sábado, 28 de abril de 2012

28/04 – Economia de 70% no processo de tingimento com novo projeto de nano partículas

Nano partículas coloridas que permitem poupar mais de 70% de água e de energia durante o processo de tingimento é o que propõe o projeto Nanocor

Se em vez das Índias o navegador Colombo descobriu as Américas, Jaime Gomes, professor catedrático do Departamento de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho, em vez de têxteis com cheiro de morango, descobriu nano partículas coloridas que permitem cortar custos (e muitos) no processo de tingimento dos materiais têxteis. Estava este investigador trabalhando na área dos têxteis funcionais - que esteve muito em voga - tentando "encapsular" aromas (no caso  morango) em nano partículas (ver caixa) -, quando se deu a descoberta inovadora. É que, se o ensaio foi decepcionante no que no caso dos aromas, o mesmo não se pode dizer em relação à cor.
O investigador reparou que ficava retida nas partículas, embora tenuamente, a componente da cor, no caso a cor do morango. Decidiu, então, tentar usá-las (as nano partículas) em tingimento, tal como se de um corante se tratasse. Em 2008, juntamente com a investigadora Sandra Sampaio, lança-se na tarefa de transformar o produto em algo comparável aos corantes comerciais só que com vantagens competitiva e ambientais face a estes. Nasce assim o projeto Nanocor.

Poupança de 70% a 90% em água
A empresa para a comercialização desta tecnologia para tingimento dos materiais têxteis ainda não está formada, mas os seus promotores Jaime Gomes, Adriana Duarte e Sandra Sampaio estão certos de que não faltará procura. Em Portugal os destinatários serão, sobretudo, as empresas de acabamentos, estamparias e tinturaria têxteis e, também, as empresas detentoras de marcas ecológicas têxteis. "As tinturarias têxteis terão muito em se beneficiar com este processo, pois poupam entre 70% a 90% da água utilizada no processo têxtil e lavagens posteriores, e também poupam mais de 70% em energia e tempo", garantias deixadas pelo professor para quem resulta claro que "desta forma aumentam a sua produtividade".
O produto terá especial interesse para as marcas ecológicas que "ao exigir sustentabilidade para as suas peças, requerem das tinturarias redução nestes gastos o que pode induzir a que no processo de tingimento e lavagens, os responsáveis pela tinturaria adotem novos processos como este". Aliás, o promotor do projeto Nanocor está convicto de que no estrangeiro serão as empresas detentoras de marcas ecológicas de vestuário e os grandes grupos têxteis as maiores interessadas.

Em busca de investidores e parceiros
Nos últimos três anos, o projeto tem sido suportado por capitais próprios, em montante que o empreendedor prefere não revelar, tendo contado em 2011 com apoio do QREN. Agora, é preciso dar o salto para outra dimensão no que o investigador chama de "fase do scale-up", isto é, a passagem da fase de laboratório para uma escala "piloto" de produção. Chegando a este patamar, de industrialização/comercialização, os promotores procuram parceiros e investidores, sendo os capitais de risco preferenciais. As contas estão feitas para lhes mostrar; estimam que para um investimento de 500 mil euros terão um retorno, no primeiro ano, de 100 mil euros, de um milhão no segundo e de dois milhões no terceiro.
Quanto aos parceiros serão essencialmente têxteis. "Já temos alinhados um parceiro nacional para cada sub-setor: malhas, tecidos, fios, lãs, e tinturaria em peça", explica o professor acrescentando que ocorrerá em breve e o início da produção das primeiras encomendas e os primeiros resultados industriais. Fora de Portugal também já há interessados, o que para o empreendedor "é motivador, uma vez que grande parte da produção se destinará ao estrangeiro".
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Produzir em três continentes
Os objetivos da equipe, por trás desta tecnologia inovadora e ambientalmente sustentável aplicada à indústria têxtil, estão bem traçados no tempo e no espaço. Os próximos passos serão: "formar uma nova empresa só para esta tecnologia Nanocor e candidatarmo-nos a financiamento para fazer a industrialização com uma unidade de produção em Portugal, no norte do País". No terceiro ano de atividade tencionam aumentar a capacidade dessa unidade de produção com o objetivo de exportar. Outra das hipóteses em cima da mesa é a de vir a produzir fora de Portugal: "se necessário, vamos produzir, através de parcerias com produtores locais, nos países onde existe maior concentração de empresas de tinturaria, como a Índia, a China e, eventualmente, o Brasil, abrangendo assim três continentes".
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Equipe e competências
Um trio assina o projeto Nanocor: o seu grande mentor Jaime Gomes, doutorado em Química Têxtil, professor catedrático na Universidade do Minho, com 59 anos e enorme experiência em 'scale-up' de empresas spin-off (que nasceram a partir de um grupo de pesquisa) tecnológicas do ramo da química; Adriana Duarte com 29 anos, Mestre em Engenharia Química e com prática na preparação de pastas de pigmentos; e Sandra Sampaio, 35 anos, engenheira têxtil, doutorada em Química Têxtil, com experiência em empresa têxtil.
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Nano partículas o que são?
As nano partículas são definidas por norma européia como tendo tamanhos entre 1nm (nanômetro, ou seja, um milionésimo de milímetro) e 100 nm, embora desde que tenham menos de um mícron as partículas sejam consideradas de tamanho nano, diferentes de micro partículas. As nano partículas coloridas da tecnologia Nanocor são "à base de sílica amorfa, um material inócuo, e têm um tamanho acima dos 100nm, sendo impossível a sua penetração em peixes ou na pele de outros seres vivos". São, no entanto, suficientemente pequenas, próximo dos 200nm, para se distribuírem uniformemente em fibras têxteis e ficarem presas na sua estrutura.

Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt

quarta-feira, 11 de abril de 2012

11/04 – Tecidos sob medida para malhar

 

Para manter a saúde do corpo e da mente, cada vez mais as pessoas buscam praticar exercícios físicos com regularidade. Tão importante quanto malhar e praticar esportes é ficar atento para a roupa que se usa. Estar bem vestido na hora da malhação garante um bem-estar que vai muito além da estética, pois os usos de roupas adequadas influenciam a própria performance esportiva.
Utilizar peças que sejam fabricadas com tecidos especiais e próprios para permitir que a transpiração da pele ocorra de forma natural e que não atrapalhe a regulação da temperatura corporal é um estímulo a mais para que o organismo respire e tenha uma melhor performance na prática de atividades físicas.
A evolução tecnológica no mercado de tecidos esportivos traz ainda outros benefícios aos atletas, como maior ventilação, isolamento térmico, controle da umidade e proteção contra os nocivos raios UV (ultravioleta). Treinar com o material mais adequado oferece vantagens tanto em conforto quanto em desempenho.
A preocupação com o material das peças de fitness é recente. Há menos de 15 anos, mulheres e homens amantes do esporte tinham que praticar exercícios com roupas comuns e não muito cômodas. O suor acumulava e nem sempre a mobilidade era a ideal.
Hoje as tecnologias de ponta permitem que se encontre com grande facilidade malhas em geral feitas sob medida para a prática de exercícios. Além disso, a camiseta e a velha calça de moletom foram substituídas por modelos variados e bonitos, como tops, calças leggings, bermudas e camisetas.
E é esta tecnologia de ponta e a beleza e a variedade de estilos que guiam os modelos oferecidos por Taeq. A linha abrange desde roupas básicas, como regatas, calças e bermudas até roupas que utilizam tecidos tecnológicos e que auxiliam na prática esportiva. A linha conta também com  acessórios como mochilas, bonés e pochetes. Sempre com desenvolvimento com base nas tendências atuais do mercado esportivo. Conheça mais sobre os tecidos que compõem a coleção Taeq Esporte:
Poliéster Dry – tecido confeccionado com microfibras 100% poliéster, garante um transporte rápido do suor e mantém o corpo sempre seco, ajudando na melhoria do desempenho.
Poliamida Dry – os tecidos feitos com microfibras de poliamida, assim como os de poliéster, também ajudam no transporte mais rápido do suor para manter a pele mais seca durante a prática esportiva, auxiliando no desempenho dos atletas.
Crepe de Poliamida – também confeccionados com as microfibras de poliamida, as peças em crepe da linha SENSY aliam as vantagens da secagem rápida ao conforto da liberdade de movimentos que proporcionam. São perfeitos para quem quer suar sem ficar molhado.
Supplex ® – é a fibra sintética que mais se parece com o algodão. O tecido, que proporciona conforto, resistência, caimento e possui uma secagem relativamente rápida confere flexibilidade às peças confeccionadas.
Sanflex – a técnica utilizada durante a confecção do tecido possibilita a formação de uma camada de ar sobre o corpo. Isso evita que a peça fique colada ao corpo quando está úmida e proporciona um menor contato da roupa com a pele.
Lycra ® - formado por poliamida e elastano, o tecido é flexível e adere bem ao corpo, proporcionando conforto durante os movimentos.
Air plus ® - tecido construído com microfibra de poliamida e elastano. Possui as mesmas características da Poliamida Dry, ou seja, ajuda no transporte do suor, mantendo a pele mais seca durante a prática esportiva e associada ao elastano na sua construção, confere ao atleta maior o conforto nos movimentos durante a prática esportiva.                                                         
Ponge – confeccionado em microfibra de poliéster com proteção contra os raios UV (ultravioleta), é ideal para os esportistas que se exercitam sob o sol.
Cloro resistance - tecido de poliéster especial, com maior durabilidade (duas vezes mais que os tecidos normais), pois resistem ao ataque de cloro das piscinas.
Tecno Bambu – feita a partir da fibra do bambu que possui funções antibacterianas e desodorizantes, o tecno bambu é um tecido 100% biodegradável. A fibra tem alta durabilidade, excelente capacidade de absorção.
Bambu linho – feito com a fibra do linho, o tecido agrega excelente capacidade de absorção, alta durabilidade, além de proporcionar conforto e liberdade de movimento com toque agradável.
Eco touch - o toque suave da viscose em conjunto com o elastano é a característica principal desta malha, que possui um acabamento especial que reduz a formação de “pilling” (bolinhas), prolongando o aspecto de novo da malha.
Meia Malha Ceramic – com um efeito visual de desgaste proposital e sutil, este tecido 100% algodão passa por exclusivo processo com jato de pó de cerâmica, que deixa o toque aveludado.
Meia Malha Sand Wash – o tecido, que passa por uma exclusiva lavagem com jato de areia, tem um acabamento especial e delicado que dá um efeito visual de desgaste proposital e sutil que deixa o toque aveludado.
Pet reciclado – ecologicamente corretas, as camisetas Taeq são produzidas com material reciclado de PET. Em sua composição de 50% algodão e 50% PET oferece uma durabilidade maior à camiseta, que possui um toque leve e macio e ajuda o meio ambiente.

Fonte: http://www.taeq.com.br

segunda-feira, 2 de abril de 2012

02/04 – Importação de têxteis e confeccionados bate recorde

Nos dois primeiros meses de 2012, a compra de peças de vestuário e de confecções no exterior aumentou 72%

Importação de têxteis bate recorde Charles Guerra/Agencia RBS

Produção nacional sofre com a concorrência dos importados

Foto: Charles Guerra / Agencia RBS

Sem perceber, talvez você esteja vestindo cada vez mais roupas feitas por mãos chinesas ou indianas. No ano passado, uma em cada 10 peças nas lojas tinham sido fabricadas fora do país. Nos últimos cinco anos, quase triplicou a presença das peças de vestuário e confecções importadas no comércio. Nos dois primeiros meses de 2012, a escalada seguiu mais forte, com um aumento na importação que supera os 72%.
Dados do Instituto de Estudos e Marketing Empresarial (Iemi) mostram que as peças de vestuário importadas representaram 9,3% do consumo do brasileiro em 2011. A projeção para este ano é que este número chegue a 12,5%, com a importação de 909 milhões de peças. Sem contar as malas cheias dos turistas brasileiros, que acrescentariam mais 60 mil toneladas de roupas compradas fora do país, segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
Neste cenário, Santa Catarina se destaca como porta de entrada dos produtos. Grandes redes varejistas, indústrias e lojas de diferentes portes importaram pelo Estado, no primeiro bimestre deste ano, quase 68 mil toneladas de produtos têxteis e de vestuário. São Paulo, segundo colocado no ranking, importou 35,9 mil toneladas.
Para o diretor da consultoria Iemi, Marcelo Prado, o aumento dos importados nos últimos anos está fazendo com que o crescimento do consumo não seja mais repassado diretamente para a produção. Ou seja, as principais beneficiadas pelo aumento do poder de renda do brasileiro nos últimos anos estão sendo as indústrias de fora do país, principalmente as asiáticas.
A guerra fiscal travada por pelo menos 13 estados na última década, cada um oferecendo incentivos fiscais para a abertura de novos empreendimentos e para a importação de produtos, teria agravado ainda mais este cenário.
Na avaliação de Celso Grisi, especialista em comércio exterior da Universidade de São Paulo, a presença de grandes varejistas globais no país reforça a lógica de comprar o mais barato possível, em grande quantidade, e vender com o melhor lucro.
— Essa é uma condição que a China oferece. Mas a culpa não é das grandes varejistas, que estão atrás da racionalidade econômica. A culpa é nossa de não conseguirmos produzir mais barato — opina Grisi.
Para ele, no cenário atual, alguns segmentos do início da cadeia produtiva do têxtil e do vestuário tendem a minguar e podem até desaparecer no Brasil.

Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br

domingo, 1 de abril de 2012

01/04–Tecnologia para vestir


As luzes de LED deixaram a iluminação convencional, saíram das telas de televisões, computadores e gadgets eletrônicos para ganhar as passarelas e iluminar o guarda-roupa das fashionistas mais ousadas. Do figurino de filmes à roupas especiais para performances, é possível adicionar as luzinhas fosforescentes a praticamente qualquer tipo de peça, inclusive aquelas queridinhas do nosso armário.

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Por aqui, Gaby Amarantos, a Beyoncé do Pará, antecipou a tendência usando um cinto de LED no desfile de Lino Villaventura durante a última temporada da São Paulo Fashion Week. Nos shows da cantora, musa do tecnobrega, as luzes de LED são elementos constantes em seu figurino, assim como em brincos e acessórios de cabeça, todos desenvolvidas pelo estilista paulista Guilherme Rodrigues.  As peças tem inspiração no universo tecnobrega, gênero popular no Pará, onde a iluminação com luzes de LED é muito usada.

Gaby Amarantos no SPFW 2012 Gaby Amarantos: figurino com LED

Em Londres, a marca CuteCircuit, fundada por uma ex designer de moda de Valentino e por um antropólogo e designer especializado em Wearable Technology, é especialista em integrar moda e funcionalidade aliando tecnologia e tecidos especiais em suas coleções. Criada em 2004 por Francesca Rosella e Ryan Genz, a CuteCircuit desenvolve peças de alta costura, prêt-à-porter e também para projetos especiais. O vestido Galaxy, uma das criações mais famosas da marca, conta com 24 mil LEDs e integra a coleção permanente do Museu de Ciência e Indústria de Chicago. Os vestidos iluminados da Cute Circuit caíram no gosto de Katy Perry. Em 2010, a cantora foi ao Met Ball usando um vestido da marca, um tomara-que-caia de chiffon de seda e 3 mil LEDs formando uma iluminação tipo arco-íris. Em 2011, Francesca e Ryan desenvolveram o figurino da apresentação da cantora no programa American Idol, um macacão branco com milhares de LEDs interativos e cristais Swarovski. "A inspiração do projeto surgiu diretamente a partir da música de Katy, E.T. Queríamos usar formas e tecidos que amplificassem a atmosfera única da música e criar uma experiência visual deslumbrante", explicou Francesca.

Katy Perry: figurino criado pela CuteCircuit Katy Perry: vestido criado pela CuteCircuit para o Met Ball 2010

Vestido com LED da coleção prêt-à-porter CuteCircuit Vestido com LED da coleção prêt-à-porter CuteCircuit Galaxy Dress, criação da CuteCircuit

Nos Estados Unidos, Janet Hansen fundou a Enlighted Designs, empresa especializada em roupas iluminadas há 15 anos. Janet é formada em engenharia com doutorado em biomecânica e além de criar roupas, também pinta e faz painéis e esculturas iluminadas. No seu curículo estão peças criadas para Britney Spears, Rihanna, Macy Gray, Pink, Kanye West, Christina Aguilera, David Guetta, dafy Punk e muitos outros.

 Peça criada por Janet Hansen para Britney Spears

Macy Gray com peça criada por Janet Hansen Kanye West com peça criada por Janet Hansen

Quanto custa uma roupa com LED?

As roupas com LED não são exclusividade das celebridades nem estão restritas às performances no palco. Janet afirma que é possível colocar iluminação em peças comums, como sua jaqueta favorita, saia , calça ou vestido, tudo depende do tipo de tecido da peça. Os preços variam de acordo com a quantidade e tipo de iluminação. Mas, e o confoto? Janet garante que as peças não pesam “Nossos produtos são leves e flexíveis. A iluminação fica escondida dentro de forros de tecido, criando a roupa iluminada mais confortável possível. Você esqueceria as luzes se não tivesse tantas pessoas olhando para você”, afirmou. O preço para iluminar uma peça de roupa varia de $10 a $20 dólares por LED para os de uma cor só e entre $20 e $50 para os coloridos.

Encomendas podem ser feitas pelo site www.enlighted.com 

Colete com LED da coleção Janet Hansen Saia de paetês com LED da coleção Janet Hansen Casaco com luzes coloridas da coleção Janet Hansen

Fonte: http://www.heloisamarra.com