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domingo, 19 de janeiro de 2014

19/01 – Terceira revolução industrial

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As novas tecnologias que permitem a customização em massa, como a impressão 3D, podem levar o mundo para a terceira revolução industrial, onde os “wearables” – tecnologia “vestível” – como relógios inteligentes, e as casas inteligentes terão também um lugar de destaque num futuro não muito distante.

A customização em massa pode alimentar aquilo que pode ser o início da terceira revolução industrial, segundo Shaun DuBravac, economista chefe na Associação de Eletrónica de Consumo (AEC). Ao mesmo tempo, a eletrónica wearable vai “explodir” este ano e as interações dos consumidores com os computadores estão tornando-se mais intuitivas, com os sensores presentes em muitos dispositivos.

DuBravac apresentou as tendências tecnológicas para 2014 antes do Consumer Electronics Show (CES) – Las Vegas, 7 a 10 Janeiro 2014. As estimativas apontam para vendas de 100 mil impressoras 3D nos EUA no próximo ano e, embora este número seja ainda relativamente pequeno (deverão ser vendidas 40 milhões de televisões nos EUA em 2014), a categoria está crescendo e em desenvolvimento. A tendência de customização em massa, contudo, não se verifica apenas na produção. Dissemina-se também de outras formas, como no software e serviços. A funcionalidade de chat de vídeo Mayday da Amazon para o seu Kindle Fire HDX, por exemplo, permite que um representante de apoio ao cliente veja e controle a tela, customizando a experiência para cada utilizador individualmente.

Outra tendência que tende a ganhar terreno é o poder dos tablets e smartphones como dispositivos de acesso à Internet preferidos. DuBravac considera que 2014 e 2015 serão os anos em que a base de dispositivos móveis irá ultrapassar os tradicionais computadores de secretária e portáteis.

Irá também haver um direcionamento para telas flexíveis, numa forma que irá exibir as possibilidades da tecnologia, embora não necessariamente o potencial comercial, pelo menos para já. DuBravac distinguiu, inclusivamente, tecnologia que é tecnicamente possível e tecnologia que é comercialmente viável. Ambas puderam ser vistas esta semana no CES e ambas, considera ele, são importantes.

Uma área onde a capacidade técnica tem sido demonstrada há vários anos sem grande sucesso comercial é a área dos wearables, mas isso deve mudar e uma multitude de novos dispositivos deverá chegar ao mercado este ano. Os relógios inteligentes e os dispositivos de monitorização de fitness são duas das categorias mais importantes e o seu sucesso está sendo impulsionado pelos smartphones e tablets que funcionam como dispositivos centrais – lidam com as necessidades de processamento, permitindo que os próprios dispositivos inteligentes sejam muito mais finos e, muito importante, mais baratos.

Ao mesmo tempo, à medida que o preço dos sensores como lentes para câmaras e acelerômetros baixa, a sua utilização está expandindo-se consideravelmente e isso significa que podem ser usados em conjunto para resolverem problemas mais complexos e propiciar uma experiência mais completa.

Um exemplo dado por DuBravac são os carros sem condutor, mas também haverá futuros exemplos nas casas inteligentes – por exemplo, aparelhos que comunicam com um smartphone e ajustam vários parâmetros automaticamente, dependendo de quão perto está uma pessoa de chegar a casa. Tanto a Samsung como a LG estão preparando grandes lançamentos para breve.

Uma última tendência da tecnologia é a monitorização da informação à medida que muda e altera a experiência. DuBravac considera que esse tipo de interação dinâmica deverá ser visto nas lojas de vestuário no futuro, com telas de preço que mudam automaticamente com base em fatores como a oferta e a procura e as condições locais do mercado.

Mais informações: http://ces.cnet.com/ 

Fonte: http://www.portugaltextil.com

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